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Pela décima vez em sua carreira o piloto Robert Nahas larga no Rally dos Sertões. Leva a bordo do seu UTV – categoria que estreia no Sertões, um quadriciclo side by side, aquele com volante e pedais de carro e não guidon de moto  –  duas vitórias no rally mais difícil da temporada nacional e ainda  mais três títulos de campeão brasileiro.

O bi-campeão Robert Nahas larga pela décima vez

O bi-campeão Robert Nahas larga pela décima vez

A cada ano os quadriciclos se destacam mais no “Sertões”, ocupando a importância que já têm as provas internacionais. São os veículos, como as motos, que mais se aproximam do equipamento mais avançado para corridas fora de estrada. Produtos que saem de fábrica com uma tecnologia de ponta, que nos carros e caminhões inscritos sempre são adaptações – ou estão nos protótipos, especialmente nos de fábrica.

Robert Nahas pilotará um Polaris RZR XP900, da equipe Mobil RNN Sport, uma das maiores e mais experientes, com o esquema logístico que já lhe garantiu outras, além das duas vitórias de Nahas. Este ano, prevista a prevalência de terrenos arenosos nos 4.840 quilômetros, 2.346 deles de especiais de velocidade, o apoio técnico tem mais peso, com as máquinas levadas ao extremo desgaste nessas condições. E os pilotos enfrentando uma pilotagem pesada. A resistência de ambos, piloto e máquina, faz a diferença. O calor é escaldante, não tem inverno, não tem verão.É seca ou chuva, poeira ou lama.

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O Polaris de Nahas , como os demais inscritos, têm basicamente as modificações exigidas pelo regulamento da prova, centradas na segurança. A preparação mecânica é praticamante toda de fábrica, que tem uma linha de equipamentos de alto desempenho esportivo para os seus modelos mais poderosos, caso do RZR XP 900, um modelo campeão mundo afora. Com destaque para suspensão, à altura dos protótipos dos carros de fábrica que correm os maiores rallys do mundo. Fica a cargo dos engenheiros da equipe brasileira o ajuste fino, de acerto do UTV para as características de cada prova, e a dos Sertões já é ícone internacional, tamanha variedade e dificuldade do longo percurso. É tida, por todas as equipes, em todas as categorias,  como a avant-premiére do Rally Paris Dakar.

Já começou a movimentação em São Luiz, no Maranhão, com as vistorias técnicas, coletiva de imprensa, prólogo de classificação para a largada e largada efetiva neste domingo. Para dez etapas depois chegar no dia 29 de agosto em Fortaleza, no Ceará, com duras jornadas diárias nas quais os percursos  beiram os 500 Km por dia – a  mais longa é a que liga os municípios de Palmas (TO) a Alto Parnaíba (MA), com nada menos que de 680 km.