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Mostrada oficialmente em dezembro do ano passado, a Honda CRF 250L continua sendo aguardada com bastante ansiedade pelo mercado. Ela vai ocupar um espaço de mercado que a XRE 300 não conseguiu. Os motociclistas que ficaram “órfãos” da antiga Tornado, descontinuada em 2009, agora terão sua Honda 250 trail de volta.

XL250 S de 1973

XL250 S de 1973

Esta classe de motocicletas – trail – sempre fez muito sucesso desde seu surgimento no mercado brasileiro, em 1968, inventada pela Yamaha com a DT 250, equipada com motor de dois tempos. Logo em seguida a Honda reconheceu a importância desse nicho com o seu próprio lançamento, em configuração quatro tempos. A Honda XL 250S também conhecida como “XL prata” pois só tinha dessa cor.

No Brasil seguiu a série das XL, XLX e Sahara, todas motos que fizeram muito sucesso e ainda contam com muitos adeptos. Porém a última representante dessa categoria depois que a Tornado saiu de linha é da concorrente e chama-se Yamaha Lander 250. Essa logo mais terá a companhia e a concorrência da CRF 250L  da Honda.

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Ela já está à venda na Europa e foi apresentada pela Honda num evento para concessionários e jornalistas em novembro de 2012. Desde então é aguardada e a promessa da Honda é que ela esteja disponível para os consumidores em abril de 2013.

Uma pequena trail, com motor de 250cc, descendente direto das melhores motos de motocross, essa moto compartilha outros itens importantes trazidos das suas irmãs especiais. Balança de alumínio, garfo invertido na dianteira e a característica intrínseca de uma configuração de motor mais direcionado ao off-road que também deriva das CRFs de cross.

Ela é leve, ágil e vem com toda tradição off-road da Honda, podendo ir às ruas também

Ela é leve, ágil e vem com toda tradição off-road da Honda, podendo ir às ruas também

Boa iluminação e sinaleiras para circulação nas vias públicas

Boa iluminação e sinaleiras para circulação nas vias públicas

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Fina e leve, ainda permite bom conforto em situações urbanas e algumas estradas. Grande agilidade na buraqueira de nossas cidades ela também permite o uso com garupa, com menos conforto que uma XRE, por exemplo. Mas suas qualidades “off” servem para compensar e agradar justamente aqueles que dão preferência a esse tipo de uso. Aqueles que reclamaram quando a Tornado saiu de linha porque a XRE não substituiu à altura as qualidades “off” que ela dispunha.

Agora a CRF250 L supera a anterior, com muito mais qualidades. No seu desenvolvimento diz-se que o direcionamento do projeto foi para desenvolver uma moto para um dia a dia mais funcional e um fim de semana mais agradável.

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Chassi construido em tubos ovalizados de aço tem toda triangulação dos de alumínio das motos especiais de competição

Chassi construido em tubos ovalizados de aço tem toda triangulação dos de alumínio das motos especiais de competição

Seu chassi é em tubos de aço ovalizados e tem a configuração de duplo berço para o motor e dupla barra periférica, na mesma triangulação do chassi de alumínio das CRFs especiais 250 e 450. Nessa configuração se obtém bastante rigidez estrutural contra flexões e um peso ainda reduzido, colaborando com isso os tubos ovais.

O sub chassi traseiro é parafusado como nas motos especiais de competição e assim permite amplo acesso à uma manutenção rápida. Boas proteções no chassi, sobre as pedaleiras, permitem o uso de botas especiais para off road sem prejudicar o acabamento da moto.

Os aros são de alumínio enraiados aos cubos especialmente desenvolvidos ao off-road, para menor peso não suspenso. A balança traseira é com Pro-Link e é fundida em única peça de alumínio. Permite 240mm de curso com o amortecedor Showa de 40mm. O garfo dianteiro é Showa de 43mm de diâmetro, com 250mm de curso.

Freios a disco nas duas rodas são leves e potentes, próprios para o off-road

Freios a disco nas duas rodas são leves e potentes, próprios para o off-road

 

Freios a disco nas duas rodas remanescentes também das especiais, com disco de 256mm e pistões duplos na dianteira e disco de 220mm na traseira com um pistão simples. Os discos tem  cortes ondulados e bem vazados para maior limpeza e performance nas frenagens.

Motor de grande torque em baixas rotações não deixa de girar alto com bastante potência, por conta da alta relação entre diâmetro e curso (76mm x 55mm). Os mancais do virabrequim são novidade nesse tipo de moto. São três, sendo dois deles em metal e um rolamento na ponta do virabrequim. Permitem maior rigidez das carcaças e menos atrito, por que permanecem sob lubrificação forçada produzida pela bomba de  baixa vaporização interna.

Motor com muitas características para alta eficiência

Motor com muitas características para alta eficiência

O cilindro tem seu centro deslocado para diminuir as forças laterais sobre a sua parede e o sistema de admissão e exaustão dos gases seguem um fluxo direto, partindo da caixa de ar de grande volume (5,7 litros e filtro viscoso) ele segue diretamente para as válvulas de admissão. Para diminuir as vibrações secundárias há um eixo que colabora também na propulsão da bomba dágua. O cabeçote tem duplo comando de válvulas (DOHC) e usa roletes para os balancins trabalharem com menor atrito. O sistema PGM-FI tem corpo borboleta de 36mm para facilitar a alimentação em altas rotações mas o mapeamento tridimensional permite bom torque em baixas rotações também. Com tudo isso se consegue uma boa eficiência que vai traduzir em boa economia de combustível também (44,3 km/litro medido pela Honda a velocidade constante de 60Km/h em terreno nivelado).

Instrumentação minimalista, mas completa. Velocímetro digital, marcador de combustível, relógio e hodômetro. As características dessa moto são descritas para o modelo europeu. Pode haver modificações no modelo que será vendido no Brasil. Enquanto aguardamos vamos pensando sobre ela e se for o caso, abrir espaço na garagem.

Painel mínimo mas completo para uma trail

Painel mínimo mas completo para uma trail

Coisa rara hoje em dia nas motos trail é a proteção do motor. Pequena, mas está lá

Coisa rara hoje em dia nas motos trail é a proteção do motor. Poderia proteger mais as tampas laterais do motor, mas está lá

Boa curvatura do guidão permite curvar até 45º entre os batentes

Boa curvatura do guidão permite movimentos de até 45º entre os batentes

Caixa de ferremantas à mão e boa fixação para bagagem no banco

Caixa de ferremantas à mão e boa fixação para bagagem no banco - Pedaleiras em alumínio para o garupa