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Ela apareceu primeiro no Salão Duas Rodas do ano passado e somente agora começa a ganhar as ruas do Brasil. E a KTM 390 DUKE ABS chega com bom potencial para acirrar ainda mais a briga por consumidores no segmento das street e naked intermediárias do nosso mercado, onde estão as motos equipadas com motores entre 250 e 500 cc.

Este segmento é um dos que tem maior potencial para crescer porque todos que estão no degrau inferior, com motos menores, são naturalmente potenciais compradores dessas motos “médias”. Apesar de muitos consumidores  considerarem como médias apenas as motos entre 500 cc e 600 cc, a realdade do nosso mercado é que 85% da frota circulante (e de motos novas vendidas) é de motos com motores até 160 cc. Assim, podemos considerar que o segmento intermediário incorpora estas motos com motores a partir de 250 cc, inclusive a nova KTM 390 DUKE.

Esportividade é a palavra que define a nova KTM 390 DUKE

Esportividade é a palavra que define a nova KTM 390 DUKE

Uma olhada rápida na nova moto e dá até para pensar que são poucas mudanças. Mas uma análise mais detida mostra que houve aperfeiçoamentos importantes, inclusive com um chassi ligeiramente mais leve e que tem um novo sub-chassi destacável que suporta a parte traseira da moto. O conjunto de suspensões também recebeu modificações, assim como os novos guidão e tanque de combustível maior, com capacidade para 13,4 litros, e o acelerador eletrônico “Ride by Wire”, que acelera através de um sinal elétrico sem vínculo mecânico (cabo de aço), sistema muito mais preciso na ação e reação durante a pilotagem.

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Todas essas mudanças foram feitas para reforçar o caráter esportivo e desafiador da moto e que faz juz ao slogan da marca – READY TO RACE. Na apresentação da nova KTM 390 DUKE não foi possível experimentar toda esta esportividade prometida, mas dá para perceber que a moto segue tendo a capacidade de oferecer grandes desafios para pilotos que buscam superar seus próprios limites. Como grafou o comunicado oficial da empresa na apresentação da moto, “é uma naked com verdadeiros genes de racing e design diferenciado”.

Painel é praticamente um tablet, totalmente configurável e possui inclusive conexão com smartphone

Painel é praticamente um tablet, totalmente configurável e possui inclusive conexão com smartphone

Paulo Alegria, diretor da KTM no Brasil, falou do esforço da marca para ampliar sua presença no mercado brasileiro e destacou a importância da 390 DUKE para ajudar nesse desafio. “Todos sabem que somos fortíssimos no off-road, com inúmeras vitórias em rali e motocross, mas a KTM busca obter a mesma fama nas ruas”, explicou Alegria e destacou: “Somos a única marca presente nas 3 categorias do Mundial de Motovelocidade e estamos trazendo esta experiência para nossas motos de rua, 200 DUKE e 390 DUKE”.

Alegria: Vender KTM é diferente de vender outras motos

Alegria: Vender KTM é diferente de vender outras motos

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O motor não sofreu mudanças e segue tendo um cilindro com capacidade cúbica de 373,2 cm³ e que desenvolve 44 cv de potência. Esse motor recebeu melhorias no mapa de injeção e expressa uma curva de entrega mais progressiva e linear, “um foguete nas curvas” diz o comunicado da empresa. Dona da melhor relação peso-potência do segmento, a moto se destaca pela agilidade, rapidez e capacidade de contornar curvas. Para adequar-se à legislação de emissões de gazes e ruídos, a moto ganhou uma ponteira de escape (antes inexistente) que agora ocupa espaço do lado direito da balança. O resultado é que a moto está 10 kg mais pesada, com peso seco de 149 kg, contra 139 kg do modelo anterior.

Para uma moto que exala esportividade, a moto continua se destacando também pelo tecnológico conjunto de suspensões. Na dianteira ela traz das pistas um garfo invertido WP Split Fork, com cartuxo aberto e curso de 142 mm, que se ajusta automaticamente ao peso aplicado e oferece mais conforto, esportividade, estabilidade e segurança na pilotagem. Na traseira há amortecedor único WP com regulagem na pré-carga da mola e curso de 150 mm.
Já os freios ganharam o sistema ABS “supermoto”, aquele que deixa a roda traseira arrastar um pouco para facilitar as curvas. Os manetes tem regulagem da altura e os freios são à disco com diâmetro de 320 mm e pinça montada radialmente com 4 pistões na dianteira e disco de 230 mm de diâmetro com pinça flutuante de um pistão na traseira.

Outra novidade é o bloco óptico dianteiro em LED tanto para o farol quanto para a luz de posição, com design igual ao da KTM 1290 SUPER DUKE R e grande capacidade de iluminação com luz branca, realmente uma segurança adicional para moto dessa categoria. Por fim, mas não menos importante, o exclusivíssimo painel TFT, que informa através da tela colorida e antirreflexo o status de todas as outras tecnologias aplicadas na moto. Esse novo painel mostra tudo o que é convencional, além de outras funções quando conectado ao smartphone através de Bluetooth e com o software original KTM MY RIDE para visualizar chamadas telefônicas e controle de áudio.

A moto está 10 kg mais pesada, mas mantém o desempenho forte de uma legítima naked

A moto está 10 kg mais pesada, mas mantém o desempenho forte de uma legítima naked

KTM 390 DUKE: vendas e pós-vendas

Montadas na fábrica da Dafra em Manaus (AM) e também comercializadas pela Dafra, as motos da KTM no Brasil ainda sofrem com a desconfiança do consumidor, principalmente com relação aos serviços pós-vendas. O que seria natural que acontecesse, ou seja, a própria Dafra utilizasse as melhores lojas de sua rede própria presente no Brasil para distribuir também as motos da marca austríaca não se revelou verdadeiro. O mercado brasileiro despencou, muitas lojas Dafra fecharam, as motos KTM ficaram com espaço restrito para serem vendidas e aumentou a desconfiança do consumidor.

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Geometria

Geometria

“Não é a mesma coisa vender KTM e vender Dafra. Por isso estamos trabalhando para mudar esta estratégia de distribuição e conseguir fazer nossa marca oferecer atendimento de vendas e pós-vendas mais amplo e adequado aos consumidores interessados na KTM”, falou Paulo Alegria, apontando para uma possível expansão com abertura de mais algumas lojas exclusivas da marca. O volume de vendas reflete claramente essa situação, apesar da competência do produto KTM 390 DUKE: 308 motos em 2016 e 280 em 2017, segundo dados de emplacamento divulgados pela Fenabrave.

Novo Chassi

Novo Chassi

De qualquer maneira, o mercado dá sinais de melhora e a chegada da novidade é sempre estimulante ao consumidor decidir gastar R$23.990,00 (preço público sugerido em maio/2018) e comprar a nova KTM 390 DUKE ABS. Ele vai poder escolher a sua naked com personalidade esportiva nas cores branca ou laranja. Claro, a diversão estará garantida.

Ficha Técnica KTM 390 DUKE ABS

Motor Um cilindro, 4 Tempos, arrefecimento líquido, 4 válvulas, DOHC
Capacidade 373,2 cm³
Diâmetro x Curso 89 mm x 60 mm
Taxa de Compressão 12.6:1
Potência Máxima 44 cv @ 9.000 rpm
Torque Máximo 3.9 kgf.m a 7.000 rpm
Sistema de Ignição Eletrônica Bosch
Embreagem Multidisco em banho de óleo, tipo deslizante PASC, de acionamento mecânico
Câmbio 6 velocidades
Óleo Lubrificante Motorex fórmula 4T
Alimentação Injeção Eletrônica Bosch EFI (corpo de aceleração de 46 mm)
Partida Elétrica e pedal
Chassi Tubular treliçado, com sub-chassi removível
Suspensão dianteira WP-USD Invertida split fork Ø 43 mm / Curso 142 mm
Suspensão traseira WP-Monoshock com regulagem na pré-carga da mola / Curso de 150 mm
Distância entre eixos 1.357 mm
Distância livre do solo 185 mm
Altura do assento 830 mm
Peso 149 kg
Capacidade do Tanque 13,4 litros
Pneus Dianteiros 110/70 ZR 17
Pneus Traseiros 150/70 ZR 17
Freio Dianteiro Disco Ø 320 mm com pinça radial com 4 pistões com ABS
Freio Traseiro Disco Ø 230 mm com pinça flutuante de um pistão com ABS
Ângulo de esterço 65 graus
Trail 95mm
Bateria 12V, 8 AH
Farol LED
Lanterna traseira LED

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.