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Moto elétrica Uno

Muita gente – e muitas empresas – acreditam que o veículo do futuro a médio e longo prazos será um uniciclo – um veículo de uma só roda. A Bombardier canadense já fez seu Embrio e várias montadoras já ‘brincaram’ muito com a idéia.

O canadense Ben Gylak, estudante de engenharia mecânica em Harvard, depois de construir um veículo off-road de lagarta em que o condutor fica de pé, fez um veículo que visto de lado é um uniciclo (parece um de lado, mas tem duas rodas paralelas), que a velocidades mais altas se transforma numa moto convencional, só que elétrica.

Em 2005, Ben acompanhou seu pai numa viagem à China e ficou desencantado ao ver um sem-número de motos e scooters fumarentas e barulhentas. Sua primeira vontade foi transformá-las em motos elétricas e seu primeiro protótipo foi feito em tubos de aço de secção quadrada, motores elétricos de cadeiras de rodas, baterias de chumbo-ácido e, como resolveu colocar as rodas paralelas, um giroscópio.

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Em suas palavras, “Como somos uma sociedade tremendamente visual, queria algo que chamasse muita atenção e mostrasse ao povo que ser verde vale a pena. Quando eu estava na China … uma das coisas que era problemática era o congestionamento, então pensei que se pudéssemos fazer algo realmente pequeno, capaz de ‘costurar’ o tráfego, com a mesma potência e as mesmas capacidades dos veículos maiores, faria sentido. Queria algo que você pudesse levar para dentro de seu apartamento. Hoje, os scooters elétricos não têm onde ser recarregados, e são vandalizados nas ruas.”

Como um Segway, o Uno usa giroscópios para manter seu equilíbrio a baixas velocidades – e uma terceira rodinha, traseira, apóia o veículo quando está parado. À medida que a velocidade aumenta, as rodas se realinham numa configuração de motocicleta, uma atrás da outra, gerando estabilidade ao veículo e tornando sua dirigibilidade menos instável. O primeiro protótipo do Uno tinha duas rodas, mas a versão atual tem três. Aos 25 km/h a roda do meio move-se para a frente e as outras duas para trás e a uma posição conjunta.

A reconfiguração é rapidíssima, coisa de um segundo – e o próprio Ben diz que é um pouco assustadora. “Ainda estamos nos estágios de ajustes e é apenas uma questão de tempo até que o sistema esteja aperfeiçoado.”

Ao contrário do Segway, que ninguém conheceu até ele ser apresentado ao mercado, os protótipos do Uno trazem muito feedback público. A expectativa atual é de vender 30 unidades de pré-produção nos próximos 8 a 12 meses, a um preço provável de US$ 25 mil. Devido a problemas de responsabilidade civil, sua velocidade está limitada a 55 km/h. Com o tempo, a velocidade deve subir e o preço baixar para ao redor de US$ 6.500,00.

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