Publicidade
 O britânico tornou-se um mito dentro e fora das pistas

O britânico tornou-se um mito dentro e fora das pistas

O lendário The Bike Hailwood foi nove vezes campeão mundial, venceu 76 Grandes Prêmios e além disso ganhou 14 vezes o famoso Tourist Trophy da Ilha de Man. Essas vitórias na temerária ilha de Man mostram um espírito que não existe mais entre os atuais pilotos de Moto GP. Hoje em diasão simplesmente proibidos, por contrato, de correr lá, tamanho perigo.
Mas entre 1958 e 1974, em incríveis 17 temporadas, entre váriasmarcas, pilotou as lendárias MV Agusta oficiais. A supremacia das motos do conde Agusta tornava os seus pilotos em instantâneos favoritos ao título. Hailwood venceu as 500cc por quatro vezes, com elas.

Não que isto retire brilhantismo à performance, pois ele teve outro 5 títulos com outras motos. Ao longo de toda a sua carreira, enfrentou gigantes como Giacomo Agostini e Phil Read. ‘The Bike’, como era conhecido terá, sempre lugar no panteão dos Grandes.

Talento natural – Quem era afinal Stanley Michael Hailwood? Para quem o viu correr – de pilotos a engenheiros, de preparadores a jornalistas -, Hailwood foi um dos maiores talentos naturais que o motociclismo já conheceu. Um jovem irreverente vindo de uma família rica – o pai fez fortuna a vender motos na Grã-Bretanha – que deixou a escola aos 16 anos para ir trabalhar para a Triumph como simples aprendiz. Alguém que aprendeu a pilotar num terreno de 30 mil metros quadrados onde deixou uma trilha marcada, das voltas que dava aos domingos ao ir à missa. Um fenômeno que teve sempre as melhores motos que o dinheiro podia comprar… e que as levava ao limite, com o talento dos predestinados.

Publicidade
Quem era afinal Stanley Michael Hailwood?

Quem era afinal Stanley Michael Hailwood?

Hailwood venceu o primeiro Mundial em 1961 (aos 21 anos), com uma pequena fabricante japonesa chamada Honda. Foi aí que Soichiro Honda ganhou estima por aquele jovem britânico que lhe deu o título de 250cc com a bela Honda RC161 de quatro cilindros. Anos depois, o fundador da Honda perdoou a rebeldia de Hailwood quando este, furioso com o desempenho dos amortecedores da sua moto, atirou-os para dentro de um lago em Suzuka, onde a equipe fazia testes.

Teve também uma importante passagem pela Ducati, deixando na lendária marca  de Borgo Panigale Ducatis

Teve também uma importante passagem pela Ducati, deixando na lendária marca de Borgo Panigale Ducatis

Teve também uma importante passagem pela Ducati, deixando na lendária marca  de Borgo Panigale Ducatis com o seu nome, como a veloz MH900E (Mike Hailwood 900cc Evolution) e a Mike Hailwood, uma adaptação da SS, com a qual ganhou o Isle of Man na década de 1970.

Publicidade

Foi o primeiro piloto a vencer quatro títulos consecutivos de 500cc, na equipe do irrascível conde Domenico Agusta, com quem Hailwood se desentendeu por achar que a equipe favorecia Giacomo Agostini. Mas o verdadeiro testamento do talento de Hailwood se deu quando ele voltou de um retiro de 11 anos, para vencer o TT da Ilha de Man.

A essa altura, Hailwood tinha-se retirado para a Nova Zelândia, como tantos outros ingleses, para fugir aos impostos. Em 1978, com 38 anos, Hailwood regressou ao perigoso circuito de Man para vencer com uma Ducati 900SS. No ano seguinte, com uma Suzuki RG500 a dois tempos, ele provou que podia adaptar-se à nova realidade vencendo em Man pela última vez. Imaginem como foi voltar a pilotar uma moto de GP após uma evolução de 12 anos nos motores, quadros, pneus, equipamento, níveis de aderência, distâncias de freagem e mais o quê!

Ele correu também na Fórmula-1. Sua vida é umas das histórias mais fascinantes do esporte motorizado.Conquistou dois pódios na Fórmula-1 sendo um segundo lugar no GP da Itália de 1972 pela equipe Surtees, de John Surtees, outro que foi campeão nas motos,  e um terceiro lugar no GP da África do Sul de 1974 pela Mclaren. Em 1973 no GP da Africa do Sul, ele salvou de uma morte terrivel o colega Clay Regazzoni, que quase morreu queimado num tenebroso acidente. Ele parou e  queimou os pés e as mãos socorrendo o italiano. E por isso foi condecorado com a medalha George Medal, a mais alta condecoração por bravura.

Conquistou dois pódios na Fórmula-1 sendo um segundo lugar no GP da Itália de 1972 pela equipe Surtees, de John Surtees, outro que foi campeão nas motos,  e um terceiro lugar no GP da África do Sul de 1974 pela Mclaren.

Conquistou dois pódios na Fórmula-1 sendo um segundo lugar no GP da Itália de 1972 pela equipe Surtees, de John Surtees, outro que foi campeão nas motos, e um terceiro lugar no GP da África do Sul de 1974 pela Mclaren.

Publicidade

Hailwood morreu dois anos depois da sua última vitória na ilha de Man, num trágico acidente de automóvel. No dia 21 de Março de 1981, viajava com os seus dois filhos, Michelle e David, quando colidiu com um caminhão que fazia uma conversão proibida.  A sua filha teve morte imediata, e Hailwood morreu dois dias depois, doze antes de fazer 41 anos.