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A CBR 600RR avaliada nos foi entregue com apenas 4 km rodados. Ou seja, ela praticamente saiu da linha de montagem para as minhas mãos. Como ela ficou exposta no Salão do Automóvel, o botão da buzina veio quebrado pelo excesso de ímpeto dos visitantes. Uma moto que viaja a 140 km/h numa boa a buzina fez uma falta incrível. E as esportivas atuais da Honda não contam com lampejador de farol alto. Cada vez que eu tinha de passar um veículo a coisa ficava meio tensa…

Painel e motor

Painel e motor

A velocidade máxima não é declarada pelo fabricante, mas minha experiência diz que ela está em torno de 250 km/h. A primeira medição que fiz em uma CBR 600F ela chegou a 235 km/h e isso foi quase 10 anos atrás. Ganhar 15 km/h apenas é pouco? Não, quando se lembra que velocidade não é sinônimo de desempenho em corrida. O que ganha corrida é aceleração e retomada. Neste quesito a CBR 600RR faz de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos, bem menos do que os 5,5 segundos de uma década atrás. Um dos responsáveis pela melhora na aceleração foi o regime que deixou a Honda com apenas 169 kg, contra quase 180 kg de 1994. Outro item que ajudou foi o incremento de mais de 1 kg no torque máximo, chegando nos atuais 7,5 kgf.m a 10.000 rpm (medido no eixo do virabrequim).

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O quadro proporciona controle total da moto

O quadro proporciona controle total da moto

A CBR 600RR não é a única 600 esportiva do mercado brasieliro. A AVA-Kawasaki traz a 636 e alguns importadores oferecem a Yamaha R-6. Além disso a J.Toledo Suzuki ventilou a hipótese de trazer a belíssima GSX-R 600, mas talvez apenas para competição. A principal diferença da Honda é uma rede de 600 concessionários com condições de atender e fornecer peças de reposição. Mas quem se interessar deve correr, porque são apenas 390 unidades disponíveis ao preço sugerido de R$ 52.200, porém ela era negociada a R$ 59.000 em São Paulo.

Freios excelentes e a transmissão inspira confiança

Freios excelentes e a transmissão inspira confiança

 

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FICHA TÉCNICA

Motor tipo DOHC, 4 tempos, arrefecido a líquido, 4 cilindros em linha, com 4 válvulas por cilindro
Cilindrada 599 cc
Diâmetro x curso 67 x 42,5 mm
Alimentação/diâmetro de venturi Injeção eletrônica PGM-DSFI/ 40 mm
Taxa de compressão 12,0 : 1
Potência máxima 117 cv a 13.000 rpm (DIN)
Torque máximo 6,73 kgf.m a 11.000 rpm (DIN)
Transmissão 6 velocidades constantemente engrenadas
Transmissão final corrente com anéis de vedação
Sistema de partida elétrica (motor de partida)

Chassi tipo perimetral dupla trave em alumínio
Suspensão dianteira/curso garfo telescópico/120 mm
Suspensão traseira/curso UNIT PRO-LINK/120mm
Freio dianteiro/diâmetro A disco duplo flutuante, com acionamento hidráulico, cáliper de quatro pistões e pastilhas de metal sinterizado/ 310 mm
Freio traseiro/diâmetro A disco simples, com acionamento hidráulico, cáliper pistão simples e pastilhas de metal sinterizado/ 220 mm
Pneu dianteiro 120/70 x 17 ZR (radial)
Pneu traseiro 180/55 x 17 ZR (radial)

Dimensões/capacidades
Tanque de combustível de 18 litros
Comprimento X largura X altura = 2.010 x 695 x 1.115 mm
Distância entre eixos 1.395 mm
Altura do assento 820 mm
Distância mínima do solo 130 mm peso seco 169 kg

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Sistema Elétrico ignição Avanço controlado por microprocessador digital transistorizado
Bateria 12 V – 8,6 Ah (selada)
Farol/lâmpada “Line Beam”/ 12 V – 55/55

 

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Tite
Geraldo "Tite" Simões é jornalista e instrutor de pilotagem dos cursos BikeMaster e Abtrans.