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Série limitada, essa moto é toda negra. Com rodas raiadas e guidão alto, chegando quase ao estilo “Ape hanger”. O preto do tanque não brilha para contrastar com os cromados. Esses sim, de brilho intenso, destacam-se e refletem a luz à noite ou de dia e fazem a moto aparecer.

H-D XL 1200 CB exclusividade em estilo retrô

H-D XL 1200 CB exclusividade em estilo retrô

Velocímetro com visor multifunção tem inclusive indicador de marchas

Velocímetro com visor multifunção tem inclusive indicador de marchas

Contrastando com a imagem retrô dessa motocicleta, a eletrônica faz dela uma moto moderna e segura. Um bom sistema imobilizador com sensor de proximidade bloqueia a moto quando o motociclista se distancia dela. Desligue o motor e simplesmente se afaste. A moto dá dois bips avisando que está bloqueada, inclusive com alarme acionado por sensor de movimento. Adicionalmente você pode travar a direção com a chave, muito conveniente.

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No painel, um pequeno visor de cristal líquido apresenta as informações do odômetro total, dois parciais, hora e indicador de marcha/rpm. Você muda as funções apresentadas no visor com um botão no punho esquerdo.

H-D "Ape Hanger" um estilo dos anos 70

H-D “Ape Hanger” em um estilo quase bobber dos anos 70

As rodas grandes aumentam a imagem de força e de fato proporcionam um rodar diferenciado. Oferecem um peso adicional para manobras rápidas e são pretas e assim como o motor contrastam com o cromo, completando a imagem “dark”. A posição do piloto é quase a de uma chopper, estilo “seca sovaco”. O guidão alto facilita passar entre carros e aumenta a imagem selvagem da moto, mas não adiciona em conforto. Os “punhos ao vento” e “pés pra frente” complementam aquela imagem dos anos 70. O banco tem bom encaixe e é baixo. Mesmo assim, o conforto não é o seu forte.

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Um eventual garupa então, deve se impor e pedir a adição de um encosto no banco, sob pena de ficar pelo caminho. Coisas da rebeldia e liberdade que ela sugere. Mas a impressão que a moto passa é que ela foi feita para motociclistas solitários, onde esta garupa é mera ilusão. Na verdade, o ideal mesmo é tirar aquela pequena almofada dali.

Frente esguia destaca o cromo sobre o preto

Frente esguia também destaca o cromo sobre o preto

A suspensão traseira, tem pouco curso e precisa estar bem ajustada para o peso que ela leva. Se estiver mal regulada na pré-carga das molas dos amortecedores, ela vai bater no final. Na frente, o garfo não tem o guarda pó de borracha da iron 883 e é o mesmo de toda série da 1200 Custom. Bastante cromo com boa estrutura e resistência e boa capacidade de amortecimento.

Motor típico H-D, de som inconfundível é o Evolution®. Um OHV de 1202 cm3 e 9,79 Kgf.m de torque arrefecido a ar. Os escapes originais provavelmente serão substituídos por outros que valorizem mais o som do V2. Mas esses fazem um bom trabalho e fizemos a média de 18 Km/litro no nosso percurso de teste. Câmbio barulhento e de difícil acesso ao neutro, mas de trocas fáceis e bem definidas. Conveniente no painel a indicação da marcha em uso com a indicação da rotação do motor. Uma solução que de certa forma substitui o conta giros, sem sujar o “clean design” dessa Harley.

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Transmissão por correia é limpa e dá menos manutenção - Os amortecedores devem estar sempre com as molas bem reguladas para funcionarem bem

Transmissão por correia é limpa e dá menos manutenção – Os amortecedores devem estar sempre com as molas bem reguladas para funcionarem bem

A transmissão final por correia é silenciosa e limpa e o mais importante é que ela requer pouca manutenção. O sistema HTD (High Torque Drive) utiliza uma correia dentada de material sintético que suporta o alto torque do motor 1200. Assim, perto de 3000 rpm você está em uma boa velocidade, na quinta marcha e pode rodar muitas horas, com o motor nessa faixa tranquila de rotação. Na cidade, a primeira marcha se apresenta bastante longa, vai a 70 km/h e isso demanda um uso mais intenso da embreagem, macia e com boa progressividade. Na sequência, de aceleração, as trocas são rápidas e embora o motor não vire em altas rotações a velocidade cresce rápido. Então, nas arrancadas, a velocidade de cruzeiro chega rápido e você se sente bastante confortável até as velocidades regulamentadas. Mais que isso você vai querer adicionar um pequeno pára-brisa.

Os freios com ABS escondem o sistema de rotor para os sensores; conferem boa potência e controle nas frenagens

Os freios com ABS escondem o sistema de rotor para os sensores; conferem boa potência e controle nas frenagens

Os freios com disco de 292mm na dianteira e 260mm na traseira, contam com pinças de pistões duplos e com o ABS produzem muita força de frenagem com pouca pressão nos controles. Assim que o sistema percebe uma roda travar, o ABS solta em uma fração de segundo para manter o controle. Quer dizer que as respostas são rápidas e há pouca intervenção no acionamento dos freios. Diferente dos sistemas tradicionais, esses freios não possuem a rodinha perfurada que dá o sinal aos sensores. Novamente o visual “clean” e retrô da H-D XL 1200 CB se mantém, mesmo com a inclusão da tecnologia.

A Harley-Davidson XL 1200 CB não nega as suas origens e você pode encontrá-la em qualquer cor, desde que seja preta. A posição de conduzir é radical e você pode perder a namorada se insistir em levá-la na garupa. Isso lembra um concurso de camisetas criativas que aconteceu num desses encontros de moto. A camiseta que ganhou estava com a seguinte frase estampada nas costas: “Se você consegue ler esta frase é porque a garota que estava aí caiu”. Esse piloto provavelmente tinha uma Harley igual a esta XL 1200 CB.

Mas nas curvas, não seja radical, os limites se tornam claros com o raspar das pedaleiras e para a direita, se não pegar o escapamento, você estará bem. De qualquer maneira, faça as curvas e deixe os outros aplaudirem as faíscas. Rebelde, visual que deixou saudades. Mas que diabos, é uma Harley – “The Mean Machine”.

Se você tem uma Harley-Davidson XL1200 CB, opine sobre ela!
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