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O saldo de financiamento de veículos apresentou nova baixa em agosto. Com retração de 0,4%, a soma das carteiras de CDC e Leasing atingiu queda total de 4,9%, no período de doze meses. Segundo dados do boletim da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), em agosto de 2012 o saldo era de R$ 245 bilhões, enquanto no mesmo mês deste ano, R$ 233,3 bilhões.

Com esse cenário, a projeção de crescimento da ANEF para 2013 passou de 6% para 2%. Para Décio Carbonari de Almeida, presidente da entidade,  o momento é de indefinições em todo o mercado, mas a queda no saldo da carteira também é reflexo de campanhas de taxas promocionais de juros, que implicam no aumento do valor de entrada.

“Basta observarmos que a quantidade de bens financiados não sofreu queda. Mas o esforço das próprias montadoras para manter as vendas aquecidas, durante os últimos meses, teve como estratégia principal o uso de campanhas, como as de taxa zero de juros. Isso, obviamente, reduz o ticket médio dos veículos financiados, o que impacta diretamente em toda a carteira”, avalia o executivo. Sobre a liberação de recursos por meio de CDC, foram concedidos R$ 9,577 bilhões em agosto, volume 0,4% inferior a julho, que registrou R$ 9,613 bilhões. Em relação a igual mês do ano passado, com R$ 11,242 bilhões liberados, houve queda de 14,8%.

Durante agosto, os bancos de montadoras praticaram uma taxa média mensal de juros de 1,27% a.m, 0,2 p.p acima da efetivada em julho, que foi de 1,25%. A taxa média anual foi de 16,35%, ao passo que no mês anterior registrou 16,08%. Enquanto isso, a ponderação média das taxas praticadas pelo mercado (bancos de varejo) no financiamento de veículos saltou de 1,55% a.m e 20,3% a.a, para 1,59% a.m e 20,9% a.a, respectivamente, no CDC para pessoa física. No CDC para pessoa jurídica, as taxas médias passaram de 1,27% a.m e 16,4% a.a, durante julho, para  1,31% a.m e 16,9% a.a. A Selic apresentou alta no período, de 0,68% a.m para 0,72% a.m e de 8,50% a.a para 9% a.a.

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Inadimplência – A boa notícia de agosto foi a manutenção da tendência de queda na falta de pagamento de contratos de financiamento (CDC), acima de 90 dias. No caso de pessoa física,  foi de 0,1 p.p em julho, ficando em 5,8%. Os atrasos em até 90 dias também diminuíram, passando de 8,2%  para 7,8% (CDC para pessoa física).