As dificuldades impostas aos pilotos ao longo dos 1.300 quilĆ“metros de trilhas e tambĆ©m aos bikers que pedalaram 312 km, durante o 29Āŗ Rally CerapiĆ³, transformaram-se em alegria quando cada um deles chegou a Teresina (PI), Ćŗltima parada da competiĆ§Ć£o. A ediĆ§Ć£o foi considerada pelos competidores uma das mais desafiadoras da histĆ³ria da prova, que neste ano recebeu participantes de todas as regiƵes do PaĆs. A disputa foi realizada entre os dias 25 e 30 de janeiro, em um roteiro que foi do CearĆ” ao PiauĆ, e contou com cerca de 500 competidores.
O percurso da ediĆ§Ć£o de 2016 retornou Ć s origens do Rally CerapiĆ³ e adentrou ao sertĆ£o central, que hĆ” alguns anos nĆ£o recebia a prova. Cidades como QuixadĆ”, Iguatu e Pacoti, no CearĆ”, e Picos e Ipiranga, no PiauĆ, presenciaram as emoƧƵes e os desafios de 500 competidores vindos de todas as regiƵes do Brasil.
Estradas de terra, areia, barro, travessia entre rios e o cansaƧo advindo de etapas longas foram os principais obstĆ”culos dos pilotos e atletas na disputa pelo degrau mais alto do pĆ³dio. AlĆ©m disso, a Ć©poca de chuvas do Nordeste reservou algumas surpresas aos participantes.
Na disputa de motos, Wesley Antunes de Macedo confirmou o favoritismo e saiu campeĆ£o de mais uma ediĆ§Ć£o do CerapiĆ³-PiocerĆ”, na categoria Master, e Pedro EmĆlio Tajra Ferreira ficou com o tĆtulo da SĆŖnior. Na Executivo, Luiz LobĆ£o Castelo Branco Filho foi o melhor e Sandro Hoffmann levou o principal trofĆ©u da Over 40. PĆ©ricles Dutra venceu na Over 50, Alexandre Souza Negreiros na Junior, Alexandre Aguiar de Carvalho na Novato e JosĆ© Eduardo Sena na Moto Rally.
Nos quadricĆclos, quem levou a melhor foi Artur Teixeira de Carvalho Junior, na categoria Graduados, e George Ximenes Souza GirĆ£o, na Novatos. Em ambas as modalidades, a provaĀ tambĆ©m foi vĆ”lida pelo Campeonato Brasileiro de Enduro de Regularidade e Brasileiro de Rally Cross Country.
Em seu lado social, o Rally CerapiĆ³ 2016 repetiu a tradiĆ§Ć£o,Ā doando livros a crianƧas indĆgenas, escolas e Ć Bibliotecas Municipal de Maranguape. Ao todo foram doadosĀ 10 mil livros para escolas e comunidades carentes no percurso da provaĀ nos estados do CearĆ” e PiauĆ.
AlĆ©m de entrar na corrida pela educaĆ§Ć£o, o Rally CerapiĆ³ tambĆ©m contou com aƧƵes que visavam proporcionar melhor qualidade de vida ao povo nordestino. Por isso, o projeto De olho na trilha ofereceu Ć s comunidades do PiauĆ consultas oftalmolĆ³gicas e distribui Ć³culos novos para os mais necessitados. Em Iguatu, no sertĆ£o central, no CearĆ”, a APAE (AssociaĆ§Ć£o de Professores e Amigos dos Especiais) recebeu todas as cestas bĆ”sicas arrecadas durantes as inscriƧƵes.
A competiĆ§Ć£o mexeu tambĆ©m com a economia das cidades em que passou. O evento levou ao sertĆ£o central uma caravana com mais de 1.000 pessoas, contando competidores, equipes de apoio, organizaĆ§Ć£o e jornalistas dos mais variados veĆculos de comunicaĆ§Ć£o.Ā O evento movimentou a economia local na Ć”rea de serviƧos, quando hotĆ©is ficaram lotados por conta do rali e padarias, restaurantes, postos de gasolina e comĆ©rcios afins multiplicaram as vendas no perĆodo em que as cidades sediaram o evento.
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Curiosidade: CerapiĆ³ ou PiocerĆ”?
Quando a corrida comeƧa no CearĆ” e termina no PiauĆ ela se chama CerapiĆ³. E quando tem sentido inverso, comeƧando no PiauĆ e terminando no CearĆ” chama-se PiocerĆ”.
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