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Máxima economia

Todo mundo sabe que dirigir um carro a perto de sua máxima velocidade consome mais combustível e gera mais emissões carbônicas. O mesmo acontece quando você deixa o carro parado e com motor ligado e em altas rotações.Mas, a que velocidade se deve andar de maneira a que suas emissões não sejam muitíssimo altas?

Os verdes, e não só eles, acreditam que a velocidade deve ser sempre baixa. Mas o que realmente é uma velocidade baixa? Varia de carro para carro, das condições do tráfego, do piso e da maneira de cada um dirigir.

Pensemos primeiro num carro de transmissão automática, já que nele as possibilidades de dirigir de maneira errada são muito menores -nada de trocas de marcha fora de hora, pé sobre o pedal de embreagem e por aí vai. Mesmo num automático, frear numa descida para depois acelerar forte numa subida é, do ponto de vista de consumo e emissões, um contra-senso – que os homens da lei e dos limites de velocidade baixos demais jamais entenderão.

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No plano, andar colado no carro da frente é contra-producente – você vai pôr e tirar o pé do acelerador muito mais freqüentemente do que deve, já que esses são os momentos de maior consumo e emissões. Pior de tudo, esta é a causa mais comum de acidentes. Já que estamos falando deles, muito piores do que consumo e emissões, que tal usar os radares inteligentes para multar quem anda colado na traseira dos outros? E fazer nossas auto-escolas baterem forte neste ponto?

Máxima economia‘Pegar vácuo’ é coisa para pilotos de Fórmula 1, Indy etc. Lindo nas tomadas de TV em ultrapassagens acima dos 300, mas simplesmente cretina nas ruas e estradas públicas.

Agora já existe um aparelho eletrônico que pode lhe dizer a que velocidade seu carro (e você) podem minimizar consumo e emissões: o Eco Navigator. Ele é um GPS comum que usa mapas Navteq dos Estados Unidos, Canadá, Europa e China. A diferença é que ele tem acesso direto à Internet e um modo chamado Eco-Way.

Plugado no porto diagnóstico de seu carro, ele possibilita monitorar e mostrar uma série de parâmetros de seu veículo, como quilômetros por litro, porcentagem (0 a 100%) da posição do pedal acelerador e gramas de CO2 por quilômetro rodado. ‘Chamando’ a tela Eco-Score, você verá como seus resultados imediatos se comparam com suas estatísticas cumulativas, ou com os números conquistados por outros motoristas do mesmo tipo de veículo.

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Se seus números de consumo e emissões estão mais altos do que deveriam, mude para uma marcha mais ‘alta’ (caixa manual), ou mude sua maneira de guiar até conseguir números mais baixos.

Se achar que seus números altos demais vêm de algum problema com seu carro, clique no Check Car e o Eco-Navigator fará uma verificação nos códigos diagnósticos e lhe dirá o que no carro precisa de sua atenção. O sistema registra os resultados de cada roteiro feito, o que lhe avisa quando alguma coisa começa a dar errado.

O modo Eco-Route selecionará rotas mais econômicas, não necessariamente as mais rápidas.

Em vários países da Europa, o currículo das auto-escolas já incluem a matéria Eco-Driving, ou dirigir ecologicamente – e seus instrutores freqüentemente reportam entre 5% e 15% de menos consumo nos carros de instrução. Nos Estados Unidos, a universidade da Califórnia, campus de Riverside, equipou 20 de seus motoristas com aparelhos Eco-Navigator e relatou 6% de economia na cidade e 1% nas estradas. Um teste semelhante está sendo feito na área de San Francisco, com expectativa de resultados melhores devido à acidentada orografia local, que leva a maneiras de dirigir muito diversas.

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O Eco-Navigator vende por US$ 249 e pode ser comprado em através de seu website, eco-nav.com


José Luiz Vieira, Diretor, engenheiro automotivo e jornalista. Foi editor do caderno de veículos do jornal O Estado de S. Paulo; dirigiu durante oito anos a revista Motor3, atuou como consultor de empresas como a Translor e Scania. É editor do site: www.techtalk.com.br e www.classiccars.com.br; diretor de redação da revista Carga & Transporte.