Publicidade

Estabilizar e reduzir o número de mortes e lesões em acidentes de transporte terrestre nos próximos dez anos, como adesão do Plano de Ação da Década de Segurança no Trânsito 2011-2020, lançado nesta quarta-feira (11) pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta é a meta do Pacto Nacional pela Redução dos Acidentes no Trânsito – Pacto pela Vida, também lançado nesta quarta, pelos ministérios das Cidades e da Saúde.

Em todo o mundo, a mobilização será marcada pela iluminação na cor amarelo-laranja dos principais monumentos públicos de cada país – no Brasil, serão iluminados o Cristo Redentor (RJ) e o Edifício Sede do Ministério da Saúde, em Brasília. Com a adesão ao Pacto, o governo brasileiro assume o compromisso internacional de reduzir as mortes a partir de um plano de ação nacional que será divulgado em setembro de 2011.

No lançamento do Pacto, também foram apresentados dados de uma pesquisa inédita, patrocinada pelo Ministério da Saúde, que analisou a associação entre o consumo de álcool e os acidentes de trânsito em seis capitais do País – Recife, Manaus, Fortaleza, Brasília, São Paulo e Curitiba. O estudo mostra que pedestres, ciclistas e passageiros também são responsáveis pelos acidentes de trânsito e reforça a necessidade de políticas públicas de educação voltadas a esses públicos.

Em 2010, foram realizadas 145.920 internações de vítimas dos acidentes no trânsito financiadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com um custo de aproximadamente R$ 187 milhões. Os homens representaram 78,3% das vítimas (114.285), enquanto as mulheres representaram 21,7%. A maioria das pessoas internadas tinha entre 15 e 59 anos: faixa etária de 84,9% dos homens e 70,8% das mulheres. A região Sudeste concentra quase metade dessas internações – 44,9%.

Publicidade

Os dados do Ministério da Saúde também mostram que a cada 100 mil brasileiros, 76,5 foram internados em 2010 em decorrência de acidentes no trânsito. As maiores taxas são entre os motociclistas (36,4 por 100 mil) e pedestres (20,5 por 100 mil).

Frota Brasileira – O Brasil registra uma frota motorizada de 66.116.077 de veículos, dos quais 57% são automóveis. As motos, motonetas e ciclomotores representam 26% da frota nacional, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste – que concentram 60% das motos que circulam no País. As informações são do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), com dados de março de 2011.

Ações do Ministério da Saúde
1. Aprimoramento e Integração das bases de dados dos vários setores (Segurança Pública, Saúde, Transporte/Trânsito e outros) para a produção de análises de tendências e cenários, monitoramento de indicadores e identificação de pontos críticos de ocorrências das lesões e mortes no trânsito;

2. Vigilância dos fatores de risco e proteção relacionados às ocorrências das lesões e mortes no trânsito;

Publicidade

3. Prevenção de violências e acidentes por meio da Rede Nacional de Núcleos de Prevenção de Violências e Promoção da Saúde;

4. Implementação da Rede de Atenção às Urgências com priorização nas vítimas do trânsito (ênfase em motociclistas);

5. Apoio aos estados e município nas ações educativas, preventivas e de promoção à saúde em articulação com outros setores governamentais e com a sociedade civil, a exemplo do Projeto de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito e do Projeto Vida no Trânsito;

6. Articular a implementação de leis protetoras da vida e na implementação de espaços seguros e saudáveis;

Publicidade

7. Desenvolvimento de estudos e pesquisas e a capacitação de recursos humanos, dentre outras ações voltadas para a vigilância e prevenção das lesões e mortes no trânsito.