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Não tem segredo. Quem quiser conquistar um pedaço expressivo do crescente mercado brasileiro de motocicletas, deve participar dos segmentos de entrada que representam quase 90% das vendas de motocicletas no Brasil – todas até 150cc de cilindrada.

Com a Comet 150, a Kasinski quer garantir seu espaço entre os maiores fabricantes de motocicletas do Brasil

A chegada da Comet 150 demonstra que a Kasinski está com apetite e quer definitivamente entrar na briga para consolidar sua presença no “top 5” do mercado brasileiro. É claro que apenas apetite não basta. Bom produto, investimento, pós-venda, entre outros “detalhes” precisam fazer parte da receita.

Scialo ansioso para aumentar a produção

Scialo ansioso para aumentar a produção

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“A Kasinski deixa a mesmice de lado e inova mais uma vez no mercado brasileiro com a chegada da Comet 150”, anunciou Rogério Scialo, diretor comercial e de marketing da Kasinski. Scialo referiu-se à garantia de 3 anos para a nova Comet 150, o que é realmente novo não apenas no segmento de baixa cilindrada, mas no setor de motocicletas.

A empresa vem fazendo uma “faxina” em sua linha desde que foi adquirida pelo grupo chinês CR Zongshen no final de 2009. Antes já havia invadido por baixo o segmento das esportivas com as Comet 250 GT e GT-R e mais recentemente deu um passo mais ousado com a decisão de construir no Brasil uma fábrica de produtos elétricos.

Agora com a Comet 150, a Kasinski agrega benefícios exclusivos para conquistar seu espaço: 3 anos de garantia, assistência 24h e seguro grátis por um ano. O preço também é agressivo: R$ 5.790,00. O problema que deve limitar o poder de fogo da Kasinski na disputa é sua capacidade de produção. “Prevemos produzir 1.500 unidades/mês da Comet 150 a partir de março de 2011”, informou Scialo.

A Comet 150 na pista do Kartódromo: sem parâmetro com as ruas

A Comet 150 na pista do Kartódromo: sem parâmetro com as ruas

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Para se ter uma idéia, deixando a Sundown – sem produção há três meses -, a Yamaha e a Honda de lado, as duas concorrentes restantes – Suzuki e Dafra – já produzem e vendem hoje mais de 2 mil unidades por mês dentro do mesmo segmento. Por isso a Kasinski acelera o ritmo das obras de sua nova fábrica em Manaus (AM) para ampliar sua capacidade de produção. “Vamos inaugurá-la em 2012”, prevê.

Receita padrão

A Kasinski Comet 150 segue a receita padrão do segmento: simplicidade na construção e na mecânica, bom nível de conforto para o usuário e pouca sofisticação. Não fosse pelo farol dianteiro, onde leds dão um toque especial ao componente, ela pode ser facilmente confundida com qualquer outra da categoria. Equipada com rodas de liga leve aro 18”, partida elétrica e freio dianteiro a disco, seu motor é monocilíndrico OHC (Over Head Camshaft – Comando de Válvulas no Cabeçote) de 149 cc de cilindrada e que produz potência máxima de 12,9 cv a 8.000 rpm e torque de 1,24 Kgf.m a 6.000 rpm.

O painel é completo, com mostrador analógico do conta-giros e do nível de combustível no tanque, as tradicionais luzes-espia indicadoras de direção (pisca), luz alta do farol e neutro. O velocímetro digital está no mesmo bloco e é acompanhado pelos hodômetros total/parcial e do marcador de marcha. Um item que chama a atenção é o grande bagageiro integrado com a alça lateral para o garupa completamente emborrachado.

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Painel é completo e de fácil leitura; marcador de marcha e velocimetro digital

Painel é completo e de fácil leitura; marcador de marcha e velocimetro digital

A Kasinski fez questão de informar que o desenvolvimento da Comet 150 teve a participação de usuários comuns que utilizaram a motocicleta durante praticamente um ano e ofereceram subsídios à fábrica para aprimorar o produto. “As muitas sugestões que chegaram fizeram uma grande diferença entre o produto que iniciamos o desenvolvimento e este que chega ao mercado”, informou Scialo. Ele citou como exemplo o farol dianteiro. “Muitos pediram um farol melhor pois é um item importante para a segurança do usuário e isso está incorporado ao produto”, garantiu.

No test-drive realizado na pista do Kartódromo Schincariol em Itu (SP), foi possível perceber que o motor responde bem nas arrancadas, com as primeiras três marchas mais curtas com torque disponível acima de 4.000 rpm. O motor sobe rapidamente de giro, a troca de marchas é precisa e a velocidade cresce sem muito esforço. Esticando a quarta marcha já se está pouco além dos 80 km/h com o motor quase entrando na faixa vermelha, quando o conta-giros marca 9.000 rpm. Certamente sua velocidade final fica bem acima de 100 km/h.

Quatro posições de ajuste dos amortecedores

Quatro posições de ajuste dos amortecedores

Farol diferencia visualmente a Comet 150

Farol diferencia visualmente a Comet 150

 

Leve e muito ágil, a Comet 150 é equilibrada. As suspensões não puderam ser avaliadas com precisão pois não foram submetidas ao esforço normal, nas ruas cheias de buracos, ondulações e outras irregularidades. A dianteira tem garfo telescópico e a traseira tem dois amortecedores com regulagem de tensão da mola. Os freios seguem as concorrentes e usam disco na dianteira e tambor na traseira.

Com o preço competitivo e os benefícios inéditos agregados, a Kasinski Comet 150 tem os ingredientes para agradar: preço justo, equipamentos padrão e vantagens de lançamento. Resta saber se o duro teste do cotidiano das ruas esburacadas e do trânsito pesado não acalmará toda esta agressividade.

Ficha técnica

Dimensões e peso

Comprimento total 2.060 mm
Largura total 780 mm
Altura total 1.120 mm
Distância entre eixos 1.320 mm
Distância livre do solo 170 mm
Peso a seco 134 kg

Motor

Tipo 4 tempos, monocilíndrico
Refrigeração Arrefecimento a ar
Capacidade volumétrica 149 cm³
Diâmetro do cilindro 62 mm
Curso do cilindro 49,5 mm
Alimentação Carburador PZ 27
Potência máxima 12,9 cv / 8.000 rpm
Torque máximo 1,24 kgf.m a 6.000 rpm
Lubrificação Bomba de óleo

Transmissão

Câmbio 5 velocidades
Transmissão final Corrente
Partida / Tipo de ignição Elétrica e Pedal / CDI
Embreagem Multidiscos banhados em óleo
Acionamento da embreagem Manual
Bateria 12 V / 7 A

Estrutura / Chassi

Roda Liga leve
Freio dianteiro Hidráulico a disco
Freio traseiro A Tambor
Pneu dianteiro 2.75 / 18
Pneu traseiro 90/90 / 18
Suspensão dianteira Telescópica
Suspensão traseira Balança bi-choque ajustável (4 posições)

Capacidades

Capacidade do tanque de combustível 18,5 litros – gasolina
Troca periódica de óleo 1000
Óleo do motor, primeiro enchimento (ml) 1000
Óleo da suspensão dianteira (cm³) 155

Outras informações

Cores Preto, Vermelho e Prata
Preço sugerido ao consumidor R$ 5.790,00

 

Obs.: Para facilitar a discussão sobre esse assunto, criamos um tópico no fórum para os motonliners. Clique aqui para acessar o tópico.

Fotos: Ryo Harada e Sidney Levy

 

Outras matérias da marca:

  • A Comet não é Mirage …
  • Teste Kasinski 250 GTR
  • Kasinski Mirage Premier 250
  • Peças raras
  • Cometa terrestre

 

Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.