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Afonso é o pai, no centro, e ainda tem Walter, Flávio, Neto e Carmelindo

Afonso é o pai, no centro, e ainda tem Walter, Flávio, Neto e Carmelindo

Neste motoclube, até o nome é familiar, já que no nome Alphariders, o Alpha vem da empresa da família. Não é lá muito grande, mas é muito ativo, com vários quilômetros rodados pelo interior do Nordeste. Afonso é o pai e tem 54 anos. Walter, Flávio, Neto e Carmelindo são os outros membros do motoclube.

A primeira moto, ou melhor, o vírus do motociclismo entrou na família pelo pai – Afonso. Sua primeira moto foi uma Honda CG 125, ano 1980. Depois mudou para uma Honda ML 125, ano 1982. Mais tarde o estilo mudou e chegou a Vespa PX 200. Nesta fase os meninos, quer dizer, os outros integrantes do Motoclube ainda não eram nascidos. Para falar a verdade, nem o motoclube existia.

Tradicional pose para a foto num dos muitos passeios do motoclube

Tradicional pose para a foto num dos muitos passeios do motoclube

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Algum tempo depois do nascimento dos novos membros do MC Afonso, chegou a vez de mudar novamente de estilo e a moto da vez foi uma Yamaha Lander 250, com a qual rodava muito pouco pois meus companheiros ainda eram pequenos. Foi então que o caçula – todo caçula é rebelde – o qual sempre se identificou muito com Afonso na parte aventureira, resolveu incentivar a comprar a primeira moto de alta cilindrada, convencendo a mãe, que sempre foi contra, por medo dos acidentes. Enfim, era chegada a hora de andar em uma Honda Varadero vermelha.

Aqui a foto tradicional ganhou as integrantes agregadas do Motoclube Alphariders

Aqui a foto tradicional ganhou as integrantes agregadas do Motoclube Alphariders

Como recompensa foi comprada uma Honda Hornet para o Walter. Daí começou o gosto dos outros pelo motociclismo. No ano seguinte chegou outra Hornet, desta vez para o Flavio, e mais uma Honda, desta vez a CBR 1000R para Walter, que cedeu a sua Hornet, mais antiga, para o Neto. Porém Afonso não conseguiu se adaptar à Varadero, que acabou trocada pela BMW R 1200 RT.  Mas a melhor ainda estava por vir. Na verdade o grande objeto de desejo do Afonso.

A Honda a Goldwing – “a melhor moto do mundo, sem dúvidas”, segundo fala o Afonso, veio depois da venda da Hornet mais antiga. Como quase todos já possuíam suas motos, faltava apenas o Carmelindo que teimou em comprar uma moto que não seria uma boa escolha para baixinhos. E não deu outra – dois tombos depois e foi resolvido pelo “conselho” do MC (ou será conselho de família?) trocar a moto e comprar outra touring. Claro, o consenso foi de que a vocação da família era a estrada e a moto escolhida foi uma BMW K 1600 GTL, que foi entregue para o Walter. Alguns ajustes depois e a configuração final do Motoclube Alphariders ficou assim, por enquanto:

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Afonso (pai) – Honda Goldwing
Walter (filho) – BMW K 1600 GTL
Flávio (filho) – BMW F 800 GS
Neto (filho) – BMW R 1200 RT
Carmelindo (filho) – Honda CBR 1000R

O motoclube Alphariders já visitou várias cidades, dentre elas, Parnaíba, Teresina, Belém, Morros, Barreirinhas, Carolina, Tianguá e já está no planejamento uma longa viagem para o Sul do Brasil. A ideia é passar pela Serra do Rio do Rastro e quem sabe até saindo do país.

Uma coisa é certa, saudade da família não vai rolar pois estarão todos juntos. E por falar em “todos juntos”, essa história de que hierarquia é posto não é bem assim. Segundo Afonso eles não tem nenhuma regra quanto a quem puxa o comboio. Mas todos respeitam quando o patriarca se manifesta a vontade de ser ferrolho ou o capitão-de-estrada. Afinal de contas, ele é o patriarca e em motociclismo experiência é posto.


Reportagem originalmente publicada no VOCÊ E SUA MOTO!

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Luís Sucupira
Motociclista desde os 18 anos. Jornalista e apaixonado por motos desde que nasceu.