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Ducati Streetfighter - Lutadora das ruas

A Ducati Streetfighter aparece para demonstrar a expressão máxima de design e potência das motos italianas.
Apresentada no início de novembro no 66º Salão de motocicletas de Milão, Itália, a Ducati Streetfighter foi a principal atração da marca de Borgo Panigale. Nem mesmo a esportiva 1198 – sucessora da 1098 – chamou tanta atenção quanto a naked. A Streetfighter literalmente “roubou a cena” entre os presentes e foi considerada a moto mais bela do salão, em eleição feita por uma publicação italiana. A Ducati realizou um belo trabalho inserindo a Streetfighter entre as “pacatas” naked da linha Monster e as esportivas da marca italiana, equipando-a com o que há de melhor dos dois estilos no novo modelo.
Motorização e ciclística
Seu coração provém de uma esportiva da casa: a 1098. Um bicilíndrico em “L”, ou um “V” a 90°, com refrigeração líquida e o tal comando de válvulkas desmodrômico, marca registrada da fabricante italiana.
Porém, diferentemente das nakeds que recebem um motor amansado de uma esportiva, no caso da Streetfighter isso não ocorreu. A potência final do propulsor não teve uma redução drástica: são 155 cv a 9.500 rpm, somente 5 cv a menos do que na 1098. O torque também é respeitável – 11,75 kgf.m a 9.500 rpm – e deve levantar a roda da frente com facilidade!
O quadro tubular em aço, inspirado na peça da 1098, é leve e com extrema rigidez para evitar torções em situações em que a moto é exigida ao limite. O peso não foi declarado, mas deve ficar próximo ou inferior aos 173 quilos a seco da 1098.
Para segurar todo esse desempenho só um conjunto de suspensões a altura. Na dianteira, a Streetfighter tem um garfo invertido (upside down) e, na parte traseira, o belo monobraço em alumínio conta com um único amortecedor, ambos da marca Showa.
Parar essa lutadora das ruas não será um grande problema, pois ela vem equipada com dois discos de 330 mm de diâmetro na roda dianteira e um disco de 245 mm na roda traseira.
A refrigeração é líquida e realizada por dois radiadores. Isso mesmo, dois radiadores! O primeiro cilindro fica muito escondido e não é bem refrigerado somente pelo vento, aí entra em ação o segundo radiador. Posicionado mais embaixo da moto contribui para mantê-lo na temperatura ideal.
Com esses números, a italiana será uma moto de respeito, a qual não será a rainha em números, mas tem um ótimo equilíbrio entre motorização e estilo.
Visual
O estilo das motos italianos é único e com essa Ducati não é diferente. No caso da Streetfighter, como o próprio nome já diz, a inspiração veio dos customizadores europeus que constroem as tais “streetfighters”, espécie de transformação que se propõe a fazer das motos naked tão potentes quanto as esportivas. Essa é a essência da novidade italiana.
A dupla saída de escape saindo pela lateral remete às irmãs Monster S2R e S4R. Como é costume da marca, a Streetfighter é apresentada também na versão S, que recebe equipamentos fabricados por marcas de ponta, como Marchesini e Öhlins nas rodas e suspensões da motocicleta.
Tecnologia
Ainda na versão S, a Streetfighter oferece controle de tração e o Ducati Data Analysis; trata-se de um gráfico de telemetria, onde o piloto visualiza todo seu desempenho durante a pilotagem. Esse “luxo” é permitido graças a um Pen Drive instalado na moto, que é removível e pode ser conectado em qualquer computador com entrada USB para verificar seu desempenho enquanto pilotou a moto.
Mercado
Poucas motos poderiam rivalizar com a Streetfighter em relação ao estilo e motorização. As compatriotas Benelli TNT 1130, MV Agusta 1078 RR e Aprilia Tuono 1000 são as mais próximas; já a Suzuki B-King 1300 e a renovada BMW K 1300 R seguem mais para o estilo de big naked.
A aclamada novidade italiana deve estar disponível partir do primeiro semestre de 2009 ao consumidor europeu. Por aqui, não se tem notícia de quando essa lutadora das ruas deve desembarcar.