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Fiel ao estilo, a Shadow permite viagens tranquilas

Fiel ao estilo, a Shadow permite viagens tranquilas

 

Para irmos à Curitiba para o 1º Encontro Nacional de Motonliners, a Honda nos cedeu duas Shadow 750cc para a viagem. Uma de cor preta ficou comigo e a de cor prata com o Bruno. Deixei a Poposuda em casa, bicuda de raiva, para ir na Shadow 750cc em uma viagem de cerca de mil quilômetros com a minha Maria na garupa. Uma viagem tranquila em um dia meio nublado.

A rodovia Regis Bittencourt é também chamada de ‘Rodovia da Morte’ por conta de um trecho de pista simples que tem uma serra no meio muito perigosa e sempre carregada de caminhões e muitas curvas. Uma coisa é importante destacar nesta rodovia, que por sinal é pedagiada, é que ela é a pior de todas que rodei no fim de semana do evento. Neste período do evento rodei pela Dutra, Carvalho Pinto e Castelo Branco. As condições da Régis são as piores, inclusive em termos de socorro e asfalto, o qual é bastante ondulado e com alguns pequenos buracos. O pedágio no trecho São Paulo – Curitiba é de seis paradas de R$ 0,75 centavos para motos.

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Na estrada a Shadow se comportou muito bem. O motor injetado e o sistema de transmissão cardã formam um ótimo conjunto. A suspensão traseira (bi-choque com amortecedores laterais) é muito melhor do que a antiga Shadow 600cc que usa o sistema monochoque. Apesar de estar rodando sem bagageiro e nem sissy-bar a minha Maria não reclamou e achou a 750cc muito mais confortável para o garupa.

Sem acessórios e equipamentos, a viagem ao garupa torna-se desconfortável

Sem acessórios e equipamentos, a viagem ao garupa torna-se desconfortável

 

Sou fã das custom, mesmo sendo esse um estilo clássico e que para muitos é considerado ultrapassado. Porém, confesso que pilotar umacustom exige certa perícia, boa coluna, força nos braços e realmente gostar de clássicas. Não é uma pilotagem fácil se compararmos com motos de design mais moderno tipo as gran-turismo GS  BMW, V-Strom Suzuki e outras.

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Nem toda estrada é boa para custom. Falo isso por que o Bruno veio a Curitiba na outra Shadow e por outro caminho, saindo de São Paulo, passando por Capão Bonito(SP), Apiaí(SP) e Adrianópolis (PR), trecho conhecido como “o rastro da serpente”. Por ser uma estrada com muitas curvas e alguns buracos, a viagem do Bruno foi mais cansativa.

Bruno e Marcela (à direita) vieram com a Honda Shadow pelo "Rastro da Serpente": viagem cansativa

Bruno e Marcela (à direita) vieram com a Honda Shadow pelo "Rastro da Serpente": viagem cansativa

Lembrando que eu gosto deste estilo de pilotagem e respeitando todas as opiniões em contrário, a minha impressão da Shadow 750cc foi muito boa quanto a torque, consumo (21km/l) e suspensão. O motor OHC, bicilíndrico em “V”, 4 tempos, arrefecido a líquido de 745 cm³ alimentado através de injeção eletrônica PGM FI tem potência máxima de 45,5 cv a 5.500 rpm, com torque máximo de 6,5 kgf.m a 3.500 rpm.

A transmissão possui cinco velocidades (eixo cardã) e o motor é acionado apenas por um sistema de partida elétrica. O tanque é de 14 litros e não possui chaveamento manual para acionar a reserva que na 750 é eletrônica. Você é avisado que o tanque entrou no modo reserva por uma luz amarela fixada na mesa do guidão que pisca quando está entrando na reserva e fica amarelo intermitente quando a gasolina está prestes a acabar. A Shadow 750cc possui chassi tipo berço duplo (2.503mm x 920mm x 1.125 mm) e um peso seco de 247 kg.

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Equipe Motonline em Curitiba: pelo prazer de viajar de moto

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Se não estiver equipada, a Honda Shadow acaba sendo bem desconfortável para a garupa, mas a minha Maria não reclamou. Talvez por que a Poposuda tem uma suspensão bem mais desconfortável. Apesar disso, a Shadow mostrou-se fiel ao estilo e muito confiável no desempenho ciclístico e do motor, sem qualquer registro que possa comprometer esta estradeira.

 

Obs.: Para facilitar a discussão sobre esse assunto, além da área de comentários abaixo, criamos um tópico no fórum para os motonliners que preferem este formato. Clique aqui para acessar o tópico.

 

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Luís Sucupira
Motociclista desde os 18 anos. Jornalista e apaixonado por motos desde que nasceu.