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Foto: Rogério Scialo, diretor Comercial e de Marketing da Moto Traxx

Foto: Rogério Scialo, diretor Comercial e de Marketing da Moto Traxx

Serão emplacadas cerca de dois milhões de motocicletas até o final do ano. Apesar da recessão, os fabricantes procuram alternativas para reaquecer o mercado

Depois de nove meses batendo recordes consecutivos, o mercado de duas rodas sofre os impactos da crise internacional e já apresenta redução nas vendas, produção e exportação. Comparando os números de emplacamentos de motos, novembro teve uma retração de 17,28% em relação ao mês anterior, que também já havia registrado queda. Em outubro, haviam sido vendidas 150.110 motocicletas. Em novembro foram 124.176 veículos de duas rodas emplacados.

A queda na comercialização de motos está diretamente ligada às restrições de crédito, principalmente no que diz respeito ao financiamento. Além disso, o consumidor está mais cauteloso na hora de contrair uma nova dívida. Mesmo com a crise instalada, a previsão é que o Brasil emplaque até o final do ano cerca de 2 milhões de motos.

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“Temos clientes querendo comprar veículos, mas faltam recursos que não estão sendo liberados pelos bancos. No setor de motos, por exemplo, onde a queda nas vendas superou 17% em outubro, o volume de cadastros de financiamento rejeitados pelos bancos tem sido expressivo, o que vem dificultando o desempenho deste segmento”, afirmou Sérgio Reze, presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).

Para Reze o setor de duas rodas tem uma alternativa para reagir – o consórcio. O Sistema de Consórcio financiava o setor de motos antigamente. “É um ótimo instrumento num momento de falta de crédito”, comentou o presidente da Fenabrave.

Porém, o motociclista brasileiro não se acostumou com uma poupança programada. Ele quer sair da concessionária já pilotando sua moto, sem esperar o sorteio ou fazer um lance.
DESEMPENHO DAS MARCAS LÍDERES
As duas marcas líderes do segmento de duas rodas – Honda e Yamaha – tiveram perdas significativas em suas vendas destinadas à rede de concessionárias. A Honda, por exemplo, vendeu 100.426 unidades em outubro, com pico de 143.613 motos, registrado em janeiro. Já o caso da Yamaha é mais preocupante. A montadora comercializou apenas 12.982 unidades em outubro. No mês de setembro, a marca havia vendido 32.426 motos, no melhor momento do ano. Em ambos os casos é comum encontrar nas revendas motos ano/modelo 2008. Em função da queda nas vendas e dos altos estoques, as montadoras postergaram a apresentação de novos produtos. Prova disso é que modelos da Honda, como Twister e Tornado, que têm de mudar em função do Promot 3 ainda não foram lançados.

NA CONTRA-MÃO
Enquanto algumas marcas estão em compasso de espera, outras aproveitam a crise para ampliar sua participação no mercado. Um bom exemplo é a Traxx, marca internacional do China South Group, que oferece uma linha de financiamento, com redução da entrada (chegando até a isenção da entrada) e parcelamento fixo em até 48 parcelas. A operação inicia-se em dezembro e será feira em parceria com a BV Financeira.
Rogério Scialo, diretor Comercial e de Marketing da Moto Traxx da Amazônia, diz que a crise não vai passar a curto-prazo. Porém o mercado brasileiro é altamente competente e maduro para enfrentar este delicado momento. “Nós da Traxx, antecipamo-nos e apresentamos uma solução que pode ser bastante vantajosa aos consumidores”, explica Scialo.

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Além da facilidade de financiamento, a Traxx também apresenta outras novidades. Garantia de dois anos e o inédito seguro contra roubo, furto e colisão. Os benefícios serão oferecidos pela montadora em parceria com a Liberty e a Porto Seguro.

A Yamaha, em parceria com o Finasa, também não perdeu tempo. A marca dos três diapasões está oferecendo condições especiais para o financiamento dos modelos Neo AT115, YS 250 Fazer e YBR Factor 125 K (carro-chefe da marca, com preço a partir de R$ 5.600,00). A nova campanha de varejo, valida até 31 de dezembro, oferece facilidade na aprovação do crédito, entrada de 10% a 20%, que pode variar de acordo com a motocicleta, e prazos para financiamentos de até 48 meses.

Agora, a Honda, marca líder de mercado, reduziu os prazos de financiamento. Concede crédito para compra de uma moto nova com parcelas em no máximo 36 meses e com entrada de 20%.

Ao adquirir uma motocicleta financiada, o consumidor deve estar muito atento com a taxa de juro (mais de 3% ao mês) embutido na parcela. Em alguns casos, o consumidor que contraiu um financiamento em 24 meses chega a pagar o valor equivalente a duas motos.

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