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Etiqueta veicular: será que isso será estendido às motos?

Etiqueta veicular: será que isso será estendido às motos?

Chega a sua 4ª edição o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, cujo objetivo é permitir que o consumidor compare a eficiência energética de veículos de uma mesma categoria, auxiliando-o a tomar uma decisão de compra consciente. Concluída em dezembro pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), em parceria com o Conpet (Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo e do Gás Natural / Petrobras), a tabela 2012 contempla a participação de oito montadoras – Fiat, Ford, Honda, Kia, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen – e 157 versões de 105 modelos, que correspondem a 55% do volume de vendas no mercado nacional, de acordo com dados da Fenabrave. Até 2011, eram 67 modelos.

As categorias avaliadas são subcompactos, compactos, médios, grandes, carga derivado, comercial e fora-de-estrada, “SUV – sport utility vehicle” ou utilitário desportivo e minivans, estas duas últimas estreiam nesta edição. A Etiqueta Veicular classifica os veículos de acordo com a eficiência energética por categoria, ou seja, quanto eles despendem de energia para se locomover. A classificação vai de ‘A’ (mais eficiente) até ‘E’ (menos eficiente). São considerados mais eficientes os automóveis que, nas mesmas condições, gastam menos energia em relação a seus pares e, portanto, consomem menos combustível. Para comparar veículos que usam combustíveis diferentes, os valores de consumo verificados em álcool e gasolina são convertidos em joule, unidade que mede a energia produzida.

Outra informação apresentada pela Etiqueta Veicular são os valores de referência da quilometragem por litro, na cidade e na estrada, com diferentes combustíveis. De acordo com a observação impressa nas etiquetas da primeira fase, esses valores são obtidos a partir de medições de consumo efetuadas em laboratório, conforme norma NBR 7024, que determina que os testes sejam feitos com o uso de combustíveis padrão brasileiro e adoção de ciclos de condução pré-estabelecidos.

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Para aproximar os valores de referência verificados em laboratório daqueles percebidos pelos motoristas em seu uso real, mantendo a comparação relativa entre os veículos, o Inmetro adotou um fator de ajuste, a exemplo da evolução deste tema nos EUA, por meio da Agência de Proteção Ambiental norte-americana. Testes indicam que 80% dos motoristas obtêm resultados semelhantes, em condições reais de utilização dos veículos.

Os valores medidos nos ensaios de laboratório em condições padronizadas pela NBR 7024 continuarão a ser utilizados para comparação e classificação da eficiência energética dos veículos em cada categoria, rigorosamente de acordo com os padrões internacionais de condução do veículo para medição de consumo.

Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular – O PBE Veicular foi lançado em novembro de 2008, no Salão do Automóvel, em São Paulo, incluindo o Brasil na lista dos países que desenvolvem programas de eficiência energética e de uso racional de combustível em veículos, como EUA, Japão, Austrália, China, Canadá e membros da União Europeia.

A adesão dos fabricantes e importadores de automóveis é renovável a cada ano, e, para participar, o fornecedor deve informar os valores de consumo energético de, no mínimo, 50% de todos os seus modelos previstos para comercialização cuja previsão de venda anual seja maior do que 2000 (duas mil) unidades, quando produzidos no âmbito do Mercosul ou país que mantenha acordo automotivo com o Brasil, ou 100 (cem) unidades quando importados.

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A novidade a partir desta edição é o uso compulsório da etiqueta afixada em um dos vidros do automóvel para quem já entrou no programa.  Os dados também ficam disponíveis na tabela publicada no site do Inmetro (www.inmetro.gov.br) e do Conpet (www.conpet.gov.br). A etiqueta de 2013 trará a informação adicional sobre o CO2 – as informações sobre as emissões de CO2 ficarão para a 5ª edição do programa que deverá ser lançada, como de costume, em novembro logo após o Salão do Automóvel.

Para as motocicletas, há apenas o Promot 3, que regula os níveis máximos de poluição permitidos às motos, mas que não dá tandos detalhes sobre os veículos como o PBE veicular faz. Se os carros, televisores e até geladeiras já tem, é bem provável que algo semelhante logo chegue para as motocicletas.