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ABS em motos pode reduzir em 25% os acidentes com moto

ABS em motos pode reduzir em 25% os acidentes com moto

A Bosch realizou uma pesquisa em outubro a novembro de 2011 para conhecer melhor o que pensam os motociclistas brasileiros e argentinos sobre o uso da ABS em motocicletas. A pesquisa foi realizada nas cidades brasileiras de São Paulo, Recife e Porto Alegre e nas cidades argentinas de Buenos Aires e Córdoba.

No total, foram entrevistados 750 homens, proprietários de motocicletas, com idade média de 35 anos e mais de 11 anos de experiência em pilotagem. Importante destacar que a pesquisa reflete a realidade do mercado. Ou seja, dos 750 entrevistados, 90% possuem motos com 250cc ou menos e 80% delas a marca é Honda.

Entre os principais resultados, a pesquisa aponta que 77% dos entrevistados  realizam frequentemente ou muito frequentemente frenagens de emergência e apontam os principais motivos: presença de buracos na rua (60%), travessia de pedestres (57%) e parada inesperada de um veículo à frente (53%). A pesquisa destaca também que, em situações de emergência, 40% dos pilotos freiam com menos força do que gostariam em virtude do medo de travar as rodas.

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Bloco de alumínio usinado no Brasil: Bosch fabrica ABS no Brasil desde 2007, mas apenas para carros

Bloco de alumínio usinado no Brasil: Bosch fabrica ABS no Brasil desde 2007, mas apenas para carros

Conclusão óbvia: o ABS – sistema antibloqueio de frenagem que impede que as rodas sejam travem durante a frenagem e permite ao piloto aplicar força total na frenagem sem se preocupar com os efeitos – poderia estar presente em um maior número de motos. Uma análise do banco de dados de acidentes da Alemanha, o GIDAS, mostra que 47% dos acidentes com moto são causados por frenagem com falha ou hesitante. O ABS resolve este problema e permite uma frenagem mais segura.

Com base nisso, a Bosch desenvolveu o ABS – Sistema Antibloqueio de Frenagem geração 9, que tem peso reduzido e ganhou uma versão exclusiva para uso em motocicletas. O ABS 9 para motos tem a metade do tamanho de seu antecessor. Em sua menor versão ele pesa só 700 gramas e conta com um sistema modular que permite adotar diferentes variantes, atendendo uma ampla gama de funções. Na prática, pode ser adaptado para uso em qualquer tipo de moto, seja de grande, média ou baixa cilindrada – desde que a moto seja sempre equipada com freios a disco e de acionamento hidráulico.

Unidade principal do ABS: peso e tamanho reduzidos possibilitam instalação em motos menores

Unidade principal do ABS: peso e tamanho reduzidos possibilitam instalação em motos menores

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“Atualmente cerca de 1% das motos vendidas no Brasil e na Argentina são equipadas com ABS e queremos fazer este índice crescer rapidamente para ter uma produção maior e com custos mais competitivos e preços atraentes”, afirma Carlo Gibran, gerente de vendas da divisão Chassis Systems Control da Robert Bosch América Latina.

Uma das soluções para isso é a intervenção dos órgãos de governo no tema. Para carros, em 2014 todos os carros fabricados por aqui deverão ter ABS. Na União Européia teve início um processo de legislação que preve a obrigatoriedade do sistema como um equipamento de série a partir de 2017 para motocicletas. A decisão veio após a publicação de estudo, conduzido pela Comissão Europeia, apontando que, nos próximos dez anos, mais de 5.000 vidas podem ser salvas caso o ABS se torne obrigatório. “Nossa intenção é focar especialmente o segmento de motos populares”, revela Gibran.

O ABS surgiu em 1978 e era usado apenas em carros. Em 1984 começou o desenvolvimento de ABS para motos. Em 1994, um sistema de ABS para moto pesava 4,5 kg. Hoje o equipamento não passa de 1,6 kg na versão mais completa. A Bosch é a primeira companhia a fabricar o ABS no Brasil (2007).