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Depois de 30 anos na Europa o novo Honda SH 300i tinha que aparecer pelo Brasil. Lá começou com o SH50 em 1984, se desenvolveu com uma ampla família de scooters de vários tamanhos: 100, 125, 150, 200 e, em 2007, a Honda lançou o SH 300, numa categoria até então inédita na Europa. Desde então, várias outras marcas entraram no mesmo segmento com produtos similares, mas o SH 300i continua liderando a categoria.

No Brasil o novo scooter foi mostrado no Salão Duas Rodas 2015 como lançamento da Honda, mas agora chega de fato para concorrer no segmento dos scooters médios. O seu grande diferencial está no acabamento requintado e em itens sofisticados como o sistema “Smart Key” (sem chave) e todo sistema de iluminação em LEDs. No lugar da chave você carrega um pequeno transmissor que, ao se aproximar do veículo, ele permite dar a partida, destravar o guidão e ter acesso ao compartimento sob o banco. Esse pequeno dispositivo vai no bolso ou mochila do motociclista e, ao desligar o motor (apenas desligado, por segurança) e se afastando do veículo, ele fica bloqueado automaticamente.

Para o Honda SH 300i não há tempo feio, para fugir do trânsito ele tem boa proteção e muitos atrativos que facilitam o uso diário

Para o Honda SH 300i não há tempo feio, para fugir do trânsito ele tem boa proteção e muitos atrativos que facilitam o uso diário

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Honda SH 300i: sofisticação

Muitos mimos esse scooter ainda oferece, além do sistema smart key. O motor tem exatos 279,1 cm³ e sua construção é muito compacta, sendo que o único eixo que há dentro do motor, além do virabrequim, é o comando de válvulas, que aciona as válvulas por meio de balancins roletados. A embreagem é automática, centrífuga e o câmbio é tipo CVT, sem trocas de marchas. A variação das velocidades nesse sistema da transmissão se dá por polias de diâmetro variáveis servidas por uma correia em V.

Estilo com funcionalidade

O seu estilo é bem desenvolvido, desenhado com detalhes muito bem acabados, como o adorno do farol, os frisos cromados pelas laterais e um painel que combina mostradores analógicos com informações vindas do computador de bordo. As rodas grandes, de 16 polegadas proporcionam um rodar mais macio porque elas superam obstáculos e imperfeições do piso com mais facilidade e a suspensão, com maior curso (115 mm na dianteira e 114 mm na traseira), ajudam mais ainda nessa questão. Aliás, esse é um diferencial favorável ao SH 300i frente aos outros scooters com rodas pequenas. Apesar do tamanho e do peso, ele não perde em agilidade e impressiona bastante a facilidade de o conduzir por caminhos mais congestionados nos centros urbanos.

Visibilidade, funcionalidade e design muito bem aplicados no painel

Visibilidade, funcionalidade e design muito bem aplicados no painel

A distância entre eixos é menor – apenas 1.438 mm – e isso, aliado às rodas maiores, permite com que o SH 300i tenha quase tanta agilidade quanto o seu irmão menor, o PCX, líer de vendas no segmento no Brasil pela grande versatilidade, desempenho e agilidade. Outro destaque do SH 300i é o bom espaço sob o banco, onde a engenharia da Honda fez um ótimo trabalho e soube tirar proveito do motor compacto e da distribuição dos componentes, abrindo espaço para o conforto do motociclista de forma muito inteligente.

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Uma análise mais detida dos componentes e do seu posicionamento mostram algumas curiosidades e explicam em parte porque sobrou pouco espaço para o piloto. Há o grande radiador para arrefecimento do líquido que circula para manter o motor na temperatura ideal com suas longas mangueiras e as rodas com curso maior que ocupam um bom espaço na suspensão e obrigam um vão compatível sob os para-lamas. Tudo foi muito bem pensado para agregar todos os componentes de forma inteligente e tornarem o SH 300i um veículo atraente, mas há alguns pequenos desafios. O banco é um pouco alto, o que pode inibir o interesse de pilotos com menor estatura e de ambos os sexos, pois não vão se sentir seguros sem conseguir colocar com facilidade os dois pés no chão. Mas o charme e a funcionalidade do SH 300i ainda assim são grandes apelos do scooter.

O espaço da plataforma para os pés é um pouco menor, mas o fato de ser “flat” (Lisa) permite maior liberdade de movimentos. O piloto fica bem acomodado no confortável banco, mas fica próximo demais do para-brisa. É estranho no começo, mas depois se acostuma. O test-ride foi realizado sob chuva e, de fato, a proteção do vento e da chuva é um aspecto muito importante e essa proximidade acaba ajudando na visibilidade porque a sujeira ou água sobre o plástico transparente não atrapalha tanto a visão quanto o faria se estivesse mais longe dos olhos do piloto.

Geometria e dinâmica de uso

De geometria rápida o chassi permitiu a aplicação de uma distância entre eixos reduzida (1.438mm), mas um rake (27,5º) e trail (98mm) são até que bem generosos para boa estabilidade em retas e em velocidade. O efeito aerodinâmico do para-brisa é que afeta um pouco essa condição sob vento lateral, mas o SH 300i se porta bem nas estradas, com bastante firmeza e velocidade condizente com o fluxo.

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Chassi lado direito

Chassi lado direito

Tipo Underbone em tubos de aço oferece uma estrutura impressionante

Chassi lado esquerdo

Chassi lado esquerdo

Mesmo com a plataforma combina boa estabilidade e conforto

Traseira

Traseira

Suporte para bauleto na traseira é bastante firme

Tanque

Tanque

De combustível sob o banco leva 9 litros

Direção

Direção

A frente leva parte elétrica e o ABS

Farol

Farol

Em LED com lampejador se fixa junto à direção

Para-brisa

Para-brisa

Hastes do para-brisa são reforçadas mas não há ajustes

Motor 4 válvulas

Motor 4 válvulas

SOHC arrefecido a líquido tem bom torque e potência

Radiador

Radiador

Distribui as massas com sua localização na frente

Bateria

Bateria

Sob o assoalho se aloja a bateria

Transmissão

Transmissão

CVT com polias variáveis

Essa combinação de fatores permite muita agilidade para o trânsito congestionado das grandes cidades, com facilidade para manobras fechadas e rápidas com o uso do freio traseiro e da embreagem automática. Se tornam até divertidas as manobras e impressiona a facilidade que o veículo flui pelos espaços apertados. A estrutura do chassi acaba por ter uma função adicional para manter estável essa estrutura, mesmo com a plataforma que em tese seria um ponto fraco na estabilidade do SH 300i. Esse tipo de plataforma dificulta a isolação das flexões do canote da direção em relação ao resto do scooter.

Por muitas vezes o apoio dos pés se torna uma técnica de pilotagem para minimizar esse efeito nos scooters mais problemáticos por essa característica. Mas isso não ocorre no SH 300i porque a combinação do chassi muito bem estruturado com o trabalho mais competente das suspensões, que tem ainda a vantagem das rodas aro 16″, resulta em uma dirigibilidade pouco comum nos veículos dessa classe.

O motor empurra bem e destaca-se pelo seu grande torque de 2,6 kgf.m já em 5000 rpm, que leva o scooter a ganhar velocidade rapidamente e, segundo a fábrica, a autonomia de um tanque de combustível do SH 300i, que tem capacidade de 9 litros, chega perto de 300 km, o que se configura um consumo de 33,3 km/litro. Mas isso é um dado a ser confirmado num teste do Motonline. O valor de venda do SH 300i ainda não está definido e será divulgado apenas no dia 8 de março.

 Detalhes

Smart Key

Smart Key

Sistema sem chave, por aproximação aciona o bloqueio total do scooter

Detalhes

Detalhes

Cuidados aos mínimos detalhes

Cavalete central

Cavalete central

Cavalete central é a opção para estacionar em locais desnivelados

Descanso lateral

Descanso lateral

Descanso lateral corta motor mas não tem freio de estacionamento

Porta luvas

Porta luvas

Porta objetos cabe um celular

Freios

Freios

Freios potentes com ABS

Gancho

Gancho

Gancho atrás do escudo frontal para pequenas bolsas

Sob o banco

Sob o banco

Cabe um capacete grande, acesso ao tanque e tomada 12v

Punho direito

Punho direito

Corta-motor, botão de partida

Punho esquerdo

Punho esquerdo

Comandos do punho esquerdo - Farol alto/baixo, buzina e sinaleiras

LEDs na traseira

LEDs na traseira

Para maior segurança as luzes na traseira são em LEDs

LEDs na frente

LEDs na frente

Luzes em LED na frente dão charme especial

Botão central

Botão central

No botão central o contato, trava da direção para os dois lados e acesso ao banco

Pré- carga

Pré- carga

A pré-carga das molas tem ajuste para cinco posições

Ficha técnica Honda SH 300i

Motor

Tipo…………………………………….. Monocilíndrico arrefecido a líquido, 4 tempos, SOHC
Diâmetro x Curso………………….. 72 x 68,5 mm
Alimentação…………………………. Injeção eletrônica PGM-FI
Taxa de Compressão………………. 10,5 : 1
Cilindrada……………………………. 279,1 cm³
Potência máxima………………….. 24,9 cv a 7.500 rpm
Torque máximo……………………. 2,59 kgf•m a 5.000 rpm
Partida………………………………… Elétrica

Transmissão

Embreagem………………………….. Automática, centrífuga
Cambio……………………………….. V-Matic (tipo CVT)
Transmissão final………………….. Por correia em V

Chassi

Tipo…………………………………….. Underbone em tubos de aço
Dimensões (CxLxA)………………. 2.131 x 728 x 1.193 mm
Rake…………………………………… 27,5°
Trail…………………………………… 98 mm
Distância entre eixos…………….. 1.438 mm
Vão livre do solo…………………… 130 mm
Tanque de combustível…………. 9 litros
Peso em ordem de marcha……… 170 kg (FR.: 65kg; TR.: 104 kg)
Altura do assento…………………. 805 mm

Suspensão e rodas

Suspensão dianteira………………. Garfo telescópico de 35 mm, curso 115mm
Freio dianteiro……………………… Hidráulico, disco perfurado de 256 x 4,5 mm, com pinça de dois êmbolos, pastilhas em resina moldada e ABS
Roda dianteira – tipo……………… Liga de alumínio fundido, com 6 raios
Medida da roda dianteira……….. 16 x MT2.75
Pneu dianteiro……………………… 110/70 16
Suspensão traseira………………… Braço oscilante com duplo amortecedor, curso 114mm
Freio traseiro………………………. Hidráulico, disco de 256 x 5 mm, com pinça de um êmbolo, pastilhas em resina moldada
Roda traseira – tipo……………….. Liga de alumínio fundido, com 6 raios
Medida da roda traseira………….. 16 x MT3.50
Pneu traseiro………………………… 130/70 16 (61S)

Sistema elétrico

Bateria………………………………… 12 V/11,6 AH
Luzes………………………………….. Todas em LED

Separador_motos

Bitenca
Pioneiro no Motocross e no off-road com motos no Brasil, fundou em 1985 o TCP (Trail Clube Paulista). Desbravou trilhas em torno da capital paulista enquanto testava motos para revistas especializadas.