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A frota de motocicletas da Região Norte evoluiu 4,3 vezes, passando de 408 mil para 1,8 milhão de unidades, no período de 2003 a maio de 2013. Somente em Manaus (AM), o volume de motocicletas em circulação cresceu 3,8 vezes nos últimos 10 anos. No Brasil todo, no mesmo período, o avanço dessa frota foi de 3,3 vezes, conforme dados divulgados pela Abraciclo – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.

A Região Norte também tem se destacado no comparativo de habitantes por motocicleta. Até maio passado, essa relação evoluiu para 9 habitantes por motocicleta em circulação, ficando muito próxima da média nacional (cerca de 10/1). Em Manaus, há 15 habitantes por motocicleta. Em 2003, a relação era de 34/1 na Região Norte, 46/1 em Manaus e 28/1 no Brasil, revela estudo elaborado pela Abraciclo, com base em dados obtidos junto ao Denatran – Departamento Nacional de Trânsito e IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

O expressivo crescimento da frota de motocicletas na região é atribuído pela Abraciclo à elevação do poder de compra dos consumidores, flexibilização na oferta de crédito na década passada e custos atrativos da motocicleta – tanto na compra como na manutenção – em relação a outros tipos de veículos automotores. Em muitos casos, a motocicleta é o primeiro veículo motorizado adquirido pelo consumidor. Com base em informações de seus associados, a entidade também destaca que, além de servir à locomoção e atividades de lazer, a motocicleta é utilizada para a geração de renda, como ocorre com os moto-fretistas e moto-taxistas.

A expressiva demanda pelas motocicletas na região, no entanto, não é similar aos cuidados necessários que seus condutores precisariam ter para pilotar os veículos com eficiência, segurança e respeito às leis e regras do trânsito. O estudo da Abraciclo com dados do Denatran mostra que os estados da Região Norte registram mais motocicletas nas ruas do que condutores habilitados. A frota do Amazonas, por exemplo, é composta por 221.910 motocicletas, porém com apenas 155.124 motociclistas habilitados, resultando em uma discrepância de 30%. No Pará, para 667.452 motocicletas em circulação, há 585.428 condutores com habilitação, correspondendo a uma divergência de 7%.

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“Sem o preparo mínimo ofertado pelo curso para a habilitação, o motociclista está mais sujeito a falhas no controle do veículo, negligência em relação aos equipamentos de segurança e desconhecimento das regras e dos procedimentos necessários para circular pelo trânsito das cidades”, comenta José Eduardo Gonçalves, diretor executivo da Abraciclo.

O crescimento do número de motos na Região Norte surpreende

O crescimento do número de motos na Região Norte surpreende

“Além da habilitação, os motociclistas precisam estar capacitados em pilotagem defensiva e constantemente conscientizados sobre a necessidade de revisão periódica das motocicletas, respeito à legislação de trânsito e convívio pacífico com os demais veículos em circulação, como mostramos – e enfatizamos – no 17º MotoCheck-Up, evento gratuito realizado em Manaus, no período de 24 a 27 de julho, nas áreas externas e internas do clube Casa do Trabalhador, do SESI/FIEAM”, diz o diretor da Abraciclo.

As vendas de motocicletas no varejo, na Região Norte, cresceram 3% entre janeiro e junho deste ano, totalizando 96.628 unidades, em relação ao primeiro semestre de 2012 (94.227 unidades). No mesmo período, o estado do Amazonas apresentou um avanço de 12% e a cidade de Manaus teve uma alta de 8% nas vendas.

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As motocicletas mais vendidas pelas concessionárias foram as de baixa cilindrada (até 150 cm³), tanto no primeiro semestre de 2012 como deste ano. Em 2013, as motocicletas dessa categoria representaram 92,8% das vendas na Região Norte, 87,9% no Amazonas e 84,3% em Manaus.