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Surpreso. É assim que Gilson Scudeler, diretor do Moto 1000 GP, confessa estar quando analisa os três anos da trajetória do evento de motovelocidade, que nesta temporada foi homologado como Campeonato Brasileiro, e que chega ao nível dos grandes eventos internacionais, segundo relatos dos pilotos estrangeiros que participam da competição. O dirigente esteve nesta semana em Cascavel (PR), já adiantando detalhes da promoção da quarta etapa do Moto 1000 GP, que terá suas provas na cidade no dia 25 de agosto, no Autódromo Zilmar Beux.

Gilson Scudeler, criador e organizador do Moto 1000 GP

Gilson Scudeler, criador e organizador do Moto 1000 GP

A maturidade atingida, segundo Scudeler, foi rápida, o que o anima ainda mais na busca pela qualificação técnica e organizacional. “Eu fico realmente surpreso com a proporção que o Moto 1000 GP tomou em menos de três anos. Hoje atingimos a maturidade de uma forma muito rápida, e agora todos os pilotos que participam do campeonato têm condições de atingir bons resultados, porque o nível está forte”, relata. “Nós quebramos alguns paradigmas. Começamos com a ideia que as motos e pilotos deveriam ser separados por níveis, onde as classes de motocicletas não poderiam correr juntas. Isso foi uma coisa difícil no começo. Iniciamos com duas categorias. Separamos o piloto amador, com menos experiência, daqueles que já andavam mais rápidos, os profissionais”, lembrou.

Falando do começo do campeonato, em 2011, o diretor do Moto 1000 GP ressaltou o trabalho forte para formar pilotos e ter no Brasil uma competição que não deixasse a desejar perante competições internacionais. “A primeira temporada tinha uma qualidade técnica muito boa, mas a quantidade de motos era pequena. Já na temporada de 2012 conseguimos uma grande virada. Montamos uma estratégia de atuação, aumentamos o grid em todas as categorias. A GP Light se tornou um sucesso e a GP 1000 começou a tomar corpo, com a vinda de pilotos estrangeiros”, lembrou. “Em 2013, começamos realmente a tomar o formato ideal. A nossa meta é quanto à qualidade como um todo, desde a força técnica até a organização. Hoje, estamos integrados com o que acontece em outras competições importantes da motovelocidade. Isso é globalização. Não podemos mais ter um nível fraco no Brasil”, alertou.

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Gilson Scudeler mostra-se feliz também pela procura de pilotos estrangeiros pela competição nacional, o que, segundo ele, contribui para a evolução do evento. “Pelo que o Moto 1000 GP tem crescido, acontece uma inversão. São os argentinos, espanhóis e italianos que estão vindo correr aqui. De alguma forma eles contribuem para o futuro da categoria. Penso que a GP 1000 vai ser uma categoria onde o piloto que estiver disputando título vai sair do Brasil para na Europa com condições de se sair bem, de conseguir bons resultados”, finalizou.