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Foto: Adeus, Tani

Foto: Adeus, Tani

O motocilcismo se despede de Tanigawa, importante personalidade na história do motociclismo de competição no Brasil e no Mundo.

Era início da década de 60 quando Tani chegou do Japão e desembarcou no Brasil. Seu primeiro trabalho foi em São Paulo na tradicional Casa Aero-Brás. Sua paixão pelo aeromodelismo levou Tani a se tornar, em 1964, Campeão Brasileiro de Velocidade em aeromodelismo. Na época, além de preparar os motores, ele fabricava e balanceava hélices que eram utilizadas pelos melhores aeromodelistas do Brasil.

Tani dividia sua paixão com as motocicletas. Junto à Yamaha, foi mecânico chefe de Johnny Cecotto na equipe Venemotos, onde venceu provas tradicionais como as 200 Milhas de Daytona em 1976 e um campeonato mundial.
Tani dirigiu a Equipe Yamaha de Competições, preparando motos para pilotos como Denisio Casarini, Walter “Tucano” Barchi, Nivanor Bernardi e Tetsunori Inada. Foi proprietário da revendedora Yamaha Tani Motoshop e fabricou uma mini-moto que também levava o seu nome. Um de seus últimos trabalhos na Yamaha foi sua grande participação no desenvolvimento do motor da Fazer 250cc, a primeira motocicleta de baixa cilindrada injetada do mundo.

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Na composição da história do motociclismo nacional, quando as motocicletas trail começaram a fazer sucesso no Brasil e surgiram as provas de Enduro de Regularidade, Tani teve um papel importante na popularização da prática deste esporte no país.

Foto: Harada na mini do Tani

Foto: Harada na mini do Tani

Também fez parte da comissão organizadora do Hollywood Motocross e foi diretor técnico da CBM (Confederação Brasileira de Motociclismo).
No final de 2007, Tani foi para a AME Amazonas, onde desenvolvia produtos e grandes idéias a serem aplicadas em novos projetos da empresa. Pretendia colaborar com fornecedores no desenvolvimento de um novo motor, mas devido ao tratamento de um câncer, não pôde ir à China, país onde acreditava já existir tecnologia para se produzir uma motocicleta tão boa quanto as japonesas.

Tanigawa faleceu dia 24 de julho, em São Paulo, aos 67 anos.

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Equipe AME Amazonas, destaca: “Aprendemos muito com o Tani. Sempre muito sincero e objetivo nas opiniões e na maneira de trabalhar. Era muito divertido trabalhar com ele e algumas de suas frases nunca serão esquecidas por nós. Mesmo nos últimos momentos, estava cheio de idéias, o que nos deixa uma lição de que devemos buscar a evolução sempre”.