Publicidade

Kasinski Comet GT 250, Dafra Next 250, Yamaha YS 250 Fazer e Honda CB300. São as mais conhecidas desse segmento. Street 250 ou como mais recentemente tem sido chamadas, Naked 250. Elas representam o degrau imediatamente superior para quem tem uma moto de entrada e deseja “ir mais longe”.

Boas opções, mas é preciso critério na escolha para não se arrepender depois

Boas opções, mas é preciso critério na escolha para não se arrepender depois

As quatro opções oferecidas pelo mercado tem características semelhantes, mas o comprador deve ter cuidado na hora da escolha, pois as poucas diferenças entre elas são decisivas para tornar a escolha que pode ser a realização de um sonho em um pesadelo. Além das características técnicas gerais das motos, analise com critério a disponibilidade de assistência técnica e peças de reposição e, claro, o preço disso tudo.

Vendas 2012 e preço Fipe em 30 de novembro

Vendas 2012 e preço Fipe em 30 de novembro

Publicidade

Teoricamente uma Naked é uma super esportiva sem a roupa de pista, sem as carenagens. Mas essas, antes chamadas de street, agora contam com itens de design das grandes, pequenos spoilers sob o motor, farol embutido em uma pequena carenagem, assim como Hornet, FZ6 e ER6.

Next 250 possui qualidades para surpreender os consumidores; preço competitivo e economia de combustível se destacam

Next 250 possui qualidades para surpreender os consumidores; preço competitivo e economia de combustível se destacam

A mais pura nesse sentido é a Kasinski GT 250, única verdadeiramente despida da roupa da irmã Comet GT 250 R. Outras modificações ficam por conta do guidão tubular, mais alto e pedaleiras mais adiantadas para o piloto. No farol, todas seguem a nova tendência triangular, mas apenas a Honda tem o painel integrado no mesmo conjunto.

Essa estética é bem lembrada nas motos maiores. Portanto nessas pequenas fica a impressão de moto grande com preço e economia de moto pequena. Essa tem sido a fórmula de sucesso deste segmento.

Publicidade

Das quatro, apenas a Next 250 conta com o spoiler de motor, fazendo com que se destaque das outras. O projeto da moto foi feito pela taiwanesa SYM e recebeu especial atenção para adequar-se ao mercado brasileiro.

O motor, das quatro, o único arrefecido a líquido requer um radiador grande e há uma proteção mais adequada, que complementa o visual. Pouca capacidade de esterçamento dificulta manobras no trânsito; suspensão dianteira requer mais atenção, porque ela se mostrou um pouco vaga, dando a impressão de pouca precisão na direção. Além disso, mesmo com menor peso na dianteira ela afunda muito nas frenagens. Seu forte é o desempenho. O motor é  bem acertado, tem respostas rápidas no acelerador, proporcionando boas velocidades em rodovias, com retomadas rápidas.

Farol da Dafra tem o design mais arrojado

Farol da Dafra tem o design mais arrojado

 

Publicidade
Grande destaque é o novo farol da Kasinski Comet 250 GT

Grande destaque é o novo farol da Kasinski Comet GT 250

Seus freios, a disco nas duas rodas são bons e não chamam atenção em nenhum sentido, nada de excepcional, mas atendem bem. Oferecem também boa sensibilidade no controle das frenagens. A moto  se mostrou a mais econômica nos testes (29,28 Km/litro) e com o tanque de 14 litros provê boa autonomia.

Única bicilíndrica da categoria resulta em maior desempenho

Única bicilíndrica da categoria resulta em maior desempenho

O motor é um grande diferencial positivo da Next 250, já que o desempenho geral está alinhado com suas concorrentes Kasinski, Yamaha e Honda, as três arrefecidas a ar e as com cinco marchas. Apenas a Dafra é com seis. Nas melhores condições a velocidade máxima medida foi de 140 km/h reais (sempre indicado neste comparativo, o erro médio nas motos é de +8% ). O motor desenvolve bem até 120 km/h e fica numa rotação confortável para essa velocidade de cruzeiro, até com um pouco de sobra para alguma necessidade eventual.

A Comet GT 250 é a única que tem uma irmã esportiva, mas isso não lhe garante as melhores prerrogativas. Como na Dafra, a frente se apresentou incerta com a colocação do guidão alto e também o ângulo de esterço não se mostra satisfatório para uma moto urbana. A suspensão também não se apresentou bem acertada. Muito dura, não tem boa progressividade, mas nas frenagens ela permite boa aderência. Os freios tem boa potência, mas pecam em sensibilidade de forma que é difícil modular a força para parar com suavidade.

O grande prejudicado é o piloto que sofre com a dureza da suspensão, aspereza dos freios e o banco fino, que não ajuda muito. A nova posição das pedaleiras, em relação à GTR permite mais jogo de corpo, que no frigir dos ovos acaba por deixá-la mais confortável do que sua irmã esportiva, mas ainda longe das concorrentes da categoria.

Destaca-se o motor V2, único de dois cilindros no comparativo. Embora arrefecido a ar e óleo, tem um desempenho superior, até um pouco acima da Dafra, que tem arrefecimento a líquido.

Também, em termos de velocidade de cruzeiro o motor se mostra mais adaptado a grandes percursos. A quinta marcha funciona bem para deixar as rotações em nível mais confortável, com menos vibração e melhor consumo. Este que ficou na média de 23,0 Km/litro, superado pela Dafra e Yamaha.

Visual bonito e arrojado,conta com pequena aba lateral para canalisar o vento sobre o motor arrefecido a ar

Visual bonito e arrojado,conta com pequena aba lateral para canalisar o vento sobre o motor arrefecido a ar

A Yamaha YS 250 traz boa tecnologia. Foi a primeira a ter injeção eletrônica, o pistão forjado e o cilindro com revestimento cerâmico. Ela tem um desenho com linhas modernas que acompanha o bom  desempenho, uma boa dirigibilidade e baixo consumo. A YS 250 “veste” bem. Suspensão bem calibrada ajuda na buraqueira sem provocar muito cansaço, é um pouco dura mas absorve bem as irregularidades.

Andar nela cansa pouco, pela boa qualidade do banco e pelo nível mínimo de vibração, apesar de monocilíndrica, fruto de um bom dimensionamento e sincronização do eixo balanceiro. Seu motor é calibrado para altas rotações (tem menos torque) e então algum cuidado nas reduções é conveniente para não travar a roda traseira. Por outro lado, em determinadas situações, pode haver necessidade de “queimar” embreagem para ganhar giro para uma saída mais rápida no trânsito. Assim, também em velocidade de cruzeiro as rotações ficam bastante altas, mas a pouca vibração do motor vem ajudar para se conseguir manter uma boa média de velocidade nas estradas. Você consegue manter os 120 Km/h com facilidade, mas daí para frente há muito pouco a adicionar. O motor já fica limitado e em rotação bem alta para se manter por muito tempo.

Motor consagrado de 250cc com muitas motos no mercado

Motor consagrado de 250cc com muitas motos no mercado

É uma moto bem equilibrada, mas um pouco lenta nas respostas e que por ser relativamente leve ainda é fácil manobrar na cidade e fazer mudanças rápidas de direção nas curvas das estradas. Mesmo em frenagem forte a frente se mantém controlável e com a excelente modulação dos freios. Pode-se até mudar de direção durante a frenagem que a ciclística e suspensões aceitam razoavelmente bem uma mudança de direção ou um impacto de algum buraco.

O freio na dianteira tem 282 mm de diâmetro e dois pistões na pinça. O traseiro a disco simples se mostra bem eficiente também. Respondem com progressividade e potência, com grande capacidade de modulação.

Honda CB 300 - Depois da Twister, ficou reestilizada e melhorada, com aumento de cilindrada, injeção eletrônica e desenho atual

Honda CB 300 - Depois da Twister, ficou reestilizada e melhorada, com aumento de cilindrada, injeção eletrônica e desenho atual

Na mexida geral que a Honda deu em 2009 na Twister, foi adicionado um sistema de catalizador no escapamento e um sistema de injeção eletrônica para atender o controle mais rígido do Promot3. Essa adição, entretanto, forçou a engenharia da Honda a aumentar a cilindrada, (diâmetro do cilindro) pois só a injeção eletrônica não seria suficiente para manter o mesmo desempenho, já que a restrição que o catalizador faz no fluxo de gases tem que ser compensada de alguma maneira. Daí a nova denominação.

Recebeu linhas modernas no seu desenho que acompanha as motos de maior cilindrada da Honda – farol trapezoidal e o conjunto banco/tanque/rabeta que a fazem parecer maior do que realmente é. O conjunto de instrumentos é integrado ao farol grande e de boa iluminação.

Andando nela você fica em posição ereta, mas levemente abaixado. Isso mostra a atitude urbana da moto e que pode dar boas incursões pelas estradas. Ela é o que se pode chamar de “moto amigável”. Ela não exige muita experiência para sair andando  por aí sem qualquer enrosco. Em qualquer marcha ela anda e por isso é capaz de agradar inclusive os pilotos mais pesados. Claro que isso é força de expressão,mas denota que o torque é sua maior virtude, pois o motor sempre está lá e ela arranca muito bem em qualquer situação. Mas esse motor fica confortável em velocidades médias de cruzeiro. Ela  mantém velocidades maiores, na faixa de 120 a 130 Km/h, mas acima disso não vai muito além, e o motor se mostra limitado em rotação e força para penetrar no vento e melhorar essa marca sensivelmente. Em termos de aproveitamento da potência do motor, essa moto é a campeã das quatro, no sentido de que cada cavalo vapor do seu motor carrega menos de 5,5 Kg de peso da moto (peso seco). A mais próxima disso é a Kasinski, com um pouco mais do que 5,5Kg por cavalo.

A dirigibilidade também é seu forte. Suspensão muito bem acertada proporciona grande conforto, aliando as características do chassi, bastante leve e de boa geometria. Resulta em uma moto rápida nas cidades e com conforto suficiente para se tocar o dia inteiro sem se cansar.

Freiios excelentes com opção de C-ABS

Freios excelentes com opção de C-ABS

Alia-se à dirigibilidade, os freios. São potentes e muito moduláveis. É a única moto da categoria que tem C-ABS como opcional. Esse sistema veio revolucionar as motos com ABS no mundo todo. Depois de lançado pela Honda, várias marcas experimentam a mesma solução, com resultados até que próximos. Mas a Honda é referência nessa questão e a CB 300 representa muito bem essa conquista, sendo a menor moto que pode vir equipada com o sistema, juntamente com a XRE300. O consumo ficou na média de 24,29 km por litro, superando apenas a Kasinski que tem dois cilindros. Nada  surpreendente.

Se você tem uma Naked 250/300 cc, opine sobre ela!
Acesse agora mesmo: Guia de Motos – Motonline