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Estudo da LatinPanel mostra que 74% dos brasileiros não poupam nada. O restante, 26%, guarda no máximo 10% de sua renda

Os brasileiros ainda não têm a cultura de poupar dinheiro. Atualmente, 74% das pessoas não guardam absolutamente nada de sua renda. Os números são resultado da pesquisa Consumer Watch, realizada pela LatinPanel, que fez 9 mil entrevistas nos domicílios da amostra do painel de consumidores, em 16 grandes cidades da América Latina, representando 25 milhões de lares e 100 milhões de pessoas.

O estudo mostrou ainda que dos brasileiros que poupam (26%), apenas metade consegue guardar até 10% do salário que recebe. Segundo Fátima Merlin, gerente de atendimento da LatinPanel, a explicação para o fato de o brasileiro não poupar dinheiro é simples: “a população ainda está conquistando o sonho de consumo”, observa a executiva.

Reformar a casa, comprar uma casa nova e investir na educação da família são, nesta ordem de importância, os três fatores que motivam os brasileiros a poupar alguma parte de sua renda. “Isso mostra que o Brasil é um país onde a educação e a cultura ficam em segundo plano”, afirma.

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Um dado importante da pesquisa é que apesar do fator educação estar entre os três motivos que influenciam os brasileiros a pouparem seu dinheiro, apenas para 10% da população do Brasil poupa para esse fim. Trata-se de um número muito baixo, principalmente se comparado com outras regiões da América Latina.

Segundo a LatinPanel, no ranking de poupança para educação dos países latino-americanos, o Brasil está abaixo da Argentina (12%), México (20%), Chile (25%), Colômbia (26%), Venezuela (39%) e Peru (42). “O brasileiro não tem cultura de poupar para educação, pois prefere contar com o ensino público”, completa Fátima.

Sobre a LatinPanel
A LatinPanel é a maior empresa de Painel de Consumidores da América Latina e a única organização com informações de 15 países e cobertura de 96% do PIB da região. A LatinPanel acompanha a evolução de mais de 70 categorias nos setores de alimentos, bebidas, higiene pessoal, limpeza doméstica e telecomunicações, além de realizar estudos e análises especiais para outros segmentos da economia. No Brasil, acompanha semanalmente o consumo de 8,2 mil domicílios, o que representa 82% da população domiciliar e 91% do potencial de consumo do País.