Publicidade

Usar o dinheiro recolhido com impostos dos carros para um programa de financiamento com juros subsidiados.

Essa ‚ mais uma das id‚ias que as montadoras preparam para discutir com o governo federal uma forma de agregar, ao mercado de ve¡culos, consumidores que hoje nÆo tˆm acesso aos modelos chamados zero-quil“metro.

A Fiat ‚ uma das mais interessadas. Ela ‚ uma das principais fabricantes dos modelos que atendem o p£blico que busca o primeiro carro novo. A montadora vai defender a id‚ia como a mais elaborada at‚ o momento na tentativa de agregar mais brasileiros a esse mercado.
“Se o governo apostar no crescimento desse setor poder  viabilizar a entrada de novos consumidores”, disse ontem o superintendente da Fiat Autom¢veis, Alberto Ghiglieno, durante o semin rio “Perspectivas 2004”, realizado em SÆo Paulo.

A id‚ia ‚ convencer o governo federal a dar o pontap‚ inicial, inserindo recursos do or‡amento da UniÆo no programa. A partir da¡, somente o dinheiro dos impostos recolhidos com a venda dos autom¢veis, dentro deste programa, seria destinado ao fundo. Os recursos desse fundo serviriam para as linhas de financiamento com juros subsidiados. Assim, dali em diante, o sistema se auto sustentaria.

Publicidade

“Precisamos baixar as presta‡äes dos carros”, diz Ghiglieno. Segundo ele, os brasileiros com renda entre R$ 1.000 e R$ 2.000 nÆo podem comprometer mais do que R$ 300 mensais na compra de um autom¢vel. Esse universo abrange entre 8 milhäes e 9 milhäes de fam¡lias em todo o pa¡s.
Com a ajuda de estudos elaborados por consultorias, a Associa‡Æo Nacional dos Fabricantes de Ve¡culos Automotores (Anfavea) est  juntando propostas para levar ao governo federal. Os trabalhos visam contribuir para os f¢runs de competitividade, lan‡ados pelo Minist‚rio do Desenvolvimento, Ind£stria e Com‚rcio.

A ind£stria conta com o potencial de cria‡Æo de empregos indiretos que a atividade nessa ind£stria proporciona para convencer a equipe econ“mica do governo federal. Ghiglieno lembra que cada emprego em montadora gera, em m‚dia, sete novos na cadeia automotiva.
A movimenta‡Æo da renda desses oito empregos tem a for‡a de criar mais 12 postos de trabalho na cadeia de consumo. Isso significa que cerca de 86 mil vagas em montadoras revelam potencial de trabalho para 1,738 milhÆo de cidadÆos. Os dados fazem parte de estudo do Departamento Intersindical de Estat¡stica e Estudos S¢cio-Econ“micos (Dieese).