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O mundo da motovelocidade e o Portal Motonline estão de luto. Faleceu nesta madrugada (17/7) a piloto e colaboradora deste veículo de comunicação, Vanessa Daya.

 

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A motovelocidade está de luto por Vanessa Daya

A motovelocidade está de luto por Vanessa Daya

 

Vanessa estava internada no Hospital de Base de Brasília em estado crítico desde o acidente sofrido no último domingo (14) na Curva da Piscina, quando participava da 3ª etapa do Campeonato Capital de Motovelocidade, disputada no Autódromo Internacional de Brasília.

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A piloto recebeu os primeiros socorros da equipe médica do campeonato e foi levada imediatamente ao Hospital de Base de Brasília, onde foi prontamente atendida. Passou por cirurgia em que recebeu dois catéteres para estabilizar a pressão intracraniana e um para drenagem no tórax; ela apresentava edema cerebral e fratura na face.

No dia de ontem (16) foram realizados testes que comprovaram a inexistência de morte cerebral mas a piloto continuava respirando sob a assistência de aparelhos, mas a pressão intracraniana não regredia, o que a mantinha em estado de coma. Apesar de todo o trabalho da equipe médica os esforços foram em vão, e o mundo da motovelocidade perdeu uma das expoentes da motovelocidade brasileira.

A equipe do Portal Motonline deseja muita força aos amigos e familiares de Vanessa Daya.

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TRAGÉDIA ANUNCIADA

Autódromo Internacional de Brasília

Autódromo Internacional de Brasília

O acidente com Vanessa Daya foi o desfecho de uma situação prevista há muito tempo devido ao estado de conservação da pista do Autódromo Internacional de Brasíla, que vem sendo objeto de gestões da Comissão dos Pilotos de Motovelocidade do Distrito Federal que vem desde 2012 cobrando e negociando com o GDF – Governo do Distrito Federal, a reforma do autódromo, entretanto conseguindo apenas algumas poucas e insuficientes melhorias nos pontos mais críticos da pista.

Veja a evolução do caso através das matérias do Motonline:  clique aqui

Desde sua inauguração, o autódromo não recebe investimentos e manutenções suficientes e adequadas. Seu asfalto é o mesmo da inauguração e, com o passar das décadas, se tornou, cada vez mais abrasivo e acumulou rachaduras, em toda sua extensão, inclusive em curvas, obrigando aos pilotos a buscar traçados alternativos para poder fazer as curvas, pois as rachaduras provocam quedas. A estrutura de segurança da pista, como áreas de escape, guardrails e proteções de pneus estão, há muito tempo, defasadas, oferecendo riscos adicionais aos pilotos, ao invés de efetiva proteção. As zebras, também estão defasadas, mais parecendo rampas de decolagem. Outros aspectos, como banheiros, arquibancadas e paddock, para conforto e segurança do público e boxes, para atendimento das necessidades dos integrantes das equipes e pilotos, também estão aquém do necessário.

Resta saber agora quantos mais terão que perder a vida para que o GDF e mesmo o Governo Federal se sensibilizem a ponto de destinar os recursos necessários para revitalizar o AIC, deixando-o em condições adequadas à prática da motovelocidade.

Enquanto vemos nosso país vizinho (Argentina) inaugurando um dos mais modernos autódromos do mundo, cá estamos perdendo grandes pilotos por falta de manutenção nos poucos autódromos que temos.

Esse é o retrato do Brasil de hoje. Triste, muito triste!