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Acelerar a nova CBR 1000RR Fireblade na pista é provar uma experiência com o máximo de esportividade e controle. A nova superbike da Honda chega renovada na edição que celebra os 25 anos do modelo e se destaca pela potência ampliada (para 191,7 cv), peso reduzido (para apenas 178 kg) e, sobretudo, eletrônica, muita novidade fruto da tecnologia desenvolvida nas pistas.

A Honda proporcionou um test-ride com as duas versões da nova Fireblade na pista do autódromo Vello Cittá, em Mogi Guaçu (SP) e a rápida experiência com a moto mostra claramente que a marca deseja ocupar novamente espaço no segmento top das superbikes, onde brigam BMW S 1000RR, Kawasaki ZX10-R, Suzuki GSX-R 1000 e a Ducati 959 Panigale. Vale lembrar que a Yamaha R1 não está mais na linha de produtos vendidos oficialmente pela Yamaha, apesar de ser forte concorrente nesse segmento.

Parece uma superbike? E é. A nova CBR 1000RR Fireblade é uma daquelas motos que nos faz pensar que acelerar numa pista sem amplo aporte tecnológico é, de fato, algo do passado

Parece uma superbike? E é. A nova CBR 1000RR Fireblade é uma daquelas motos que nos faz pensar que acelerar numa pista sem amplo aporte tecnológico é, de fato, algo do passado

É verdade que o segmento não tem números muito significativos e representa menos de 1% das vendas de motocicletas no mercado brasileiro. “Mas essas motos são vitrine e precisam estar presentes para mostrar do que a marca é capaz”, ilustra o diretor da Honda, Alexandre Cury. Por isso a Honda decidiu entrar na briga e aproveitar a boa imagem de suas motos nas pistas, tanto lá fora quanto aqui no Brasil, onde Eric Granado usa uma CBR 1000RR Fireblade no Superbike Brasil e ganha tudo o que disputa por aqui.

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Realmente a moto exige quase um curso especial para aprender a lidar com toda a tecnologia eletrônica que ela tem. Não perca o fôlego: unidade de medição de inércia, acelerador eletrônico (TBW), 5 modos de pilotagem, 9 níveis de controle de tração, 3 níveis de freio motor e configuração da suspensão dianteira em seis níveis. Tudo isso disponível em tempo integral e completamente ajustável. Há quem ache que essa parafernália toda nivela os pilotos (por baixo) porque inibe os erros. “Desaparece o talento”, podem alegar.

Entrar e sair de curvas: segurança total

Entrar e sair de curvas: segurança total

Sim, é verdade, tudo isso está lá também para corrigir as eventuais falhas do piloto, mas quando se aprende a usar, os pilotos comuns conseguem obter melhor desempenho da moto, independente do traçado ou situação. “O piloto talentoso vai conseguir tirar melhor proveito disso tudo e há sempre a possibilidade de desligar tudo e ficar com a moto pura, sem qualquer ajuda eletrônica”, explicam os executivos da Honda. “A escolha é do piloto”, justificam.

E antes de qualquer crítica “purista”, é bom fazer um test-ride com a nova CBR 1000RR Fireblade na pista para perceber que a tecnologia nos traz uma simples pergunta: Como conseguíamos pilotar as motos esportivas do passado sem nada disso? E aí passamos a dar valor e entender que com a ajuda eletrônica podemos melhorar muito nosso nível de pilotagem, porque nossos eventuais erros são corrigidos pela moto e conseguimos encontrar nosso limite mais facilmente, o que antes era conseguido com uma queda.

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A superbike da Honda impressiona pelas suas linhas agressivas

A superbike da Honda impressiona pelas suas linhas agressivas

Test ride CBR 1000RR Fireblade

A CBR 1000RR Fireblade foi apresentada pela Honda no Salão Duas Rodas 2017 e é óbvio dizer que foi uma das maiores sensações do grande espaço ocupado pela marca no São Paulo Expo. O projeto tem 90% de componentes totalmente novos em relação ao modelo anterior, com destaque aos novos conjuntos ciclísticos e mecânicos derivados da RC213V-S – versão de rua do modelo RC213, a moto de Marc Márquez e Dani Pedrosa na equipe Repsol Honda Team da MotoGP.

Modelo está disponíveis em duas versões: Fireblade (atrás) e Fireblade SP, com alguns 'mimos' como a formidável (e ajustável) suspensão Öhlins

Modelo está disponíveis em duas versões: Fireblade (atrás) e Fireblade SP, com alguns ‘mimos’ como a formidável (e ajustável) suspensão Öhlins

A nova Fireblade está com uma relação peso/potência 14% melhor, 15 kg mais leve, 11 cv mais potente e com a embreagem requerendo 17% menos força de acionamento em sua operação. Na prática, isto significa que são 191,7 cv (13.000 rpm), 11,82 kgf.m de torque (a 11.000 rpm), 13,0:1 de taxa de compressão (antes era 12,3:1), 171 kg a seco e itens em magnésio ou titânio, como tanque de combustível (16 litros) e escape, que contribuíram para a redução de peso.

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A CBR 1000RR já está disponível nas lojas Honda Dream em duas versões e preços distintos. A STD tem preço sugerido de R$ 69.900,00 e está à venda na cor vermelha, enquanto a CBR 1000RR Fireblade SP (comercializada pela primeira vez no Brasil) custa R$ 79.900,00 e está disponível nas cores de competição HRC (branco, azul e vermelho).

Muita potência, pouco peso e controle total. Acelerador eletrônico (TBW), modos de pilotagem, níveis de controle de tração e até três níveis de freio motor, está tudo lá para extrair o máximo dos 191,7 cv

Muita potência, pouco peso e controle total. Acelerador eletrônico (TBW), modos de pilotagem, níveis de controle de tração e até três níveis de freio motor, está tudo lá para extrair o máximo dos 191,7 cv

Quem estiver disposto a investir os R$ 10 mil a mais levará para casa (ou para pista) uma experiência mais profunda em pilotagem esportiva, graças as exclusividades da versão SP: suspensão ajustável Öhlins com seis níveis de ajuste, sendo três manuais e outros três automáticos, selecionados eletronicamente através do painel de instrumentos; pinças de freio assinadas pela Brembo;  câmbio com quickshifter de 6 marchas e o uso de uma bateria de Li-On, que propicia baixa taxa de descarga e vida útil maior.

Painel totalmente digital com setups personalizáveis. Na versão SP, é possível configurar os seis níveis pelo próprio painel, que também gerencia os cinco modos de pilotagem ou 9 níveis de controle de tração

Painel totalmente digital com setups personalizáveis. Na versão SP, é possível configurar os seis níveis pelo próprio painel, que também gerencia os cinco modos de pilotagem ou 9 níveis de controle de tração

Saiba mais sobre a tecnologia, recursos e características da nova Honda CBR 1000RR Fireblade clicando aqui.

Nova Fireblade: impressões ao pilotar

O test-ride proporcionado pela Honda permitiu algumas voltas com as duas versões da nova Fireblade ajustadas em níveis opostos de intervenção eletrônica. Num primeiro momento, com o nível mais alto, ou seja, para pilotos menos experientes, onde a entrega de potência é mais lenta, o controle de tração, o acelerador eletrônico e o freio motor estão no nível máximo. Bastou uma volta para perceber que apesar de ser uma superbike, ela se comporta como uma moto clássica, não permitindo ao piloto qualquer ousadia e intervindo sempre que essa tentativa aconteça.

Depois de pilotar a nova CBR 1000RR Fireblade SP, a pergunta que vem é "como conseguíamos pilotar as esportivas no passado?"

Depois de pilotar a nova CBR 1000RR Fireblade SP, a pergunta que vem é “como conseguíamos pilotar as esportivas no passado sem nada disso?”

Contudo, na segunda volta com a mesma moto em situação inversa, com o nível de intervenção quase no mínimo, a situação muda completamente e a ousadia é permitida quase sem limites, exigindo muito mais atenção e habilidade, já que o motor cresce muito mais rápido (e a velocidade também), admitindo até deixar escorregar a roda traseira nas frenagens mais fortes, claro, dependendo da habilidade do piloto. Mesmo motociclistas que não são fãs das esportivas se sentirão confortáveis e confiantes na nova Honda CBR Fireblade porque a moto é realmente envolvente e permite ótimo encaixe no cockpit.

Um capítulo à parte é a versão SP da Fireblade, que além de muito bonita, oferece comportamento superior com seus freios Brembo, a suspensão dianteira Öhlins (semi-ativa, que se ajusta automaticamente ao nível de exigência) e a presença do quickshifter, três itens que fazem enorme diferença no desempenho da moto. Esse conjunto admite frenagens mais “dentro” das curvas, maior segurança para contorná-las e aceleração mais rápida nas saídas, além de serem mais sensíveis e precisos, permitindo ao piloto evoluir mais rápido na busca de aprimoramento de sua técnica e estilo de pilotagem.

CBR 1000RR Fireblade de 2015: quase nada de eletrônica; moto para os mais puristas

CBR 1000RR Fireblade de 2015: quase nada de eletrônica; moto para os mais puristas

Segundo Eric Granado, que estava presente no autódromo no dia do test-ride, só o quickshifter permite ganho de quase 1 segundo no tempo de uma volta rápida. E nessa moto o piloto pode ainda programar para marcar seus tempos volta a volta para perceber sua evolução, tudo no belo e completo painel tipo “tablet” que equipa a moto e permite várias configuração de exibição das informações. Se quiser saber mais sobre a tecnologia, recursos e características da nova CBR 1000RR Fireblade, clique aqui.

FICHA TÉCNICA HONDA CBR 1000RR FIREBLADE

FIREBLADE

FIREBLADE SP

MOTOR

Tipo DOHC, quatro cilindros, quatro tempos, arrefecimento líquido
Cilindrada 999,8 cc
Diâmetro x curso 76,0 x 55,1 mm
Potência máxima 191,7 cv a 13.000 rpm
Torque máximo 11,82 kgf.m a 11.000 rpm
Alimentação Injeção Eletrônica, PGM-FI
Taxa de compressão 13.0: 1
Lucrificação Forçada, por bomba trocoidal
Transmissão Seis velocidades Seis velocidades c/ quickshifter
Embreagem Multidisco em banho de óleo
Sistema de partida Elétrica
Combustível Gasolina

SISTEMA ELÉTRICO

Ignição Eletrônica
Bateria 12 V – 6 Ah
Farol LED

CHASSI

Tipo Diamond Frame
Suspensão dianteira Garfo telescópico Showa Garfo Telescópico Öhlins
Curso: Amort./Roda 120 / 110 mm
Suspensão traseira Pro-Link
Curso: Amort./Roda 62 / 137 mm 60 / 133 mm
Freio dianteiro / diâmetro Duplo disco / 320 mm Duplo disco / 320 mm (Brembo)
Freio traseiro / diâmetro Disco simples / 220 mm
Pneu dianteiro 120/70 ZR17M/C (58W)
Pneu traseiro 190/50 ZR17M/C (73W)
DIMENSÕES
Comp x Larg x Alt 2.065 mm x 715 mm x 1.123 mm 2.065 mm x 715 mm x 1.125 mm
Distância entre eixos 1.404 mm
Distância mínima do solo 127 mm 129 mm
Altura do assento 832 mm 834 mm
Capacidade do tanque 16,1 litros (3,7 litros p/reserva)
Peso seco 178 kg 177 kg

 

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.