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Jean Azevedo (esq.), André Azevedo, Maykel Justo (navegador do caminhão) e Denisio do Nascimento: troféus pequenos, mas enormes conquistas

Jean Azevedo (esq.), André Azevedo, Maykel Justo (navegador do caminhão) e Denisio do Nascimento: troféus pequenos, mas enormes conquistas

É a única equipe que compete nas três principais categorias do Rally Dakar, a prova off-road mais difícil do mundo: caminhões, carros e motos. Só falta um quadriciclo para completar. A soma das experiências dos irmãos Azevedo, André e Jean, que já competiram com motos, carros e caminhões, dá à equipe a condição que falta a muitas outras que competem com equipamentos e estruturas muitos mais completas. “Nossa experiência nos permitiu, este ano em particular, completar a prova nas três categorias que disputamos apesar das muitas dificuldades que a prova deste ano nos impôs, o que já é uma vitória importante”, ressalta o pioneiro André Azevedo, que disputa o Dakar desde 1988.

Denisio puxa a fila: adquirindo experiência para não queimar etapas

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André competiu com caminhão e conseguiu na penúltima etapa uma segunda colocação na geral, o que o trouxe para 8ª posição na classificação geral dentre os 60 caminhões que terminaram a prova. Seu irmão, Jean, que no ano passado competiu com motocicleta e foi 7º colocado na geral, desta vez guiou o carro da equipe e considerou a 23ª posição muito boa. “Tivemos um acidente na 10ª etapa o que nos tirou qualquer possibilidade de brigar por posições melhores e então decidimos nos esforçar para terminar e esta posição dentre os 79 carros que chegaram em Lima é muito boa”, falou Jean.

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Contudo, a experiência de 25 anos da equipe foi decisiva para o estreante Denisio do Nascimento, que competiu com uma moto Honda na categoria Super Production (motos de fabricação regular de 450cc). O catarinense foi 24º colocado na geral e terceiro na categoria. “Importante destacar que 98 motos terminaram e chegar em 24º não é pouco. Além disso eu encontrei na prova tipos de pisos e caminhos que nunca tinha andado de moto antes e aí prevaleceu a série de conselhos e as experiências do André e do Jean que me orientaram”, explicou o simpático e feliz piloto.

O estreante desce uma das inúmeras dunas do Atacama: prova priorizou a navegação

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Questionado sobre o equipamento que utilizou – uma moto Honda original de produção -, Denisio explicou que em certos momentos sentiu falta de algumas coisas a mais que uma moto protótipo feita para a competição certamente oferece, mas ressaltou que sua moto foi a primeira Honda a chegar. “Deixei motos oficiais de equipes européias e norte-americanas para trás e isso já é uma vitória”, enfatizou. Sobre isso, o “professor” Jean Azevedo fez questão de explicar: “O objetivo do Denisio era adquirir experiência. Sem essa experiência ele não terá condições de andar mais a frente e com mais maturidade. Não queremos queimar etapas”, finalizou.