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Os produtos importados perderam espa‡o na lista de compras dos brasileiros.

De acordo com levantamento da consultoria ACNielsen CBPA, 27% dos entrevistados deixaram de comprar algum produto importado ap¢s a disparada do d¢lar. O campeÆo da lista sÆo os produtos aliment¡cios, como azeites, peixes, frutas, queijos e biscoitos, descartados por 63% das pessoas. Em seguida aparecem as bebidas alco¢licas (26%), cosm‚ticos (15%), outras bebidas (11%) e artigos de higiene pessoal (11%).

A pesquisa, feita em mar‡o de 2003, nÆo levou em conta os produtos que tˆm mat‚ria-prima importadas. Embora o d¢lar tenha baixado em rela‡Æo ao in¡cio do ano, isso ainda nÆo foi refletido na queda de pre‡os para o consumidor.  aquela velha estrat‚gia do mercado: para subir, sobe r pido. Na hora de descer, desce devagar.

Engana-se quem imagina que o corte atingiu apenas a classe C, cuja renda familiar m‚dia ‚ de R$ 927. Nessa faixa da popula‡Æo, 19% dos entrevistados cortaram os importados da lista de compras. Entre as pessoas de classe A (com renda familiar m‚dia de R$ 7.793), o porcentual chegou a 34%. O levantamento tamb‚m mediu a expectativa de compra dos consumidores para este ano.

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O setor de alimenta‡Æo ter  o maior corte, segundo os entrevistados. Em seguida a tesoura atingir  vestu rio, viagens, eletrodom‚sticos, celular e artigos de limpeza, nessa ordem. Entre os que vÆo economizar cortando produtos aliment¡cios, 44% sÆo da classe C, contra 21% da classe A.

A infla‡Æo mudou os h bitos do consumidor por completo. Para nÆo estourar o or‡amento, ele compra menos, substitui por similares, troca marca ou corta itens da sua lista de compras. As pessoas podem nÆo saber, mas segundo a Funda‡Æo Get£lio Vargas, sÆo atitudes como essa que ajudam a domar o dragÆo da infla‡Æo.

A classe m‚dia, de acordo com uma pesquisa do instituto LatinPanel, do Ibope, se tornou especialista nesse assunto. Entre os consumidores dessa faixa, 88% comparam pre‡o antes de escolher a marca e 67% concordam que pre‡o ‚ o fator mais importante. Esse p£blico ‚ respons vel por 35% do total de consumo e representa 1/3 da popula‡Æo brasileira.