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Ciclistas no trânsito precisam respeitar regras e usar equipamentos de segurança

Ciclistas no trânsito precisam respeitar regras e usar equipamentos de segurança

O primeiro painel apresentado no III Workshop Abraciclo – Década Mundial de Segurança no Trânsito, realizado na última sexta-feira, em São Paulo, apresentou e debateu o tema das bicicletas nos centros urbanos. os participantes apresentaram números, estatísticas, falhas, acertos e necessidades para melhorar a vida dos ciclistas nos grandes centros urbanos do País.

“É fundamental o apoio de infraestrutura às bicicletas nos centros urbanos. A Secretaria do Verde e Meio Ambiente procurou a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e o Metrô porque antes não havia bicicletários ou ciclovias em São Paulo. Em 2006 foi inaugurada a primeira ciclovia da capital. De lá pra cá, o Metrô e a CPTM têm mais bicicletários, ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, mas o avanço real ainda é insuficiente”, disse Eduardo Jorge, secretário do Verde e Meio Ambiente do Município de São Paulo.

O painel teve também a participação de Evelyn Araripe, membro da ONG Bike Anjo e coordenadora do Programa Escolas de Bicicleta e Reginaldo Paiva, presidente da Comissão de Bicicletas da ANTP, com mediação de Moacyr Alberto Paes, assessor da presidência da Abraciclo.

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Para Evelyn Araripe, incentivar o uso das bicicletas requer mais do que a implantação de rotas destinadas aos ciclistas. “Ciclofaixas são importantes, mas na questão de mobilidade urbana não são a única solução. É preciso que se garanta o cumprimento às leis. Por exemplo, as pontes têm, legalmente, que ter faixas para os ciclistas, assim como os shoppings e os centros universitários precisam ter espaço para estacionar as bicicletas. Obedecer a essas regras é um meio de não inviabilizar o uso da bicicleta”, explicou.

De acordo com Reginaldo Paiva, “o número de viagens inteiramente realizadas de bicicleta vem crescendo em São Paulo e é quase quatro vezes maior do que as efetuadas de táxi. Pedestres e motoristas estão migrando para as bicicletas”, contou.

Escalonamento da velocidade no trânsito

O presidente da Comissão de Bicicletas da ANTP defende a redução do limite de velocidade dos automóveis nas ruas, com o objetivo de diminuir a ocorrência de acidentes com ciclistas. “O veículo rodando a 30km/h e o ciclista a 20km/h, por exemplo, diminuiria os casos de colisões”, sugeriu.

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Em relação à proposta, Eduardo Jorge afirmou que “o processo de mapear a velocidade já está sendo feito em São Paulo”. Dentre as principais necessidades visando uma circulação segura dos ciclistas, a membro da Bike Anjo destacou a importância de se conscientizar o usuário de que é preciso ocupar o seu lugar no trânsito.

“Ver e ser visto é essencial. O ciclista também precisa estudar suas rotas considerando a bicicleta, e não com a mente de um motorista. Dessa forma, ele pode fazer o seu caminho evitando avenidas de grande circulação, por exemplo”, concluiu Araripe.