Publicidade

Na mais desafiadora corrida do mundo, os pilotos da equipe estiveram sempre entre os mais r pidos.

Foi um Dakar diferente. Limites de velocidade, proibi‡Æo quase total no uso do GPS e, para a Equipe Petrobras Lubrax, moto nova e estr‚ia de navegadores no carro e no caminhÆo. Fora isto, as dificuldades sempre impostas pela prova automobil¡stica mais longa e dura do planeta. As rigorosas pedras do Marrocos, as incans veis dunas da Mauritƒnia, as trai‡oeiras  rvores do Senegal e os enormes buracos da Guin‚ nÆo deram tr‚gua aos pilotos e …s maquinas. Dos 475 ve¡culos que largaram em Lisboa (Portugal) no dia 31 de dezembro, apenas 190 receberam a bandeirada final hoje no lago Rosa, em Dakar (Senegal).

O time brasileiro sai mais uma vez das areias do deserto africano como uma das mais r pidas do mundo. Andr‚ Azevedo andou os 9.043 quil“metros da prova entre os primeiros colocados. Em trˆs etapas, o piloto e seus navegadores Maykel Justo e Mira Martinec conquistaram a segunda coloca‡Æo. O trio teve um in¡cio de prova fulminante, ocupando a vice-lideran‡a. No entanto, sucessivos problemas mecƒnicos no caminhÆo (cƒmbio, suspensÆo, turbo e freios) seguraram a arrancada de Andr‚. “Continuamos andando entre os primeiros, mas sempre poupando o caminhÆo para chegarmos em Dakar”, contou Andr‚, que, em sua 19¦ participa‡Æo na prova chegou a cair para a sexta posi‡Æo, mas voltou a subir e terminou na quarta coloca‡Æo entre 69 caminhäes. “Com tantos problemas mecƒnicos, estou muito satisfeito com o 4§ lugar. Chegamos aqui entre os melhores”, disse.

Nas motos, Jean Azevedo era o oitavo mais r pido entre as 232 motociclistas, quando um acidente na antepen£ltima etapa o tirou da prova. Jean estreou no Dakar um novo modelo da KTM, fornecido apenas para uma dezena de pilotos selecionados pela f brica austr¡aca. O brasileiro usou as etapas europ‚ias para se acostumar com a novidade. Na µfrica, come‡ou a subir na tabela. Quando j  estava entre os dez primeiros e preparava seu bote para superar o resultado do ano passado (7§ lugar), Jean sofreu dois reveses. Primeiro, recebeu uma polˆmica penaliza‡Æo da organiza‡Æo por nÆo ter passado por um way point (ponto de passagem obrigat¢ria na planilha). Muitos pilotos europeus teriam cometido a infra‡Æo, mas poucos foram punidos. Jean e os demais colegas penalizados escreveram uma carta … organiza‡Æo oficializando o descontentamento com a medida, que o derrubou da 8¦ para a 13¦ posi‡Æo.

Publicidade

Duas etapas depois, o brasileiro j  havia voltado para a 8§ coloca‡Æo, mas sofreu um acidente que lhe quebrou o sacro (osso localizado logo acima do c¢ccix, no final da coluna vertebral). Segundo v rios pilotos, os buracos que derrubaram Jean no come‡o da 13¦ especial entre Lab‚ (Guin‚) e Tambacounda (Senegal) nÆo estavam identificados na planilha. “Era um Dakar para chegar entre os cinco primeiros, mesmo com uma moto desconhecida. Mas em provas de velocidade, todos estÆo sujeitos a isto”, afirmou Jean. “Em seis semanas estarei recuperado e pronto para a pr¢xima corrida”, concluiu.

Entre os carros, a dupla Klever Kolberg e Eduardo Bampi tamb‚m fez uma corrida de recupera‡Æo. Entraram na µfrica apenas na 21¦ coloca‡Æo, mas j  ocupavam o 13§ lugar quando um grave problema mecƒnico na 9¦ etapa, entre Nouakchott e Kiffa, na Mauritƒnia obrigou a dupla a se retirar da disputa. “Est vamos pr¢ximos do nosso objetivo, que era chegar entre os dez”, disse Kolberg, que participou do Dakar pela 19¦ vez. Na frente da dupla da Equipe Petrobras Lubrax, apenas ve¡culos de f brica, com carros e estrutura de apoio quase ilimitados.

Na categoria T1, na qual competem carros movidos a gasolina com prepara‡Æo livre, Kolberg e Bampi ocupavam a quinta coloca‡Æo. A dupla tamb‚m j  era a mais r pida entre os Mitsubishi – tirando os trˆs ve¡culos do poderoso time oficial da f brica, que ficaram na primeira, na terceira e na quarta coloca‡äes. Kolberg ressaltou o desempenho dos pneus Pirelli, desenvolvidos e fabricados no Brasil. “Tivemos pouqu¡ssimos pneus furados em 9 mil quil“metros de Dakar. Eles funcionaram muito bem e nos ajudaram a subir na tabela”, disse.

Kolberg e Bampi j  voltaram para o Brasil, onde esperam a chegada da equipe, marcada para as 17h40 de segunda-feira. A partir do dia seguinte, come‡am os preparativos para os campeonatos nacionais, para o Rally dos Sertäes e, claro, para o Dakar 2007.

Publicidade