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Amigos, recebi a not¡cia da morte do Adu Celso no domingo de carnaval com tristeza, mas nÆo surpresa, pois sabia que ele vinha sofrendo de problemas hep ticos j  h  alguns anos. Mesmo assim foi triste, porque em pleno carnaval a m¡dia nem sequer se lembrou do primeiro brasileiro a vencer uma prova do mundial de motovelocidade.  como se ignorassem a morte de Chico Landi.

Como um fan tico por motos desde crian‡a, acompanhei a fase europ‚ia do Adu Celso, mas nÆo vi suas primeiras corridas no Brasil. Dizem que ele come‡ou com uma Ducati 250, que era uma moto totalmente esquisita para meus padräes. A alavanca de cƒmbio ficava do lado direito e a do freio traseiro na esquerda. Na £nica vez que pilotei uma moto destas quase dei um n¢ no c‚rebro.

Outra coisa que lembro bem do Adu era a forma como seus concorrentes o tratavam: no maior desd‚m. Na ‚poca eu tinha uns 15 anos (1976) e nÆo tinha a mal¡cia de hoje, por isso nÆo entendia a razÆo de tanta bronca do cara. Hoje sou capaz de traduzir da seguinte forma. Seus concorrentes no Brasil eram essencialmente duros, sem grana, que tinham de ralar feito loucos por horas a fio s¢ para ganhar uns cavalinhos a mais no motor. A¡ chegava o Adu, de fam¡lia bem de grana de Santos, patroc¡nio do banco Ita£, preparador de primeira, equipamento gringo como quadro Nico Baker, pe‡as Yoshimura, etc e, obviamente, fincava o sabugo em todo mundo. A concorrˆncia vinha com aquele nh‚-nh‚-nh‚m de sempre, alegando que o cara tinha esquema de ponta, ganhava porque tinha equipamento, etc e tal.

Posso dizer uma coisa: era tudo inveja, porque ningu‚m ganha uma etapa do mundial de motovelocidade se nÆo tiver um aquiloroxismo digno dos Collors. E ele ganhou, assim como depois dele tamb‚m se destacaram o Ant“nio Jorge Neto e o atual Alexandre Barros. Adu pilotava bem e venceu uma prova na F¢rmula 2 sulamericana para provar que acelerava em quatro rodas tamb‚m. Tudo o mais que falavam dele era pura dor de cotovelo.

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Infelizmente nÆo encontrei dados estat¡sticos sobre a carreira dele, porque a categoria que ele competia, a 350, foi extinta do mundial nos anos 80. Que Deus seja caridoso com Adu,