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A manutenção para 2014 da homologação como Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, anunciada pela CBM – Confederação Brasileira de Motociclismo, será marcada por uma iniciativa pioneira do Moto 1000 GP. A organização do evento está pondo em prática um pacote de alterações no regulamento técnico das categorias GP 1000, GP 600 e GP Light cuja meta é proporcionar o maior equilíbrio possível entre todas as marcas de motos.

Sete marcas compuseram o grid das categorias de mil cilindradas do Moto 1000 GP em 2013

Sete marcas compuseram o grid das categorias de mil cilindradas do Moto 1000 GP em 2013

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“O nosso regulamento foi desenvolvido tendo como base o da FIM – Federação Internacional de Motociclismo para as categorias Superstock 1000 e Superstock 600. Como há várias gerações de motocicletas competindo, esses parâmetros acabam não sendo compatíveis com a realidade atual. As gerações anteriores têm menos competitividade na homologação atual. Mesmo com as alterações permitidas no regulamento unificado para todas as marcas elas não alcançam um nível de performance que possibilite a seus pilotos lutar por vitórias. Foi essa situação que exigiu uma intervenção nossa a respeito”, explica o diretor do Moto 1000 GP, Gilson Scudeler.

Gilson Scudeler, diretor do Moto 1000 GP

Gilson Scudeler, diretor do Moto 1000 GP

O regulamento técnico praticado no último ano pelo Moto 1000 GP já estabelecia uma restrição de potência para as motocicletas da nova geração – as versões homologadas pela FIM até 2013. “Na equalização, vamos liberar ajustes de motor para as motos da geração anterior, que terão de cinco a oito cavalos a mais de potência”, explica Scudeler. “Um dos pontos mais válidos da mudança é que a adequação terá um custo mínimo para as equipes”“Serão liberados apenas alguns componentes homologados pela comissão técnica do Moto 1000 GP para determinadas marcas e determinados modelos de motos. Em tudo isso, estamos valorizando o intuito de manter a filosofia de baixo custo e de alta competitividade entre os pilotos, as equipes e as marcas”.

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Processo similar de equalização técnica já foi experimentado na GPR 250, categoria voltada à formação de pilotos que o Moto 1000 GP implantou na temporada de 2013. “O primeiro campeonato da GPR 250 teve motos de várias marcas, vários modelos, potências diferentes. O trabalho nesse sentido foi bem minucioso e a categoria teve a disputa mais equilibrada do campeonato todo”, ilustra. “O título foi decidido só na última volta da última corrida”.

Duas montadoras já confirmaram participação na temporada de 2014 do Moto 1000 GP com equipes oficiais: a Suzuki, que fornecerá suporte à Motonil Motors, e a Yamaha, intensificando seu vínculo com a MGBike. “Precisamos evitar que qualquer desequilíbrio e, assim, oferecer o cenário mais favorável possível. Discutimos isso com algumas marcas de motocicletas, que apoiaram a iniciativa e mostraram interesse no evento”, revela Scudeler.

Gilson Scudeler chama atenção para a necessidade da equalização não ser necessária apenas no Brasileiro de Motovelocidade. “Nos últimos três anos temos visto desequilíbrio entre as marcas em campeonatos como o Mundial de Stock, o Italiano e o Espanhol, por exemplo. Acredito que nossa iniciativa possa ser um bom laboratório e que possa servir de modelo para que a FIM adote, no futuro, um processo de equalização como o que vamos executar. Isso possibilitaria o retorno de outras marcas a esses campeonatos”.

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