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Foto: Laboratório de Combustíveis da FEI

Foto: Laboratório de Combustíveis da FEI

Atividades integram o projeto FEI Jovem, que tem o objetivo de aproximar os estudantes das áreas de Engenharia; competição será no dia 9 de outubro, na FEI campus São Bernardo

Cerca de 150 estudantes do ensino médio de 4 escolas de São Paulo estarão no Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana), dia 9 de outubro, para participar de competição com projetos de diversas área da Engenharia. Os estudantes vão mostrar o resultado de seis meses de trabalho no desenvolvimento de robôs -carnavalescos-, carrinhos motorizados e produção de combustível aditivado. A competição é a etapa final do projeto -FEI JOVEM- (Jornadas para Valorização das Engenharias no Ensino Médio) da FEI, que visa estimular os estudantes do ensino médio a optarem pela Engenharia. A competição começa às 9h, no campus São Bernardo (avenida Humberto de Alencar Castelo Branco, 3972, bairro Assunção).

Este é o segundo ano de realização do FEI Jovem, que em 2008 atraiu mais de 120 alunos. A iniciativa tem o apoio da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), do Ministério da Ciência e Tecnologia. A FEI é uma das instituições selecionadas pelo MCT no Estado de São Paulo para participar do projeto de valorização das engenharias, que contempla as escolas estaduais Professor Benedito Tolosa e Rui Bloem e os colégios São Luís e Vera Cruz, todos de São Paulo.

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Cada escola participa com pelo menos um projeto em cada categoria, e envolve o desenvolvimento de um robô carnavalesco, carrinho motorizado e produção de combustível aditivado para abastecer os carrinhos no dia da competição final. –A expectativa é que sejam apresentados 24 projetos, desenvolvidos por estudantes, entre 14 e 16 anos–, diz o coordenador do FEI Jovem, Vagner Barbeta. Os projetos que receberem a maior pontuação ganharão troféus e todos os participantes receberão medalhas.

Carro motorizado – Os alunos que optaram pela Engenharia Mecânica desenvolverão carrinhos motorizados, construídos a partir de um kit contendo os elementos necessários para a montagem do veículo de 4 rodas, apoiado numa plataforma de madeira. O kit é composto por pneus, motor, sistema de direção, freio e transmissão. Desta vez, os carros utilizarão o combustível produzido pelos participantes que escolheram da área de Engenharia Química.

A principal novidade deste ano é que o veículo ganhou volante, pedais de acelerador e freio, barra de direção e chassi de tubo retangular. –O sistema possibilita a regulagem de caster, cambagem, ângulo de esterço da roda, o que pode deixar o carro mais veloz, seguro e com melhor dirigibilidade–, destaca o professor do curso de Engenharia Mecânica da FEI, Carlos Rodrigues.

No dia 9, os veículos passarão por avaliações de segurança, estática, três provas dinâmicas (aceleração, velocidade final e frenagem, dirigibilidade e raio de giro). Por último, simultaneamente, os oito carros serão testados no aspecto desempenho no enduro. Os carros serão abastecidos apenas no início da prova, uma única vez. Sagra-se vencedor aquele veículo que tiver melhor rendimento, ou seja, permanecer mais tempo andando.

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Combustível – O desafio proposto para quem escolheu a Engenharia Química foi desenvolver o combustível para abastecer o carrinho durante a competição. Os estudantes receberam gasolina sem álcool e aditivos (isoctano, n-heptano, tolueno e álcool etílico anidro combustível) para a formulação do combustível. –Cada grupo deverá formular misturas combustíveis com a gasolina fornecida e usar pelo menos três substâncias do kit–, destaca a professora do curso de Engenharia Química da FEI, Maristhela Marin.

Os grupos poderão desenvolver até três formulações. A solução que apresentar melhor resultado será escolhida para ser utilizada no carrinho no dia da competição. Para desenvolver o combustível, os estudantes foram até o Laboratório de Combustíveis da FEI (Lacom) para acompanhar as análises das propriedades físico-químicas, realizadas pelos técnicos. O combustível deverá seguir regulamento técnico da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

–O objetivo do combustível desenvolvido pelos alunos é proporcionar melhor desempenho para o carro, visando o menor consumo–, afirma Maristhela Marin. Na competição, também será avaliado o relatório técnico a ser apresentado pelos estudantes à banca examinadora.

Robôs – Cerca de 60 alunos, divididos em 8 grupos, terão de colocar os robôs para -desfilar-, no Robódromo, no ritmo de Carnaval. O trajeto, de 10 metros, deverá ser percorrido em até 20 minutos. Após o desfile, os robôs serão avaliados em alguns quesitos que também são usados para as escolas de samba, como bateria, samba enredo, harmonia, evolução, alegoria, adereços e entrosamento, além de apresentação oral do relatório.

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Para criar os robôs, cada grupo recebeu um kit com todo material necessário para a montagem, incluindo sensores, computadores e programa com linguagem de programação. O percurso a ser realizado pelos robôs é constituído por duas faixas pretas paralelas, com faixas azuis ortogonais. -Os alunos terão de trabalhar com a criatividade e interação entre as equipes da própria escola-, diz o professor do curso de Engenharia Elétrica, Paulo Santos.

Etapas – O programa -FEI JOVEM- é composto por seis etapas: Jornadas Tecnológicas, já realizadas na FEI, com o objetivo de motivar os professores do ensino médio a participarem como orientadores locais dos projetos e a conhecerem as diversas áreas da engenharia; Engenharia nas Escolas, em que os alunos tiveram a oportunidade de conhecer detalhes de projetos de sucesso desenvolvido por alunos da FEI, como o Baja, o carro de Fórmula e os robôs; Escolas na Engenharia, em que os estudantes, acompanhados dos professores, tiveram a chance de conhecer a dinâmica de uma escola de engenharia; Desenvolvimento de Projetos; e a Competição, a ser realizada na FEI, onde todos os projetos são avaliados por uma banca examinadora de professores e, finalmente, a Avaliação dos Resultados, que será realizada pela FEI ao término do primeiro e segundo ano de atividades.

A FEI é um braço da indústria brasileira na formação de profissionais nas áreas de Administração, Engenharia e Ciência da Computação. Na Engenharia, a FEI possui atualmente cerca de 6,2 mil alunos em nove cursos de graduação de Engenharia, além de várias ênfases, e já formou, ao longo de 67 anos de existência, aproximadamente 30 mil engenheiros.