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Jacarepagua em 1998: essa foi a penúltima vez que corri na pista carioca

Jacarepagua em 1998: essa foi a penúltima vez que corri na pista carioca

Eu queria escrever algo sobre a demolição do autódromo de Jacarepaguá, mas não tenho mais palavras que possam expor toda indignação. Revoltante saber que ele foi alvo de uma especulação imobiliária em uma cidade que já deu o (péssimo) exemplo com aquele elefante branco chamado Cidade da Música.

Mas não se iludam com a casta política do Rio de Janeiro porque Interlagos também quase desapareceu na época da Erundina, foi salvo porque Bernie Ecclestone convenceu o PT que manter a pista poderia ser rentável para a cidade.

O autódromo de Goiânia está agonizando e prestes a virar condomínio residencial. Em Brasília o asfalto está tão gasto que se corre em cima de pedras rachadas.

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Não culpem os “governantes” porque o Estado “socialista” vê competições motorizadas como “coisa de rico”. O problema, no meu ponto de vista, é essa mania nacional de jogar tudo nas costas do Estado. Autódromos deveriam ser particulares e não públicos.

Não entendo como montadoras de carros que levam bilhões de dólares de lucro anualmente para o exterior não se juntam para construir os autódromos. Por que empresas que se beneficiam dessas atividades, como Red Bull, TNT, Goodyear, Pirelli, Shell, Michelin, entre outras, não investem na construção de autódromos. Precisa ser estatal???

Obra pública é administrada por funcionários públicos e aí pode-se explicar o abandono e a morte de Jacarepaguá.

By the way, oficialmente a pista se chama Nelson Piquet, o que ele fez para impedir a demolição??? Dói ver aquela pista ser destruída.

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Tite
Geraldo "Tite" Simões é jornalista e instrutor de pilotagem dos cursos BikeMaster e Abtrans.