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E lá no meio do mato tinha uma ponte - foto: Valdecir Coelho de Souza

E lá no meio do mato tinha uma ponte – foto: Valdecir Coelho de Souza

Quando se fala em off road os leigos logo imaginam motos trail preparadas ou “depenadas”, pneus cravudos para uso no barro, trajes especiais para a prática de trilhas pesadas e outros acessórios para a segurança do piloto e da moto. Até certo ponto não estão enganados porque quem pratica trilha, que é um off road nível hard, precisa de tudo isso.

Só no off road você passa por lugares como esse - foto: Rock Teneré

Tem lugares que você só chega de moto – foto: Rock Teneré

Mas há também outro tipo de off road, mais brando, apenas turístico, onde a galera se reúne apenas para passear em pequenas estradinhas por regiões rurais. Esses passeios muitas vezes são tão brandos que podem ser feitos por motos custom ou street. A grande vantagem é que a baixa velocidade desses passeios permite a integração do bando à paisagem, provocando muitas paradas para apreciar os animais nos sítios e fazendas, os rios e córregos que são encontrados pelo caminho, sem contar ainda o prazer de tomar um refrigerante gelado nos pequenos botecos que existem nos lugarejos por onde se passa.

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No Macacos da Lama 2016 o passeio previa muitas travessias de riachos - foto: Rock Teneré

No Macacos da Lama 2016 o passeio previa muitas travessias de riachos – foto: Rock Teneré

Quem já experimentou um passeio desses sabe que o estresse provocado pela vida nas grandes cidades vai ficar por lá, no meio da mata. Ao final do dia volta-se para casa com o corpo moído, mas de alma lavada e as baterias recarregadas para mais uma semana turbulenta no trabalho. Há quem opte por passear no asfalto pois prefere o conforto e a velocidade, mas asseguro que depois de experimentar um passeio off road irá mudar radicalmente de opinião e logo também comprará a sua trail.

O evento anual do Bando do Macaco tem até logotipo

O evento anual do Bando do Macaco tem até logotipo

Essa modalidade de motociclismo ganha novos adeptos a cada dia, nem sempre da mesma cidade ou estado – as redes sociais aproximaram e facilitaram a criação de amizades com pessoas distantes –  e como exemplo vamos falar de dois grupos que levam essa terapia muito a sério.

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O primeiro grupo é formado por uma turma com motonliners de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo e Santa Catarina e se chama “Bando do Macaco”, que realiza anualmente um evento batizado de “Macacos na Lama”. Nos dois últimos anos o passeio aconteceu em estradas de terra nas Serras Catarinenses, desconhecidas daqueles que viajam apenas pela Serra do Rio do Rastro e Serra do Corvo Branco. Somente quem é do lugar conhece essas estradinhas recheadas de pontes e riachos. Nos últimos dois anos o guia foi o Valdecir (Prancha), integrante do grupo e morador da cidade de Otacílio Costa (SC), com sua Yamaha XT 660.

Foto oficial do Bando do Macaco em São José dos Ausentes (SC) - foto: Rock Teneré

Protagonistas do Bando do Macaco: João Antonio de Souza e esposa Pâmela, Luli Silva, Whuanderson Silva, Suellen Cardoso, Valdecir Coelho de Souza (Prancha) e esposa, Taísa Caliari, Fábio Lasmar, Cristiane Costa, Sidious, Claudio Fernandes Lage, Marcelo Eyng, Léia Mayer, as crianças Júlia e Sofia e Ricardo Kadota (Rock). – foto: Rock Teneré

Outro bando que curte esse tipo de terapia é de Florianópolis e ainda não tem um nome definido. São amigos que se reúnem periodicamente para sujar um pouco as motos de barro. Um dos últimos passeios foi gravado em vídeo e muito bem editado pelo motonliner Flávio Ricardo. Importante ressaltar que no meio das motos trail tem uma custom Suzuki Intruder 125cc, provando que dá para encarar essas trilhas brandas com qualquer tipo de moto.

Curta o vídeo gravado pelo Flávio Ricardo:

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Protagonistas: Junior Brow: CRF 250, Fernando Weiss: 800 marrom, Luiz Fernando: 800 branca, Josemar Stähelin: 800 branca capacete amarelo e Flavio Ricardo: Intruder 125

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Mário Sérgio Figueredo
Motociclista apaixonado por motos há 42 anos, começou a escrever sobre motos como hobby em um blog para tentar transmitir à nova geração a experiência acumulada durante esses tantos anos. Sua primeira moto foi a primeira fabricada no Brasil, a Yamaha RD 50.