Publicidade
Foto: Idário Café

Foto: Idário Café

Essas coisas só acontecem quando há sintonia entre as pessoas, às vezes acima da nossa compreensão. Em maio desse ano vim a conhecer uma moto que na minha visão seria revolucionária. Desenvolvida por um cientista da NASA, ela era elétrica. Mas não como as scooters e motos elétricas que se vê por ai.

Essa tinha uma bateria desenvolvida especialmente para ela, com suas células de Lítio monitoradas uma a uma. A montagem da bateria feita num empilhamento de células que entregava mais corrente ao motor, por mais tempo e aceitava uma recarga mais rápida, por um transformador também especial de 48 V e 17 Amp. Coisa violenta. Tudo que a tecnologia até então não conseguia desenvolver. As motos adaptadas ou fabricadas em série contam com motores sem escovas e pouco potentes para conseguir uma autonomia suficiente para ir e voltar do trabalho por exemplo, sem que para isso tenham que carregar uma centena de quilos de baterias e parafernalha elétrica.

Essa era uma moto feita para um esporte (motocross) que por natureza necessita de força para rápidas arrancadas e uma aceleração brutal. Imaginem 23 HP e um torque de 67,7Nm. Isso equivale a 17,4 KW num veículo de menos de 79 Kg. O motor de imãs permanentes e escovas oferece essa potência de imediato e com esse peso o resultado com certeza seria formidável.

Publicidade

Foto: Idário Café

Foto: Idário Café

Tanto que daquela data para cá, a Zero Motorcycles desenvolveu mais dois outros modelos além da ZERO X. Duas motos de uso urbano, uma tipo motard chamada ZERO S e outra de uso misto ZERO DS (Dual Sport).

A sintonia aconteceu porque enquanto eu escrevia aquela primeira matéria sobre essa moto, pensava num amigo que eu sentia que poderia traze-las ao Brasil. Publicamos a matéria sobre a ZERO X no Motonline e acabamos por esquecer do assunto. Qual a minha surpresa ao saber que o GRUPO IZZO estava trazendo essas ferinhas elétricas para o salão 2 Rodas último!

Carlos Coachman Filho. Filho do saudoso Carlão que tanto fez pelo motociclismo, principalmente off-road no Brasil, participava do lançamento das ZERO Motorcycles no Brasil. Por tantas outras coisas o Carlão já teve motivos de sobra para sentir, de onde quer que ele esteja, muito orgulho. O trabalho do Carlãozinho (apelido dele) no motociclismo já se torna tão grande ou maior que o seu próprio, e que pai não desejaria isso ao seu filho?

Publicidade

Parabéns Dr. Carlão e Carlãozinho.

As novas motos, de rua são mais impressionantes ainda que a ZERO X.. Elas carregam sua própria fonte de energia para repor a carga na bateria, bem maior que a da X. Assim consegue-se apenas com um cabo, do tipo de computador, ligar em qualquer tomada e recarregar a bateria. Isso dá um ótimo resultado para o uso urbano. São 122,5 Kg e 31HP. Mas agora com uma relação de transmissão que consegue levar a moto a 90 Km/h. Com essa bateria reforçada ela conta com uma autonomia de 97 Km e em 4 horas de carga está pronta para andar novamente.

A construção das motos é o que impressiona mais. Pensando bem, é o que se poderia esperar de um cientista da NASA, capricho esmerado e materiais exóticos. Chassi de liga de alumínio aeronáutico, com tratamento térmico como as motos mais desejadas do mundo. Peças importantes como cubos de roda, mesas pedaleiras e peças de acabamento feitas em centros de usinagem computadorizados. Isso porque hoje em dia, já se consegue um custo razoável na fabricação de componentes finos, por esse processo automatizado.

Mais detalhes das motos e da construção serão mais bem explicados na matéria específica sobre o test-ride que fizemos hoje no Parque Vila Lobos em São Paulo, a convite do GRUPO IZZO. Fiquem ligados.

Publicidade