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Foto: Ner a Car de 1924 seria a primeira com cubo esterçante - Wikipedia

Foto: Ner a Car de 1924 seria a primeira com cubo esterçante - Wikipedia

Bimota Tesi 3D e vi várias reportagens sobre esta moto, mas nenhuma explicou como ocorre o esterçamento da roda dianteira. Aparentemente um pino mestre trabalha dentro da roda. Mestre Bitenca dê-nos a luz sobre esta suspensão revolucionária. Klinger, 44, Maringá, PR.

R: É isso mesmo Klinger,
Dentro do cubo da roda, que é afixado na balança dianteira há um pino no ângulo coerente com o que seria a coluna de direção de uma moto normal. Esse pino está no centro da roda e permite o esterço que se realiza por meio de braços e conexões tipo “ball joints” (juntas esféricas) conectados ao guidão.
Assim os rolamentos devem ser de diâmetro bem maior que o normal para virar sobre esse cubo que fica imóvel dentro da roda.
As maiores vantagens desse sistema são: Baixo atrito (stiction) no deslocamento da suspensão, menor efeito “mergulho”ao freiar, maior rigidez da suspensão dianteira, sem necessidade de grande quantidade de material de reforço como nas telescópicas que provocam grande alavanca sobre o cubo da direção.
A maior desvantagem é uma tendência a imprecisão da direção por causa da grande quantidade de alavancas e conexões que podem adicionar folga.
O Hub Center Steering, como é chamado o sistema, foi introduzido primeiramente em 1924 numa moto esquisita chamada NerAcar, onde o piloto colocava os pés para frente numa plataforma, mais ou menos como nas scooters.
Nos anos 70, Jack Difazio na inglaterra, ajudados pela família de Mike Tomkinson, (os filhos Cris e Patrick) utilizaram pela primeira vez o HCS numa moto de competição. Seus esforços foram reconhecidos pela ELF, que passou a utilizar em suas motos de equipe nos anos 80. Até que em 91 a Bimota lança a D1 desenhada por Massimo Tamburini e em 93 também a Yamaha lança seu modelo, a GTS1000.
Essa revolução, como você pode ver, não houve. Hoje, além da Bimota Tesi 3D existe apenas dois outros modelos fabricados pela Vyrus, uma companhia fundada por ex funcionários da Bimota.


Bitenca. Meu amigo mais do que nunca preciso da sua ajuda, eu fiz o motor completo da minha cg125 1986 cilindro pistão e comando de valvula completo troquei tudo tudo original balancim comando varetas braços oscilantes tudo, mas o detalhe é o seguinte, fui na autorizada para regular valvula ela saiu de la assoviando nao bate nada de valvulas, perfeita mas eu abri a tampa do cabeçote para conferir e eles nao deixam a folga que pede no manual 0,08mm e sim bem menos dae é claro que o moto nem faz barulho, e agora o que eu devo fazer? se eu deixar com 0,08mm ela bate valvulas, e se eu levar na autorizada da impreção que so encostão o balancim e nao deixam folga, isso nao traria algum problema??? o que devo fazer? ja que isso nao afetou o desempenho da motoca. obrigado meu amigo!

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Foto: Regulando válvulas - Bitenca

Foto: Regulando válvulas - Bitenca

R: Certo Vinícius, porém há um pequeno detalhe. Se você não trocou as válvulas pode haver uma pequena depressão na cabeça das hastes causadas por desgaste anterior. O detalhe é que se isso ocorre a medição fica prejudicada porque a lâmina mede a folga entre as peças mas não acompanha a depressão da cebeça da haste da válvula.
O mecânico experiente “sente”essa folga e deixa o conjunto aparentemente apertado demais. Porém a folga está lá, entre o parafuso da regulagem e a cabeça da haste da válvula e a lâmina não passa por essa depressão, dando a impressão de que está apertada demais.
Então não se preocupe. Apenas se o desempenho diminuir é possível que tenham apertado demais e nesse caso pode queimar as beiradas das válvulas. Se ficar atento a isso não deve haver problemas.

Obrigado meu amigo, mas eu troquei as valvulas tambem, a unica coisa que eu nao troquei foi o balancim. que detalhe a mais eu poderia observar para saber se as valvulas estão enforcadas a lenta tambem poderia influenciar? se titiver enforcada daria muita diferença no desempenho? obrigado amigo! espero nao estar abusando. abraço!

R: Sim Vinícius, aliás é na lenta que faz a maior diferença porque a compressão fica comprometida pelo vazamento da válvula, mas nas altas rotações a compressão não faz tanta diferença.. Se suas válvulas não contém a depressão que me referi na mensagem anterior, é melhor fazer a regulagem como manda o manual, medindo pela lâmina normalmente. Mesmo se ficar fazendo um pouco de barulho, principalmente quando fria, com a folga especificada considere normal. Abraços

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Boa tarde! Gostaria de saber porque alguns pilotos de MotoGP, em determinadas freadas (normalmente quando chegam muito forte na curva), chegam a retirar o pé da pedaleira e abrir a perna, ainda na freada, pouco antes de entrar na curva. Conheço algumas técnicas como contra-esterço, efeito pêndulo, mas essa não faço idéia de qual seja essa técnica. Tambem percebi que não são todos os pilotos que utilizam, o Valentino Rossi usa com frequencia. Do que se trata? Qual é o nome da técnica e no que ajuda? Parabéns pelo site e excelente trabalho de vocês. Rodrigo, 37, São Paulo, SP.

R: Olá Rodrigo.
Com o advento das cameras “on board” e videos em alta definição, o posicionamento e movimentação dos pilotos nas suas motos passaram a ser muito observados. Todos querem aprender o que o Valentino faz para ser tão rápido. Sob a forte pressão do vento a 300Km/h qualquer movimentação do piloto tem que ser feita com muito esforço e há várias conseqüências positivas e negativas nessas ações. Cada um tem o seu próprio estilo e seus movimentos nem sempre tem algum objetivo consciente.
É fato que a maioria prepara a curva fazendo um freio aerodinâmico com o peito subindo acima da carenagem e movimentando a perna, se abrindo pelo lado de dentro da curva para ajudar a fazer a moto inclinar. O pé fora da pedaleira fica mais exposto ao vento e pode servir como um fator a mais nessa ação. Porém a razão real acho que só ele sabe e não vai contar a ninguém. Vai daixar falar, pode ser só charme, quem sabe. Abraços.