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A análise dos dados de emplacamentos de motocicletas no Brasil registrados pela Fenabrave (Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos) nos primeiros nove meses de 2015 mostram uma queda de 11,55% no mercado em relação ao mesmo período de 2014. Foram vendidas no período 123.156 motocicletas a menos em 2015.Vendas_2015-2014

Em 2014 até setembro foram vendidas 1.065.978 motos contra 942.822 em 2015 no mesmo período de nove meses. Mas a queda não é uniforme para todas as marcas. Há inclusive três fabricantes que cresceram no período, como Suzuki, Traxx e Shineray. E ainda há a BMW, que perdeu “apenas” 3,18% do mercado, contrariando a maioria de suas concorrentes do segmento premium (motos acima de 450 cc), cujas quedas são bem expressivas, todas acima de 12%.

Dentre as três que cresceram, para duas é fácil explicar em função do aperto que algumas prefeituras de cidades do Nordeste realizaram para que as motos passem a ter emplacamento, o que refletiu no número “oficial” de vendas das duas – Shineray e Traxx – que vendem ciclomotores (cinquentinhas) e motos pequenas mais baratas na região. A surpresa realmente é a Suzuki, que não realizou praticamente nada no mercado neste ano e mostra crescimento de pouco mais de 3 mil motos.

A perda até agora para o setor de motocicletas é enorme. Se levarmos em conta que o setor já vinha caindo ano a ano desde 2012, a menos que um milagre aconteça nos últimos três meses do ano, 2015 representará uma queda de de quase 25% em relação às vendas de 2012. Ou seja, mantidas as projeções atuais para o mercado, onde a média mensal de vendas está em 104 mil motos, o setor de motocicletas deverá fechar 2015 com algo muito próximo de 1.250.000 motocicletas emplacadas, o pior número dos últimos 10 anos.Separador_motos

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Sidney Levy
Motociclista e jornalista paulistano, une na atividade profissional a paixão pelo mundo das motos e a larga experiência na indústria e na imprensa. Acredita que a moto é a cura para muitos males da sociedade moderna.