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Manuel Herce, ex-diretor geral da Vila Ol¡mpica de Barcelona (Espanha), professor da Universidade Aberta da Catalunha e especialista em mobilidade urbana, defendeu ontem, durante o encontro Metr¢poles – Am‚rica Latina e Caribe, que acontece em Belo Horizonte (MG), o uso de transportes p£blicos alternativos que facilitem a mobilidade urbana.

O evento, que debate ainda res¡duos s¢lidos, reabilita‡Æo urbana e seguran‡a, com mais de 50 prefeitos latino-americanos, acontece at‚ hoje na Prefeitura de BH.

Em sua fala o especialista explicou que a transforma‡Æo da economia fez com que o fluxo de trƒnsito deixasse de ter hor rios espec¡ficos, j  que a rotina de trabalho ‚ cada vez menos fixa. Com esta mudan‡a, os congestionamentos nas grandes cidades estÆo deixando de ter pontos e hor rios determinados e estÆo se espalhando por todas as regiäes.

“Na Europa, as pessoas nÆo fazem mais apenas duas viagens ao longo do seu dia. A m‚dia per capta j  ‚ quase de quatro. Sem um sistema de transporte integrado que seja pensado para privilegiar esse deslocamento, as metr¢poles ficarÆo paradas”, afirmou.

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O professor condenou o que ele chamou de “modelo rodoviarista” que foca nos carros e deixa os outros tipos de locomo‡Æo em segundo plano. Para ele, meios alternativos devem ter prioridade nas  reas centrais, deixando os autom¢veis para as  reas perif‚ricas.

“Carros sÆo como gases: ocupam todo o espa‡o que lhes ‚ dado. Assim, se seguirmos construindo pistas, teremos cada vez mais autom¢veis. Isto significa que quanto maiores forem as ruas, mais ve¡culos tentarÆo us -las e mais lento ser  o trƒnsito”, destacou, Para ele, deve-se barrar o avan‡o dos carros e focar no transporte p£blico com meios alternativos – como as bicicletas – e no incentivo aos pedestres.