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Mais uma vez, uma lei feita às pressas, no calor do glamour público, tentando “tampar o sal com a peneira”.

Mais uma lei, que tenta justificar o injustificável: o Congresso Nacional mais caro do mundo, tendo o, simples, trabalho de votar uma Medida Provisória, ou seja, o texto veio pronto da Presidência da República e nossos congressistas só tiveram o “trabalho” de votar, não havendo debate, não havendo discussão, não se pensando nos reflexos de uma lei, dessa magnitude, na sociedade.

Não estou aqui defendendo os alcoólatras que imprudentemente dirigem após beber de maneira não social.

A lei 11.705/2008 altera uma lei (9.503/1997) que já era boa, todavia, não aplicada, aliás, como é notório no nosso Brasil. A lei anterior era mais rígida do que a utilizada nos EUA, todavia, previa influência de álcool de 6dg/l no sangue.

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Nos Estados Unidos da América, dirigir sob influência de álcool igual ou superior a 8 decigramas de álcool por litro de sangue é crime e lá, o motorista vai pra cadeia.

Quem aqui não lembra de AL CAPONE?? Alguém já parou para pensar, que uma das maiores organizações criminosas da América, surgiu pela debilidade de uma Lei Seca?

No Brasil, não chegaremos a tanto, todavia, só criará desdobramentos que culminará com o aumento da corrupção.

Ou você leitor, cidadão de bem, sai com a esposa ou namorada pra alguma comemoração, bebe, socialmente, um bom vinho, pega o seu veículo e parado numa blitz, se vê no dilema: a)vai preso, perde a CNH por um ano e sofre multa ou b) paga R$ 1.000,00 (um mil reais) para o guarda, para o leite dos filhos dele, sabendo que essa importância, é, só o valor da multa.

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Para gerar o mesmo efeito, todavia, sem penalizar o cidadão de bem e mais uma vez a classe média, porque a famigerada lei é elitista, bastava aumentar a pena, a sanção Estatal e aplica-la corretamente.

Não é de hoje, que envio e-mail’s ao Senado Federal para criar a imputação da figura “dolo” nos crimes de trânsito. O próprio Poder Judiciário, sem a existência dessa lei, já tem aplicado como crime doloso (quando tem a intenção de matar) e não culposo nos acidentes de trânsito, como o da Ponte Juscelino Kubitschek, em plena capital Brasília, onde um Senhor de 49 anos tirando racha, plenamente alcoolizado, matou 3 (três) jovens senhoras que por ali trafegavam, tendo como condutor o marido de uma delas, antes da promulgação da Lei Seca.

Elitista, porque o cidadão que pode ter um motorista particular, como o Senhor Presidente da República, ou o cidadão que pode pagar táxi, seja na bandeira 1 ou 2, continuará bebendo, continuará exercendo um hábito mundial, saudável e de pura confraternização.

Assim como a imprensa deturpa a ordem dos fatos, colocando a motocicleta como o vilão do caótico trânsito, posso afirmar que o problema não está na bebida, mas no ser humano desequilibrado, viciado, exagerado, irresponsável e mais uma série de adjetivos.

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Por essas e outras, não posso mais beber enquanto cozinho para os amigos, pegar meu carro e voltar pra casa ou vice-versa. Carro? Sim, carro, pois quando saio de moto, me imponho tolerância zero, nunca houve necessidade de lei, mesmo sabendo, que o meu dg/l no sangue não passará de 3 (três).