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Numa das mobiliza‡äes mais discretas da hist¢ria recente do setor, a ind£stria automobil¡stica se prepara para levar ao governo federal reivindica‡äes de est¡mulos para aumentar a venda de ve¡culos no pa¡s.

A cautela ‚ motivada por dois fatores. Primeiro, os fabricantes de ve¡culos e revendedores querem evitar que o vazamento das propostas provoque queda ainda maior de vendas num j  estagnado mercado, que parou por conta nÆo apenas da perda do poder aquisitivo do consumidor, mas tamb‚m da expectativa generalizada de queda nos juros.

Al‚m disso, a questÆo ‚ tamb‚m delicada porque embora a mobiliza‡Æo envolva um setor poderoso e j  habituado a pedir est¡mulos ao governo federal, desta vez o interlocutor ‚ uma equipe formada por um partido que surgiu do movimento sindical.

De um lado, a presen‡a de lideran‡as metal£rgicas no governo federal pode at‚ facilitar as coisas. Tanto que o pr¢prio Sindicato dos Metal£rgicos do ABC tem quase conclu¡da a sua proposta para elevar as vendas de ve¡culos.

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Foi o rec‚m eleito presidente da CUT, Luiz Marinho, o primeiro a anunciar publicamente que h  discussäes para um plano de revitaliza‡Æo do mercado. Segundo o presidente do Sindicato dos Metal£rgicos do ABC, Jos‚ L¢pez Feij¢o, a entidade encaminhar  a sua proposta em menos de dez dias.

Nenhuma fonte detalha at‚ que ponto haver  pedidos para reduzir impostos ou estimular financiamento – os dois pilares de maior sustenta‡Æo … amplia‡Æo do mercado. Entre as montadoras, a id‚ia ‚ levar ao governo uma proposta convincente para vender mais sem atrapalhar a arrecada‡Æo.

Ao contr rio do que ocorria em gestäes anteriores, o governo Lula, segundo fontes de Bras¡lia, nÆo est  dando espa‡o para lobbies individuais de montadoras. O antigo procedimento levou, no ano passado, General Motors e Fiat a encabe‡arem movimentos opostos na defesa da carga tribut ria menor para o carro popular.  por isso que o setor resolveu tratar do assunto de forma amig vel e evitar que prevale‡am nas discussäes interesses peculiares a uma ou outra montadora.
Al‚m das suas pr¢prias entidades representativas, os fabricantes de ve¡culos estÆo envolvendo nas discussäes consultorias externas, que tˆm o papel de apontar os problemas que podem levar o setor a encolher mais.
Numa das £ltimas discussäes, apareceu o aumento da ociosidade nas f bricas. A m‚dia estava em 44% at‚ o final do ano passado. J  atinge 53%, o maior n¡vel no setor industrial no pa¡s, segundo os t‚cnicos da ind£stria e consultores contratados.

Com a discussÆo em andamento, a ind£stria mant‚m, por‚m, as velhas t ticas de pressÆo em ‚pocas de reivindica‡Æo de incentivos: anunciam antecipadamente f‚rias coletivas e de forma sutil amea‡am com demissäes.

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