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Verdade que ainda falta muito para chegar aos padräes europeus de corridas longas, tipo as 24 Horas de Le Mans ou Spa-Francorchamps, mas que a Mil Milhas Brasileiras deste ano ganhou um ar de corrida importante, quase de festa organizada, isso ganhou.

D  pra pensar que os organizadores desta prova em particular resolveram trabalhar pra valer e, Oxal -mangal“-p‚-de-pato-trˆs-vezes, mostrar que d  pra acabar com a tchurma que suga o que pode e nÆo faz o que deve para “o bem” do nosso esporte.

Bem, mazelas … parte, foi legal encontrar gera‡äes e gera‡äes do esporte-motor nos populosos boxes de Interlagos. O Julio Carone vibrava ao ver “a garra dessa gente que economiza uns trocos pra correr de Voyage contra os Porsches”, e que sem d£vida tem seu valor. Num canto do boxe, Chiquinho LameirÆo, Reynaldo Campello, o Coelho, o Vinicius Losacco e o Bob Sharp somavam juntos um ano para volta da corrida, ou mais… Legal tamb‚m ver a fam¡lia Marques (Pai-mÆe-filhos-e-as-iguanas-que-o-Tarso- criava-no-apartamento) trabalhava em harmonia, fazendo os £ltimos acertos no prot¢tipo Moro n£mero 77. O Tarso bem que avisou que temia pela durabilidade do equipamento “pois andamos muito pouco com esse carro”. Dito e feito, ficaram pelo caminho, embora andassem mais r pido que a viatura similar do Amir Nasr – carro que pela cor lembrava um McLaren daqueles Can-Am e que pela performance virou um ossobuco no einsbein da blitz de Stuttgart. Moral da hist¢ria: quem tiver peito e coragem monta um campeonato brasileiro de prot¢tipos, päe um estudante de engenharia obrigatoriamente em cada equipe e come‡amos a formar uma tremenda mÆo de obra de corridas, digna do entusiasmo do atual surto lulaman¡aco. Ta¡ o Pedro Paulo Diniz que mostrou que, bem feito, o automobilismo leva gente aos aut¢dromos

Verdade, sempre existir  a turma que prefere importar um Porsche pronto para ganhar a corrida, caso do quarteto vencedor. àtimo: isso valoriza o trabalho dessa mo‡ada que acredita que se pode fazer coisas boas por aqui, Pa¡s que tem um n£mero invej vel de montadoras produzindo modelos bem moderninhos, ou seja, tremendo mercado de trabalho. Se at‚ na Argentina, com um parque tecnol¢gico bem menos evolu¡do e capaz que o nosso, los hermanos fazem milagres na prepara‡Æo e desenvolvimento (quem duvidar dˆ uma olhada naquelas cadeiras el‚tricas das categorias TC e TC-2000…), por que nÆo aqui?

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Do jeito que a Mil Milhas brasileiras aconteceu, o meu lado otimista sentiu que ainda resta uma esperan‡a, principalmente se derem um tratamento de rede globo ao hino da corrida. A breguice da letra “Roncam forte os motores l -l -l …” at‚ que poderia ganhar uma versÆo Sandy e J£nior, ou mesmo ChitÆozinho e Xoror¢, o que ajudaria a aumentar o apelo mercadol¢gico da corrida. De qualquer forma, a turma do Centauro est  de parab‚ns pelo esfor‡o: acho at‚ que o Eloy deu aquele pulinho da bandeirada l  em cima…