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Competir de moto no Rally dos Sertões é sempre a certeza de ter uma história exclusiva para viver e para contar. Não importa quantas vezes o competidor já tenha participado, ele sempre volta em busca de suplantar o desafio maior que não são apenas os seus adversários, mas também uma natureza particular que não perdoa erros e descasos.
 

Felipe Zanol

Felipe Zanol

Sabendo disso é que ano após ano o grid de largada das motos no Rally do Sertões inquieta, desafia, cresce e traz de volta velhos conhecidos em busca de mais fama ou de recuperar a supremacia perdida. Nesta 19ª Edição de 2011, o número de inscritos supera o de 2010, serão 72 pilotos entre competidores nacionais e estrangeiros. Gente dos mais diversos lugares do Brasil, de Rondônia ao Rio Grande do Sul, e de países como França, Chile e Portugal, dentre outros. De Goiânia a Fortaleza todos eles são iguais perante a lei do sertão, todos partem carregando sonhos, estratégias, perseverança e esperanças para usar em 5000 km de percurso.
 
A volta dos franceses.
A armada francesa que volta ao Rally dos Sertões traz como principal nome o Tricampeão do Dakar, Cyril Despres. Além dele, outros dois nomes se destacam: David Casteu, sempre presente na lista de favoritos a qualquer título mundial, mas que nunca faturou o Sertões, e seu xará David Frétigné, outro francês que sempre pode surpreender. Despres já teve seus dias de glória em terras brasileiras quando venceu o Sertões em 2006, mas nas últimas edições em que esteve presente (2007 e 2008) bateu na trave aqui para logo depois faturar o Dakar em 2010. Enquanto isso, aqui reinava um certo Zé Hélio, que desta vez encara a prova apenas como Chefe de Equipe. É… o tempo passa para todos, Zé Hélio agora começa a vencer rallys entre os carros, segue o mesmo caminho que Jean Azevêdo já vem trilhando, e dos nomes mais conhecidos que fizeram a história do Brasil na última década do Sertões teremos ainda na trilha Juca Bala. Pois bem, saiba então: os franceses têm novos adversários.

Talento nacional
Os brasileiros, claro, são maioria e examinado a lista de inscritos podemos ver nomes como Felipe Zanol, melhor brasileiro no Sertões de 2010, Pentacampeão Brasileiro de Enduro, Campeão Brasileiro de Cross Country e Campeão Português de Enduro, que já avisa: “Estreei em 2010 bem mineirinho, observando e a cada dia fazendo o meu melhor. Deu certo, e para esse ano trago comigo a experiência que antes não tinha. Fui o melhor brasileiro ano passado e quero agora ser o melhor na geral”. Além de Felipe, Deni do Nascimento também trabalha forte na busca pela conquista do Sertões. Bicampeão Brasileiro, ele estreou no Sertões em 2009 com um segundo lugar geral. “Tenho me preparado muito, afinal competir com alguns dos principais nomes do esporte mundial exigirá empenho total na busca por qualquer bom resultado. O que me fortalece é a certeza de que esta edição não será fácil para nenhum de nós, o que favorecerá quem melhor estiver preparado para o que virá”, garante Deni.
 
Uma família em movimento.
A planilha nas motos vai rodando, rodando como em uma lembrança sem fim de que pela frente os obstáculos não parem de aparecer e que o sertão exige respeito. Cada quilômetro percorrido é um desafio deixado para trás, um adversário não humano a menos para enfrentar. A caravana das motos, porém, tem uma característica única, louvável e digna de ser lembrada sempre, ela se move como um grande batalhão. Todos têm o mesmo objetivo, todos são adversários, mas todos se ajudam, pois antes de tudo são motociclistas e têm um código que é respeitado e nunca suficientemente enaltecido.  

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Quantidade e qualidade.