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Desistir é fácil. Nós vamos continuar

Na primeira metade da d‚cada de 70 as ruas e estradas do Brasil conheciam um novo personagem. Consolidava-se a chegada da motocicleta utilit ria, aquela que surgia para servir de transporte racional,  gil e de baixo custo. De baixa cilindrada, simples e econ“mica, viria para servir de divisor de  guas em nossa estrutura de transportes terrestres. Isso mesmo: a partir de entÆo, a locomo‡Æo individual nunca mais seria a mesma.

 certo que algum tempo se passou antes que a id‚ia de sua utiliza‡Æo ocupasse todo o territ¢rio nacional e se transformasse em unanimidade. Hoje todos, do Oiapoque ao Chu¡, reconhecem suas inimit veis vantagens e a grande mudan‡a que pode promover nas mais diversas circunstƒncias, o bem social que causa quando utilizada dentro dos parƒmetros de seguran‡a e das normas existentes.

Seria uma loucura tentar aqui exemplificar as mais ex¢ticas maneiras de fazer uso das her¢icas “motocas”, assim como enumerar as ocasiäes em que seus pr‚stimos foram vitais para a solu‡Æo nas situa‡äes mais problem ticas.

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Hoje, justamente por conta do sucesso que vem fazendo ao superar os mais inusitados obst culos em sua faina cotidiana, enfrenta seus momentos mais cr¡ticos, mais dif¡ceis. Mais de 1,35 milhÆo de novas unidades estarÆo nas ruas e estradas at‚ o final de 2006, a postos para cumprir suas tarefas.

Foto: Paulo Shuiti Takeuchi, Presidente da Abraciclo

Foto: Paulo Shuiti Takeuchi, Presidente da Abraciclo

E ‚ por esse mesmo motivo que as necessidades de supera‡Æo de novos desafios surgem tamb‚m no momento de solucionar os problemas decorrentes de sua convivˆncia com os demais meios de transporte, como infra-estrutura nÆo apropriada, como a falta de h bito em se pensar em seguran‡a. E o resgate dessa consciˆncia coletiva leva tempo e gera desgaste.  uma missÆo que garante grandes dificuldades a quem a abra‡a.

Recentemente a autoridade de trƒnsito implantou um projeto que chamou de “Faixa CidadÆ” nas avenidas Eus‚bio Matoso, Rebou‡as e na rua da Consola‡Æo, numa tentativa de sinalizar com a possibilidade de m£tua colabora‡Æo entre os exauridos motoristas e motociclistas de SÆo Paulo. O desagrado pode ter sido grande, mas algo se fez. Da mesma forma a atual pista exclusiva na Avenida Sumar‚: os cr¡ticos nÆo gostaram, acharam pouco mas, mais uma vez, algo se est  fazendo, se est  tentando.

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Dias atr s a ABRACICLO trouxe, do JapÆo um estudioso especializado nas an lises e avalia‡äes de acidentes envolvendo motocicletas para uma s‚rie de palestras junto a organismos de trƒnsito. Ele ficou, ao mesmo tempo, surpreso e entusiasmado, pois seus interlocutores j  estavam num est gio de conhecimento do tema bastante avan‡ado. Por mais uma vez, algo se fez, se tentou e um pequeno avan‡o foi conquistado.

A Abraciclo est  fazendo 30 anos. Desde que foi fundada, em 76, busca solu‡äes para a harmonia entre a racionaliza‡Æo do transporte leve em duas rodas e a realidade ca¢tica que o desenvolvimento nos trouxe. E nessa tarefa est  sua missÆo: buscar, tentar, realizar um pouco mais. Sempre esgotando as possibilidades.
Mas uma certeza ‚ muito clara para todos n¢s que estamos, de forma direta ou indireta, envolvidos com a motocicleta: a quantidade de pessoas favorecidas pela sua singela agilidade ‚ centenas de milhares de vezes maior do que o n£mero das prejudicadas e essa diferen‡a crescer  mais ainda. Exatamente porque desistir de solucionar os problemas ‚ mais f cil mas n¢s vamos continuar tentando. Paulo Shuiti Takeuchi – Presidente da Abraciclo