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Foto: José Hélio, piloto patrocinado pela Honda, representa o Brasil no Rally Dakar

Foto: José Hélio, piloto patrocinado pela Honda, representa o Brasil no Rally Dakar

Tetracampeão do Rally Internacional dos Sertões encara novo desafio nas trilhas da Argentina e do Chile

O “rei do sertão” vai a Argentina e ao Chile no início de 2009 com o objetivo de conquistar novos territórios. José Hélio representa o Brasil no tradicional Rally Dakar, que pela primeira vez desbrava as trilhas da América do Sul entre os dias 3 e 17 de janeiro. A batalha inclui 9500 quilômetros de extensão, sendo 5650 km de especiais, sendo que a principal arma do piloto será a mesma que rendeu o tetracampeonato do Rally Internacional dos Sertões em 2008: a Honda CRF 450X.

O Rally Dakar, cuja primeira edição foi em 1977, contará em 2009 com a participação de 530 competidores, sendo 230 motos, 30 quadriciclos, 188 carros e 82 caminhões de 49 países. O paulista José Hélio está inscrito na categoria 450cc Extreme e, antes de embarcar para a capital Buenos Aires, que será palco da largada e da chegada, bateu um papo sobre a estréia neste tradicional evento.

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Qual é o seu objetivo no Rally Dakar 2009?
José Hélio – É o mesmo de todas as provas. Em primeiro lugar, chegar no final. E no desenrolar da corrida sempre espero pelo menos vencer a minha categoria.

Como você conseguiu viabilizar a sua ida para o Dakar?
José Hélio – Participar desta prova era um sonho antigo, que eu iria realizar este ano por meio da Honda Europa, mas infelizmente o evento foi cancelado. Depois da conquista do tetracampeonato do Sertões, a Honda do Brasil colocou os dois pés no rali e, junto com a ASW, viabilizou a minha ida.

Você entra na disputa com o mesmo modelo do tetra do Sertões, uma CRF 450X. Como você enxerga esta moto nas trilhas do Dakar?
José Hél io – Terei um equipamento semelhante – já que fizemos algumas alterações, como proporcionar mais autonomia e a instalação de uma suspensão ainda melhor -, mas totalmente novo. Certamente a grande vantagem da Honda é a resistência, por isso estou bem seguro de como a motocicleta irá se comportar. Com menos possibilidades de quebra, aumentam as chances de título. Além disso, considero o conjunto das 450cc melhor em vários aspectos, como motor, suspensão, chassi e ciclística.

Sobre o roteiro, quais serão as principais dificuldades?
José Hélio – O Dakar é uma prova que leva a máquina e o ser humano ao extremo. Certamente as longas quilometragens, que nos farão passar muitas horas em cima da moto, e as dunas do Atacama serão grandes desafios. Teremos muitas novidades, com certeza este será um dos ralis mais difíceis da história. Mesmo sendo deserto, o local é atípico por conta das gr andes variações de altitude. Iremos da altitude de mil metros acima do nível do mar até 4.500 metros em um mesmo dia, por exemplo. O equipamento sofre muito por conta disso.

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Você participaria do Dakar 2008, que foi cancelado. Preferia competir na África ou está motivado por esta edição ser na América do Sul?
José Hélio – Gostaria muito de competir na África, pois tradicionalmente o Dakar tem esta característica, mas será uma vantagem correr na Argentina e no Chile. Eu falo bem a língua, já conheço um pouco da região, por ter corrido no Por Las Pampas, e certamente a prova terá uma estrutura melhor, já que não será realizada em locais tão inóspitos. Eu formei e minha equipe e estarei cercado de amigos, todo este clima será muito favorável.

Quem são os fortes candidatos ao título na geral?
José Hélio – O Marc Coma (da Espanha), o Cyril Despres e o David Casteu (ambos franceses).

Então são os mesmos pilotos que você venceu na última edição do Sertões que devem incomodá-lo?
José Hélio – Na verdade eu que os incomodo (risos). O fato do Dakar ser em um lugar que é muito pouco conhecido deixou todos os participantes “com a pulga atrás da orelha”.

Quais são seus outros planos para a temporada 2009?
José Hélio – Vou disputar o Rally dos Sertões e pretendo participar de algumas provas do Campeonato Mundial.

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