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por M. Barthô

FYM Fy 250 e FY !50T 18

Pelo menos, é o afirma o diretor-executivo da marca, Joacyr Drummond, 58 anos, empresário que faz parte do grupo nacional de investimentos Nova Trade, de Campinas (SP), que sustenta a marca chinesa.

Antes de atuar na Fym, há pouco mais de dois anos, Drummond atuou da área de pós-vendas da Volkswagen do Brasil. A frente da Fym, orquestra um investimento de implantação da marca no País que, segundo suas palavras, já “bate na casa dos US$ 10 milhões”.

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– Tudo está sendo feito por etapas – diz. – Por etapas, e com muita pesquisa de campo lá fora: só este ano, estive quatro vezes na China! – arremata.

Drummond afirma que visitou e conheceu grande parte do imenso território chinês. Segundo ele, o crescimento e o avanço econômico daquele país é espantoso.

– A quantidade de obras de infra-estrutura nas rodovias e cidades é enorme! Há um shopping-center ao lado do outro – conta, entusiasmado.

Entusiasmo

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O executivo diz que “teve a sorte” de procurar a Fym 30 meses atrás, quando ainda não havia começado a corrida de grupos brasileiros para gerar negócios de duas rodas com os chineses.

– Escolhemos a marca com calma. Pesquisamos váris e elvamos em conta a implantação de quesitos como as mais recentes leis norte-americanas e européias, tanto de tecnologia como de emissão de poluentes. Joacyr Drummond, Diretor Presidente da FYM

A Fym também foi escolhida por ter 40 anos de atuação na China e em países do Extremo Oriente, além de um porte respeitável: o fabricante produz 500 mil motos por ano e cerca de 800 mil motores anuais, inclusive para marcas japonesas já consagradas, de acordo com Drummond.

A entrada no Brasil está sendo feita com cautela. A marca chinesa chegou importando apenas setenta unidades, para observar a reação do mercado e da Imprensa especializada. Segundo o executivo, os resultados positivos foram muito além do esperado.

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– Depois de apresentarmos as motocicletas, passamos a investir na infra-estrutura para construir nossa fábrica e chegar ao varejo com bases sólidas, e não na base da aventura -, explica. – Para isso, usei a experiência que tive na Volkswagen.

A marca começou a comercializar suas motos há cerca de um ano. A fábrica foi aprovada pela Suframa e já está sendo construída. Os planos são para produzir motocicletas em dois turnos de produção, no primeiro semestre de 2009. No total, serão cerca de 2.500 motos por mês, inicialmente. Mas a planta industrial terá a capacidade de montar até quatro vezes mais, de acordo com a demanda.

– A Fym já conta com 43 concessionárias autorizadas espalhadas pelo País e pretende ingurar mais seis ainda em maio”, revela. Por enquanto, os modelos da marca são as populares FY 100-10 A, FY 125-19, FY 125-20 (com tecnologia alemã Sachs), o scooter FY 150 T-18, a FY 150-3, a trail FY 125 Y-2 e a custom FY 250. Sobre esta última, o executivo afirma ser a mais vendida na categoria das custom populares.

– Nosso planos incluem um crescimento lento e gradual. Ficamos seis meses apenas no estado de São Paulo, estudando o comportamento do mercado. Mas já estamos presentes em oito estados, com revendas próprias e nosso pessoal bem treinado -, explica.

Problemas

Por outro lado, a Fym ainda enfrenta graves problemas de adaptação às condições brasileiras, o que têm gerado a desconfiança dos consumidores. Uma parte de seus proprietários estão se queixando de terem nas mãos um produto que não contar com peças de reposição rápidas e a resistência no uso.

A falta de peças de reposição é explicada por Drummond pelos atrasos da Receita Federal, com suas greves, que barram as importações de componentes ou os encalham nos portos. E a resistência tem como desculpa as péssimas condições das ruas e estradas brasileiras, além das motocicletas chinesas ainda estarem enfrentando um período de tropicalização.

Afinal, as condições brasileiras são muito diferentes, em vários aspectos geográficos e estruturais, das condições chinesas, um país que se situa no hemisfério norte, afirma o executivo.

Em todo caso, as queixas postadas pelos internautas que acessam o Motonline não são poucas: veja nos Fóruns ou pesquise pelo nome da marca Fym em nossa busca de assuntos.

Mas a marca tem lá seus simpatizantes, o que já foi atestado por outros veículos especializados, e está chegando. Não devemos esquecer que a experiência verificada nos últimos anos com a chegada das “novas marcas” aponta que, com a chinesa Fym, deverá ocorrer o que se deu com algumas de suas concorrentes — algumas das quais já deixaram para trás a cara de aventureiras importadas e pertencem à Abraciclo, associação dos fabricantes nacionais de duas rodas (www.abraciclo.com.br).

Quem não se lembra das motos populares que chegaram ao mercado nacional há alguns anos soltando peças nas mãos dos jornalistas, com motores que eram considerados verdadeiras bombas ambulantes e com fiações que ligavam o nada à coisa nenhuma – mas que agora estão muitíssimo melhores e mais acertadas?

Vamos aguardar.

SERVICO: saiba mais sobre a marca em: www.fym.com.br