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A exemplo de outra Scrambler, como a Ducati, esta BMW segue a mesma receita. Scrambler é uma moto para tudo. Com seus pneus todo-terreno, as saídas do escapamento em posição mais alta, o curso maior nas suspensões e o assento largo e plano com o guidão reto, tudo bem simples e despojado e que não deixa dúvidas quanto ao sucesso do passado.

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Scrambler, que numa tradução livre é algo como “trepadora” – são motos que fizeram muito sucesso nos anos 50 e 60 e que permitiam que seus pilotos desfrutassem de experiências espetaculares para a época, fosse por estradas asfaltadas e sinuosas ou por caminhos sem asfalto, à margem das rodovias. Eram motos com um largo espectro de utilização e que fugiam às convenções, indo um pouco além e colocando seus pilotos “a frente de seu tempo” (desculpem o chavão).

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A BMW também tem alguma história com as Scrambler. De fato a marca germânica apresentou a sua R 68 no Salão de Frankfurt em 1951 (IFMA), uma moto que usava um escapamento 2 em 1 em posição elevada, utilizada pelo piloto Schorsch Meier para competir nas corridas de rua da época. A versão standard da R 68 não tinha esse acessório utilizado pelo piloto alemão, mas ainda hoje é possível encontrar donos desse modelo clássico alemão que mantém o estilo Scrambler.

Agora a BMW Motorrad apresenta a nova BMW R nineT Scrambler, uma moto para reviver de maneira especial estas clássicas do passado. Criada com o maior cuidado para não ferir o espírito dos mais puristas quanto ao estilo e para agradar aos entusiastas, esta nova moto traz o que se considera indispensável para ser diferente. Claro, tudo combinado com a mais avançada tecnologia disponível para uma marca como a BMW, criadora de tecnologia, mas voltada ao mundo Heritage.

 

Equipada com o clássico e potente e inconfundível motor boxer (dois cilindros contrapostos) de 1200 cc, a nova Scrambler da BMW aposta na força do motor como o diferencial a seu favor. Com desenho e ruído característico, o motor entrega potência máxima de 110 cv a 7.750 rpm e torque de 12,0 kgf.m a 6.000 rpm. Tal como já fez com a R nineT, a BMW também oferece a esta moto uma infinidade de equipamentos e acessórios originais e de terceiros que permitem a cada piloto personalizar sua moto de maneira única.

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Os dois tubos de saída do escapamento posicionados bem próximo da rabeta da moto acentuam o caráter clássico da moto. O chassi foi especialmente desenvolvido para esta moto e é ele que permite grande variação de personalização. Feito em tubos de aço treliçado com o motor fazendo parte da estrutura, o chassi chega ao requinte de poder ser montado para que a moto seja utilizada apenas pelo piloto ou, se quiser, piloto e garupa, fruto de um sub-chassi “desmontável”. De qualquer maneira, ela não perde seu caráter esportivo e a geometria favorece o uso em estradas sinuosas.

A suspensão dianteira é formada por um garfo telescópico com curso de 125 mm e na traseira o tradicional monobraço Paralever com o eixo cardã da transmissão integrado e curso de 140 mm. As rodas são de alumínio, calçadas com pneus 120/170-19 na dianteira e 170/60-17 na traseira, tipo “biscoitão” para todo terreno. Os freios são à duplo disco de 320 mm de diâmetro na roda dianteira e disco simples de 265 mm de diâmetro na roda traseira, ambos com ABS. Outra características das Scrambler é a posição de pilotar, com o guidão reto e o banco também, permitindo um postura ereta e relaxada.

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Como uma moto que traz o essencial, a simplicidade dá o tom. O painel é de um único instrumento redondo – o velocímetro -, fazendo par com o farol, também redondo. Há dentro desse espaço um pequeno display LCD para as outras informações também essenciais. O tanque de combustível tem capacidade para 17 litros de gasolina e leva um aplique de alumínio na sua lateral direita, cobrindo a entrada de ar e que traz o distintivo R nineT, destacando a qualidade do acabamento e remetendo às motos do passado. Há mais partes que remetem a isso, como o assento de couro envelhecido com pesponto na cor marrom.

Ficha Técnica BMW R nineT Scrambler

Motor Boxer, 2 cilindros contrapostos, refrigerado por ar e óleo, DOHC, 4 válvulas por cilindro
Capacidade cúbica 1170 cm³
Diâmetro X curso 101 x 73 mm
Taxa de compressão 12,0 : 1
Sistema de partida Elétrica
Bateria 12V – 14 Ah
Sistema de Ignição Eletrônica
Tipo de combustível Gasolina
Capacidade do tanque de combustível 17,1 litros
Alimentação Injeção Eletrônica
Torque máximo 11,9 kgf.m a 6.000 rpm
Potência máxima 110 cv a 7.750 rpm
Transmissão 6 velocidades
Embreagem Multidisco seco, com acionamento hidráulico
Transmissão final Eixo Cardã
Tipo de chassi Tubos de aço treliçados;  motor faz parte da estrutura
Pneu dianteiro 120/70 ZR19
Pneu traseiro 170/60 ZR17
Freio dianteiro Duplo disco de 320 mm com ABS
Freio traseiro Disco simples 265 mm com ABS
Comprimento total 2.175 mm
Altura total 880 mm
Altura do assento 820 mm
Trail 110,6 mm
Rake 61,5 º
Peso em ordem de marcha 220 kg
Distância entre eixos 1.527 mm
Suspensão dianteira Garfo telescópico / 125 mm de curso
Suspensão traseira BMW Paralever / 140 mm de curso
Consumo (dados de fábrica) 5,3 litros / 100 km
Aceleração 0 – 100 km/h (dados de fábrica) 3,6 segundos
Velocidade máxima (dados de fábrica) acima de 200 km/h

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.