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Um teste simples revelou o que acontece com o cora‡Æo de um motociclista em situa‡äes iversas Usei eu mesmo – Geraldo – como cobaia de um teste que havia realizado anteriormente em 1989.

Com a ajuda de um rel¢gio com monitor de freqˆncia card¡aca, fiz v rias medi‡äes para ver o que acontecia com o cora‡Æo.

Primeiro analisei as minhas condi‡äes e descobri que, em repouso, meu cora‡Æo de 45 anos gira em m‚dia em 60 batimentos por minuto. Em uma atividade comum, como fazer o caf‚ da manhÆ, ele sobe para 68-70 bpm e depois de subir as escadas at‚ o andar superior, ele chega a 85 bpm. NÆo analisei dormindo porque nÆo consigo ver o rel¢gio enquanto durmo…

Preparei minha moto para uma viagem at‚ Socorro, cerca de 150 km de SÆo Paulo, onde teria de rodar em estrada de terra e at‚ peguei uma trilha mais exigente. Durante o percurso urbano notei algo interessante. Enquanto o trƒnsito flu¡a normal, o ritmo ficava entre 66-68 bpm, mas quando enfrentava congestionamento e corredor, subia para 76-78 bpm. Estes 10 batimentos a mais ‚ resultado da tensÆo e imagino como fica o cora‡Æo de quem trabalha no trƒnsito todos os dias!

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Na estrada, com ¢tima visibilidade e tempo perfeito, meu cora‡Æo quase entrou em “off”, caindo para 58-60 bpm.  como se eu estivesse sentado na sala de casa vendo TV. Quando chegou a estrada de terra, logo nos primeiros quil“metros, o ritmo subiu para 110 bpm, reflexo direto do risco mais elevado. No trecho com curvas e alguns saltos deliciosos, o esfor‡o f¡sico de levantar do banco todo tempo fez o ritmo subir para 125 bpm. Mas o pico foi quando nÆo percebi uma porteira nova na entrada de um parque e passei por baixo dela, meio desajeitado at‚ cair em baixa velocidade: 138 bpm!

Depois, como fui escalar uma via nova na Pedra Bela Vista, decidi deixar o monitor. O resultado foi curioso. Durante a prepara‡Æo do equipamento para a escalada, o ritmo ficava na faixa de 140 bpm! Era clara a tensÆo diante de 100 metros de rocha. Mas durante a escalada, o ritmo caiu para 120 bpm e foi assim at‚ o final.

Pode parecer uma experiˆncia tola, mas o dado que achei mais interessante foi o crescimento do ritmo nos trechos urbanos congestionados. NÆo cheguei a levar nenhuma fechada, mas percebi que o estado de vigilƒncia ao pilotar sob tensÆo mexe realmente com nosso organismo. Se pudesse aprofundar a experiˆncia, gostaria de medir a pressÆo arterial tamb‚m. Creio que os motociclistas que rodam diariamente sofrem muito mais os efeitos deste stress e nÆo acredito em acomoda‡Æo, ou seja, que a atividade constante v  condicionar o cora‡Æo de forma a nÆo acelerar o ritmo card¡aco. Tenho mais de 30 anos de experiˆncia em SÆo Paulo e fiquei surpreso em ver como o organismo reage, indifirente de nossa vontade. Em breve pretendo realizar novas experiˆncias.