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Phillip Island faz parte da tradi‡Æo dos esportes motorizados australianos, uma vez que as primeiras corridas com autom¢veis na regiÆo datam dos anos vinte do s‚culo passado.

As primeiras provas com motos foram realizadas em 1931, e uma pista permanente foi constru¡da ali em 1956. O circuito ficou um tanto abandonado durante os anos 70 e 80, at‚ ser comprado em 1985 e, por meio de um investimento de 5 milhäes de d¢lares australianos (R$ 10,45 milhäes, atualmente), foi reformado em 1988.

Provas do MotoGP voltaram ao circuito em 1989 e 1990, at‚ que a pista se tornou parte do calend rio regular do Campeonato Mundial a partir de 1997. A localiza‡Æo do circuito ‚ privilegiada com belas vistas para o mar. A pista, al‚m disso, ‚ considerada uma das mais r pidas e fluidas dentre as que fazem parte do campeonato. Possui uma extensÆo de 4.448 metros, sendo que as sete curvas para a esquerda, as cinco para a direita e a grande reta com 900 metros se estendem por uma largura de 13 metros.

A velocidade m‚dia por volta em Phillip Island ‚ de 177.785 km/h, fazendo desta a segunda pista mais r pida do calend rio do Campeonato do Mundo depois de Assen. Esta alta velocidade pode parecer estranha de atingir num circuito que possui poucas retas, contudo, apesar da reta da chegada ser relativamente curta, com apenas 900 metros, a curva que a antecede ‚ extremamente r pida e feita a mais de 180 km/h.

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A afina‡Æo ideal permitir  a moto fazer essas curvas com muita estabilidade, utilizando ao m ximo a superf¡cie da pista. SÆo seis as curvas feitas a mais de 180 Km/h e trˆs delas sÆo feitas a mais de 200 Km/h. Com a existˆncia destas curvas de alta velocidade, e as constantes mudan‡as de dire‡Æo a alta velocidade, os t‚cnicos tendem a utilizar suspensÆo r¡gidas para que quando a moto est  sob pressÆo nas curvas a precisÆo nÆo seja afetada e o piloto consiga manter a melhor trajet¢ria nas curvas.

Contudo, as irregularidades do tra‡ado fazem com que as suspensäes nÆo possam ser tÆo duras como os pilotos gostariam. O ponto de maior pressÆo na suspensÆo traseira fica entre as curvas sete e oito, onde a moto roda a mais de 230Km/h. Esta velocidade cria for‡a de mais de 500kg nas suspensäes traseiras.

A parte dianteira da moto ‚ submetida ao maior esfor‡o nos dois ganchos, feitos a baixa velocidade. O piloto tem de frear forte nestes dois pontos, mas nÆo se trata de um circuito que exija suspensäes dianteiras duras. Devido …s irregularidades do tra‡ado nas curvas r pidas, sÆo montadas suspensäes menos r¡gidas na dianteira para que a aderˆncia nÆo seja afetada. Algumas destas irregularidades sÆo tÆo grandes que a moto chega a perder o contato com a superf¡cie da pista em ambas as rodas. O melhor local para o notar isso ‚ no final da reta onde a moto passa a uma velocidade de 305 km/h.

Em Phillip Island as marchas mais altas sÆo mais utilizadas do que ‚ habitual. A maior parte das curvas sÆo feitas em terceira, quarta ou at‚ mesmo quinta marcha. Ao contr rio de outras pistas da MotoGP, h  apenas duas curvas feitas em primeira e outras duas em segunda marcha.

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Outro dado especial em Phillip Island ‚ o pneu traseiro. Al‚m de ser uma pista muito abrasiva, a caracter¡stica do tra‡ado coloca muita pressÆo no pneu traseiro. O lado esquerdo do pneu ‚ crucial j  que a curva a esquerda que d  acesso … reta ‚ muito r pida e o piloto pode acelerar muito, e ao fazˆ-lo leva a lateral do pneu para temperaturas que afetam a sua durabilidade. Por vezes h  que sacrificar a dureza da suspensÆo traseira para prolongar a vida do pneu traseiro para que consiga agentar os 120 km de corrida.

Outro aspecto importante neste circuito ‚ o freio dianteiro. NÆo h  zonas de frenagem intensa, sÆo montados discos menores, para que atinjam a temperatura de funcionamento ideal mais facilmente. Em Phillip Island sÆo montados discos de 305mm de diƒmetro comparativamente com os normais de 320mm.